Maria Fernanda Cândido inaugura Teatro-D-Jaraguá no dia 25 de janeiro com monólogo baseado na obra de Clarice Lispector
Estreado em Paris em 2022, o espetáculo Balada Acima do Abismo ganha sua primeira versão brasileira especialmente concebida
para a abertura do Teatro D-Jaraguá. Sob a direção de Gonzaga Pedrosa, Maria Fernanda Cândido dividirá o palco com a pianista Sonia Rubinsky.
O espetáculo, concebido e adaptado por Catarina Brandão, conta com cenário e figurino de Fábio Namatame, luz de Caetano Vilela e produção de Darson Ribeiro
No próximo aniversário de São Paulo, em 25 de janeiro de 2025, o Teatro-D-Jaraguá será palco da estreia nacional de Balada Acima do Abismo. Protagonizado por Maria Fernanda Cândido e criado a partir de diversos textos de Clarice Lispector, o espetáculo passeia pelo universo literário da escritora mesclando elementos cênicos e musicais. No palco, momentos emblemáticos da vida e da obra de Clarice dialogam com grandes obras do repertório para piano, interpretadas ao vivo pela premiada pianista Sonia Rubinsky. Inicialmente concebido em sua versão francesa como um recital dramático para um pequeno espaço, o espetáculo ganhará elementos novos na versão brasileira, sem perder a essência intimista. Além de homenagear a obra de Clarice, a montagem brasileira de Balada Acima do Abismo celebra a carreira de Maria Fernanda Cândido e sua longa e profunda relação com a obra da escritora.
Por que Clarice
A conexão entre Maria Fernanda Cândido e a obra de Clarice Lispector dura mais de três décadas. O primeiro contato da atriz com a obra de Clarice se deu na adolescência, quando Maria Fernanda leu A Hora da Estrela, e seguiu pela vida adulta. Em 2002, ao final das gravações de uma novela, ela recebeu de presente do diretor Luiz Fernando Carvalho o romance A Paixão Segundo GH, cuja leitura a marcou profundamente. Vinte anos depois, o livro seria adaptado para o cinema pelo próprio Luiz Fernando Carvalho, com Maria Fernanda Cândido no papel principal. Desde a estreia, no ano passado, o filme tem sido muito bem recebido pela critica e pelo público, com diversos prêmios em festivais internacionais. Em 2020, Maria Fernanda foi convidada a participar de diversos eventos comemorativos do centenário da escritora em Paris, cidade onde vive há sete anos. Nesse contexto, surgiu o projeto do espetáculo Balada sobre o Abismo. Adiada pela pandemia, a estreia ocorreu em 2021 na Embaixada do Brasil em Paris. Entre 2022 e 2023, foi apresentado no espaço L’Accord Parfait, em Montmartre.
Sobre a concepção: entre o Abismo e a Poesia
O título do espetáculo é inspirado pelo poema Visão de Clarice Lispector, de Carlos Drummond de Andrade, escrito em 1977. A metáfora do abismo, presente ao longo do processo criativo, evoca não apenas perigo e caos, mas também a vastidão do desconhecido e o mergulho na subjetividade. Catarina Brandão, responsável pela concepção do espetáculo e adaptação dos textos, selecionou trechos que revelam aspectos profundos da obra de Clarice: a espiritualidade, o feminino, a infância, a vocação literária e a paixão pela língua portuguesa. A oralidade transforma a experiência individual da leitura em um ato coletivo, ressaltando a natureza poética e lírica dos escritos de Lispector. A música desempenha um papel fundamental na narrativa. Sonia Rubinsky interpreta peças que dialogam com os textos, intensificando a atmosfera emocional do espetáculo.
Sobre o Teatro-D-Jaraguá
A estreia de Balada Acima do Abismo também marca a inauguração do Teatro D-Jaraguá, localizado no icônico edifício modernista construído para o 4º. Centenário de São Paulo. Situado na região central da cidade, o prédio é conhecido pelo painel de Di Cavalcanti na fachada e pelo mural de Clóvis Graciano em seu interior, sendo um marco cultural e arquitetônico. Sob a gestão do ator, diretor e produtor Darson Ribeiro, “o teatro abre suas portas abençoado por Lispector, já que a vida é para quem é corajoso o suficiente para se arriscar…” trazendo a amiga Maria Fernanda Cândido para “cortar a fita” e unindo hotel e teatro com uma bilheteria em pleno lobby com a reabertura do Café do Clóvis (em homenagem ao gravurista Clóvis Graciano). “O público vai ter conforto para um drink ou café enquanto aguarda para descer à Sala de Espetáculos, podendo apreciar fotos do acervo do hotel.”
