A Botija, Um Pequeno Inventário de Histórias Fantásticas do Nordeste Brasileiro,
da Cia Fabulinhando, é o novo espetáculo em cartaz na Sala Vermelha, do IC,
com apresentações de fevereiro a julho, sempre aos domingos. Nele, o público
acompanha o retorno de três irmãos ao quintal da casa de sua avó, onde
revelam as histórias do imaginário popular da região.
A partir de 9 de fevereiro, os domingos na Sala Vermelha, do Itaú Cultural, serão ocupados por lendas mágicas do sertão nordestino, com a peça para crianças A Botija, Um Pequeno Inventário de Histórias Fantásticas do Nordeste Brasileiro, da Cia Fabulinhando. Dirigido pelos atores Jhoao Junnior e Maria Rosa, que entram em cena ao lado da musicista Elaine Silva, o espetáculo tem como inspiração a literatura oral da região e acompanha o encontro de três irmãos, que retornam da cidade grande para o quintal de sua avó, no sertão nordestino, em busca da botija de ouro sobre a qual ela sempre falava quando eles eram pequenos.
As sessões de A Botija no Itaú Cultural acontecem todos os domingos de 9 de fevereiro a 27 de julho, sempre às 16h, com exceção do domingo de Carnaval, no dia de 2 de março, quando não haverá apresentação. A programação é gratuita, e a partir do mês de fevereiro a reserva de ingressos começa a ser feita na terça-feira da semana da apresentação, a partir das 12h, na plataforma INTI – com acesso pelo site www.itaucultural.org.br.
A Botija, Um Pequeno Inventário de Histórias Fantásticas do Nordeste Brasileiro estreou em 2024, em formato de contação de histórias, e, ao longo do ano, foi apresentado em bibliotecas públicas da cidade de São Paulo, centros culturais e áreas de convivência de Sescs no estado. No Itaú Cultural, o projeto se apresenta pela primeira vez como espetáculo teatral, com cenografia, desenho de luz e dramaturgia inéditos. “É uma alegria fazer uma temporada de seis meses, pois assim criamos uma sensação de pertencimento entre a obra, o elenco, o público e o próprio palco do Itaú Cultural”, afirma o diretor Jhoao Junnior.
A inspiração para a peça surgiu em uma viagem que o ator e diretor fez em 2022 pelo interior do Rio Grande do Norte, estado onde nasceu. “Fui a cidades muito pequenas e ouvi muitas vezes uma história que estava sempre na boca do povo: a história sobre uma botija de ouro”, lembra o diretor, referindo-se à lenda segundo a qual se acredita em uma espécie de pote escondido, cheio de ouro, dinheiro, joias e outros tesouros.
Na peça, essa busca dos irmãos pela botija de ouro, mote do enredo, é também o ponto de partida para que sejam revelados outros mitos que permeiam o imaginário do sertão, como os da Caipora, da Mulher do Sonho e da Princesa da Serra. “Em cena, esse quintal vai se expandindo aos poucos e os irmãos passeiam também por várias paisagens sertanejas, convidando o público a adentrar esse universo”, completa.
Nordeste em detalhes
A criação de A Botija vem também de um desejo desse trio de artistas nordestinos, formado por Jhoao Junnior, Maria Rosa e Elaine Silva, em falar sobre a região, pela perspectiva de quem migrou para os grandes centros urbanos. “Na peça, trazemos um pouco da nossa trajetória pessoal. Eu, da minha infância no meu quintal potiguar, a Maria, do Ceará, e a Elaine, de Alagoas”, diz o diretor.
Essas vivências e referências do Nordeste também estão presentes na trilha sonora, que mescla canções originais, compostas por Junnior e Elaine, com duas composições do mestre alagoano Nildo Verdelinho. A música é executada ao vivo por Elaine, que toca viola caipira, flauta, xilofone e instrumentos de percussão como tambor e pandeiro.
Outro destaque é a cenografia, criada especialmente para a temporada na Sala Vermelha, composta por um painel de tapeçaria feito pelo artista potiguar Irapuan Júnior, além de objetos que evocam o artesanato. Os figurinos, confeccionados por Maria Rosa, trazem bordados que representam o enredo da peça e se inspiram na xilogravura.