A fachada também foi recuperada incluindo o paisagismo no entorno e os painéis de divulgação. Para a inauguração um dos marcos será um ‘flashmob” homenageando duas das principais funções do hotel que comemora 71Anos: os porteiros/recepcionistas e as camareiras. O Teatro D-Jaraguá é mais uma iniciativa de Darson depois da feliz experiência com o Teatro-D, no Itaim, inaugurado por Ney Matogrosso, que só teve suas atividades encerradas pela venda e demolição do prédio. É o “D” da expertise e competência aliado ao “D” de dádiva por eu poder independentemente realizar projetos como esse”. “O sonho continua sendo concretizado, diz ele, com a chancela de uma das mais importantes redes hoteleiras do país, a Nacional Inn, para poder oferecer não só ao público um novo espaço, mas, também aos técnicos, e artistas de modo geral, com uma reforma totalmente necessária e coerente aos palcos que chamamos de teatro de prosa.”
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Ficha Técnica
Atriz Maria Fernanda Cândido
Pianista Sonia Rubinsky
Direção Gonzaga Pedrosa
Concepção e adaptação de textos de Clarice Lispector Catarina Brandão
Cenário e figurino Fábio Namatame
Iluminação Caetano Villela
Hospedagem Oficial Nacional Inn Jaraguá
Direção de produção DR Produções Teatro-D-Jaraguá. Um projeto idealizado e realizado por Darson Ribeiro. Assessoria de Imprensa – Arteplural / M Fernanda Teixeira, Macida Joachim, Maurício Barreira.
Serviço
Peça – BALADA ACIMA DO ABISMO.
Estreia – dia 25 de janeiro, sábado, 20 horas.
Temporada – até 9 de fevereiro de 2025.
Sessões – quintas, sextas e sábados, às 20h e domingos às 19h.
Local – Teatro-D-Jaraguá. Rua Martins Fontes, 71,
Anhangabaú, Centro, fone 11-2802-7075.
Duração: 75 minutos.
Classificação Indicativa: livre.
Ingressos: R$ 150,00 (inteira), R$ 75,00 (meia) e R$ 60,00 (promocional)
Vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/101947
Fotos de Daniela Petrel – Maria Fernanda Cândido e a pianista Sonia Rubinsky
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Assessoria de Imprensa
ARTEPLURAL Comunicação
Sobre Maria Fernanda Cândido
Ao longo de mais de 20 anos de uma carreira de grande sucesso, Maria Fernanda Cândido deu vida a vários papéis marcantes no teatro, na televisão e no cinema. No teatro, viveu a personagem título de Troilo e Créssida (Shakespeare), protagonizou Pequenos Crimes Conjugais (Éric-Emmanuel Schmitt), Rabbit Hole (David Lindsay-Abaire), Ligações Perigosas (Choderlos de Laclos) e interpretou um dos principais papéis, Maria de Magdala, em O Evangelho Segundo Jesus Cristo (José Saramago).
Estreou na televisão na novela Terra Nostra, seguida de outras atuações de destaque nas novelas Esperança, A Força do Querer, entre outras, e nas séries Capitu, de Luiz Fernando Carvalho; Felizes para Sempre, de Fernando Meirelles; Sessão de Terapia, de Selton Mello; e O Brado Retumbante, de Gustavo Fernandez.
No cinema, atuou em importantes produções brasileiras como: Dom (2004, Moacyr Góes), com o qual foi agraciada com o Kikito de Melhor Atriz no Festival de Gramado; Vermelho Monet (2022, Halder Gomes), vencedor dos prêmios de Melhor Filme de Ficção e Melhor Realizador no Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa – FESTin, em Lisboa; e A Paixão Segundo G.H. (2023, Luiz Fernando Carvalho), pelo qual Maria Fernanda recebeu os prêmios de Melhor Interpretação no Festival Internacional de Cine Independiente – BAFICI, em Buenos Aires; Melhor Atriz no Festival de Siena, na Itália; e Menção Especial do Júri Jovem no Filmadrid, Espanha; Vermelho Monet.
Também tem sido presença constante no circuito internacional, onde participou de filmes como O Traidor (Itália, 2019, Marco Bellocchio), com o qual conquistou o Prêmio Kineo de Melhor Atriz na Mostra de Veneza, Animais Fantásticos – Os Segredos de Dumbledore (EUA/Reino Unido, 2022, David Yates), La Chambre des Merveilles, (França, 2023, Lisa Azuelos)
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Sobre Sônia Rubinsky
Nascida em Campinas, a pianista Sônia Rubinsky teve seu talento reconhecido desde cedo. Aos 5 anos, realizou seu primeiro recital e, aos 12, apresentou-se pela primeira vez como solista diante de uma orquestra. Na adolescência, teve a oportunidade de tocar para Arthur Rubinstein, que elogiou seu forte temperamento musical e a incentivou a seguir carreira como solista. Após completar seu doutorado na Juilliard School de Nova York, construiu uma carreira sólida, apresentando-se em grandes salas de concerto, como o Carnegie Hall (Nova York), Hertz Hall (Berkeley), Maison de la Radio et de la Musique (Paris) e Sala São Paulo, no Brasil, entre outras. Sua discografia inclui gravações de obras de Bach, Debussy, Messiaen, Scarlatti, Mozart, Almeida Prado, Jorge Liderman e Mendelssohn. Ela gravou a obra completa para piano solo de Villa-Lobos pelo selo Naxos, o que lhe rendeu o Latin GRAMMY Award de 2009 na categoria de Melhor Gravação do Ano (oitavo CD da série). Desde então, foi indicada várias vezes para outros GRAMMYs, mais recentemente pela gravação de três concertos para piano e orquestra de Almeida Prado.
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Sobre Catarina Brandão
Nascida em Brasília e diplomata desde 2007, Catarina Brandão dedicou-se, durante a juventude, ao estudo do piano e posteriormente formou-se em Jornalismo. Como diplomata, trabalhou na área cultural do Ministério das Relações Exteriores, tanto em Brasília quanto em embaixadas no exterior. Foi chefe do setor cultural nas embaixadas do Brasil em Quito (Equador), Paris (França) e Budapeste (Hungria) e coordenou diversas publicações. Atualmente, atua na área de cooperação internacional na Academia Diplomática Brasileira (Instituto Rio Branco).
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Será inaugurado em 25 de janeiro de
2025 com Maria Fernanda Cândido
A convite de Darson Ribeiro, que assume a direção do espaço no histórico prédio no centro da cidade,
a atriz vem de Paris especialmente para a estreia de Clarice Lispector – Balada Acima do Abismo
Painel de Di Cavalcanti
O público paulistano terá novo motivo para voltar a frequentar o charmoso edifício modernista, localizado em importante esquina da região central e construído para o 4º Centenário da cidade para abrigar a sede do Jornal O Estado de SP. Com diversas obras de *arte* espalhadas pelos 24 andares, além de painéis gigantes de Di Cavalcanti na fachada, e *um mural de* Clóvis Graciano no lobby (que passa a ter o Bar do Clóvis, em sua homenagem), o Teatro-D-Jaraguá oferece um presente a São Paulo pelos seus 470 anos e 71 do hotel. Sob a direção do ator, diretor e produtor Darson Ribeiro e com interpretação da atriz Maria Fernanda Cândido, Clarice Lispector – Balada Acima do Abismo (ver release separado) estreia em temporada de 25 de janeiro a 16 de feverreiro, de quinta a domingo, sendo quinta a sábado às 20h e domingo às 19h.
O Teatro-D-Jaraguá traz a expertise e a estética do Teatro-D, que Darson inaugurou em 2019 com Ney Matogrosso, e que trouxe à cena paulistana não só um teatro, mas, uma plataforma de negócios que saiu do convencional se tratando de teatro, oferecendo salas corporativas, de ensaios, livraria Cia das Letras, bar e restaurante e espaço expositivo que gratuitamente funcionava de segunda a segunda. Mesmo vencendo a pandemia, foi obrigado a paralisar as atividades pela especulação imobiliária que vendeu o prédio em plena temporada da atriz Heloísa Périssé que veio de Portugal para estrear “A Iluminada”.
Novidades
Com plateia totalmente reformada, o espaço passa a ter 260 poltronas, além dos lugares lugares adequados à PCD. Em formato italiano, o palco foi rebaixado e ampliado, ganhando mais altura, profundidade e largura, oferecendo uma curva de visibilidade melhor ao espectador, além de entrada e saída exclusiva para artistas, e elevador de carga para cenários. Além de equipamentos atualizados de luz em LED e de som para atender não só espetáculos teatrais, mas, eventos corporativos. O Teatro-D-Jaraguá vem reforçar a revitalização do Centro, e vai ligar os serviços do hotel Nacional Inn (referência em resorts na região das Minas Gerais) com o teatro, como ingressos-casados com welcome drink e jantar, além de outras promoções.