Sobre o elenco
Jhoao Junnior é ator, artista-educador e diretor de teatro formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Integrou o grupo de teatro Clowns de Shakespeare e fundou o Coletivo Estopô Balaio, no qual dirigiu diversos espetáculos e projetos focados na relação entre memória social, geografia urbana e narrativa, tais como a Trilogia das Águas, criada a partir da experiência dos moradores do Jardim Romano com as enchentes: Daqui a pouco o peixe pula, O que sobrou do rio e A cidade dos rios invisíveis (este último ganhou o prêmio Shell de Inovação Teatral em 2020). É dramaturgo e diretor de diversos espetáculos teatrais para crianças, como As Três Marias, O Rio Menino, Assim me contaram, assim vos contei e Fabulinhando Operários. Tem pós-graduação em Narração Artística em Contexto Urbano pela Casa Tombada – São Paulo/SP.
Maria Rosa é atriz, arte-educadora e contadora de histórias. Formada em arte dramática pela Fundação das Artes de São Caetano do Sul e graduanda em licenciatura em teatro na Universidade Estadual Paulista (Unesp). Trabalha como atriz com a Zózima Trupe atuando nos espetáculos A cobradora (2019 – atual), Os minutos que se vão com o tempo (2017) e O silêncio das coisas quietas (2020). Membra do Núcleo Entre(vistas) de pesquisa oral, biográfica e dramatúrgica. Foi artista-educadora do Piá (Programa de Iniciação Artística) da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo (2017 – 2021) e facilitadora de oficinas de bordado e contação de histórias, realizando a oficina Abordar o corpo na Biblioteca Paulo Setúbal, Casa de Cultura São Rafael e Espaço Cultural Casa de Vidro (São Caetano do Sul).
Elaine Silva é mestre em educação musical para primeira infância pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Foi coordenadora artístico-pedagógica do Piá (Programa de Iniciação Artística) da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo em 2023. Desenvolve diversas atividades para crianças dos 0 aos 3 anos de idade com foco na música. É diretora musical do espetáculo teatral O Jardim. Atualmente é consultora pedagógica da região leste da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, desenvolvendo projetos de formação e orientação para os professores da rede com foco no atendimento para bebês.
Cia Fabulinhando é uma companhia teatral voltada para as infâncias, que desenvolve diversas atividades a partir da relação entre narrativa, artes visuais e teatro. Criado em 2019 pelo ator e contador de histórias Jhoao Junnior, o grupo desenvolveu o projeto Animando Histórias, a partir da produção de vídeos que unem a contação de histórias e o desenho criado pelas crianças em formato de animação (Sesc Santana – 2019/2020); realizou o espetáculo Fabulinhando Operários (2021 a 2023) e A Botija, Um Pequeno Inventário de Histórias Fantásticas do Nordeste Brasileiro, com direção de Jhoao Junnior e Maria Rosa (2024-atual).
SERVIÇO
Espetáculo A Botija, Um Pequeno Inventário de Histórias Fantásticas do Nordeste Brasileiro
9 de fevereiro a 27 de julho de 2025 (domingo), às 16h, com exceção de 2 de março, domingo de Carnaval
Local: Sala Vermelha, piso 3 do Itaú Cultural
Classificação indicativa: livre
Duração: aprox. 60 minutos
Capacidade: 70 lugares
Ingressos gratuitos, reservados na terça-feira da semana da apresentação pelo site do IC (www.itaucultural.org.br)
Ficha técnica
Atuação e direção: Jhoao Junnior e Maria Rosa
Ideia original e dramaturgia: Jhoao Junnior
Musicista: Elaine Silva
Bordados (figurinos): Maria Rosa
Cenografia: Jhoao Junnior
Pinturas: Andrea Gandolfi
Painel (tapeçaria): Irapuan Júnior
Painel (execução): Rafaela Brito
Direção de movimento: Ronaldo Aguiar
Canções e arranjos: Jhoao Junnior e Elaine Silva
Trilha Sonora e pesquisa musical: Elaine Silva
Coco de chegada e despedida: Nildo Verdelinho
Iluminação: Júnior Doccini
Produção: Potyguar Produções
Realização: Cia Fabulinhando
Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149, próximo à estação Brigadeiro do metrô
Terça a sábado, das 11h às 20h
Domingos e feriados, das 11h às 19h
Informações: pelo telefone (11) 2168.1777 e wapp (11) 9 6383 1663
E-mail: atendimento@itaucultural.org.br
Acesso para pessoas com deficiência física
Estacionamento: entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108.
Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.
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