Sem contar que o público poderá desfrutar da estrutura de segurança 24h, estacionamento exclusivo na porta e descontos em hospedagens e eventos. A fachada será em LED ao lado de 06 (seis) grandes máscaras de Medusa – que, segundo Darson, é além do símbolo teatral, e sim uma homenagem à força das mulheres – especialmente confeccionadas por um artista plástico. A entrada do hotel será totalmente remodelada com um painel do artista plástico Guilherme Kramer (como era nas gigantescas portas do Teatro-D), de 20 x 4m, cujo traço principal é o ‘povo paulistano”.
O glamour do prédio da Martins Fontes
Tudo começou quando o arquiteto alemão Franz Heep incrementou o projeto encomendado pela família Mesquita para abrigar a nova sede do jornal O Estado de S. Paulo, no número 71 da rua Martins Fontes, abrigando Redação, Administração e Gráfica – essa, possibilitava por meio dos então nichos em vidro onde Darson instalará as Medusas – o acompanhamento em tempo real do jornal – além da Rádio Eldorado e o Estúdio Eldorado. As empresas de comunicação ocupariam do 1º ao 8º andar e, os demais pavimentos seriam alugados para escritórios.
A prefeitura e o governo do Estado ofereceram isenção fiscal para os hotéis que fossem inaugurados na celebração do 4º. Centenário de São Paulo, então, José Tjurs, experiente hoteleiro, se interessou pelos espaços restantes e instalou o luxuoso hotel Jaraguá do 9º ao 23º andar.
Com localização estratégica, o Hotel Jaraguá tornou-se um dos símbolos da modernidade em São Paulo. A palavra Jaraguá – que deriva da língua Tupi-Guarani e significa Senhor do Vale – também tem ligação direta com o Pico do Jaraguá, na época o ponto mais alto da cidade, com 1.135m de altura.” Foi um paralelo feliz pensado pelos então proprietários do espaço por ser ‘o ponto mais alto da hotelaria de São Paulo’ ‘, observa Darson, informando que o edifício é tombado pelo IPHAN. No mesmo ano da sua inauguração, em 25 de janeiro de 1954, o Jaraguá foi palco do 1º Festival Internacional de Cinema, transformando-se em reduto de intelectuais e artistas de renome internacional, como Jeffrey Hunter, Edward G. Robinson, Erich Von Stroheim, Walter Pidgeon e Marjorie Prado.
A partir daí, um número incontável de personalidades nacionais e internacionais contribuiu para escrever a história do Jaraguá, entre elas, Alain Delon, Ella Fitzgerald, Sophia Loren, Frederico Fellini, Brigitte Bardot, Louis Armstrong, Gina Lollobrigida, Edith Piaf, Tony Curtis, Ginger Rogers, Mick Jagger, Henry Ford II, rainha Elizabeth II, Robert Kennedy, Fidel Castro, Yuri Gagarin, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, Prestes Maia e Carlos Lacerda, entre outros. Todos fotografados e expostos em galerias no lobby do hotel até hoje, assim como em andares e suítes, confirmando o hotel como o “queridinho” da noite paulistana, com encontros marcantes regados a bom vinho e champagne. Carlos Lacerda, por exemplo, deu diversas aulas de jornalismo, política e democracia ali. Ieda Maria Vargas, Miss Universo em 1963, ganhou um drinque feito especialmente para ela.
As décadas de 80 e 90 foram períodos difíceis para o Jaraguá. Com a morte de Tjurs e o aparecimento de concorrentes internacionais, o hotel fechou suas portas em 1998. No mesmo ano, o edifício foi comprado pelo Grupo Sol Invest, que já era proprietário da parte onde estava instalado o antigo Diário Popular. Com a aquisição do restante do imóvel e o crescente investimento na revitalização do centro, o grupo teve a ideia de fazer um grande hotel, em 1999. Em outubro de 2004, a Accor Hotels assumiu a administração do Jaraguá – ainda sob propriedade da família Quércia – que passou a se chamar Novotel Jaraguá São Paulo Conventions, só se retirando com a compra atual pela família Miguel, cuja rede hoteleira se estende pelo país, com mais de 35 hotéis.
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