‘Entre Franciscos, O Santo e o Papa’:
Peça de Gabriel Chalita reestreia dia 12 de abril na Casa de Cultura Laura Alvim, apresentando um diálogo imaginário entre o Papa Francisco e São Francisco de Assis
Com direção de Fernando Philbert, e com Paulo Gorgulho e César Mello encarnando as duas figuras icônicas, o espetáculo propõe ao público uma reflexão sobre a humanidade
Após o sucesso da primeira temporada no Teatro Domingos Oliveira, o espetáculo “Entre Franciscos – O Santo e O Papa” reestreia dia 12 de abril de 2024, sexta, às 20h, na Casa de Cultura Laura Alvim. A peça mostra um encontro entre o Papa Francisco e São Francisco de Assis, que se transforma em uma conversa tocante e filosófica sobre o ser humano. O cenário é a lavanderia do Vaticano, espaço construído pelo Papa para atender à população de rua em Roma. Um dia, sentindo-se cansado, ele entra no local e se depara com um homem, que percebe ser São Francisco de Assis. Nesse encontro inesperado entre Franciscos, o público é convidado a refletir junto com os personagens sobre questões pungentes dos tempos atuais.
O espetáculo tem texto de Gabriel Chalita, direção de Fernando Philbert. Paulo Gorgulho interpreta o Papa Francisco e César Mello é São Francisco de Assis, nesta comovente história que é uma homenagem à sensibilidade e à humanidade dessas duas grandes e revolucionárias figuras que, além do nome, possuem muito mais em comum.
A peça conta com patrocínio do Instituto YDUQS e Estácio e ficará em cartaz até 5 de maio de 2024, sextas e sábados, às 20h; e domingos, às 19h. A direção de produção é de Guilherme Logullo, a cenografia de Natália Lana, os figurinos de Karen Brusttolin, o desenho de luz de Vilmar Olos e a realização da Luar de Abril.
Texto de Gabriel Chalita explora o lado humano dos personagens
No novo espetáculo de um dos escritores mais lidos do país e autor de mais de 90 livros, a conversa entre o Santo e o Papa aborda principalmente os problemas do mundo e os caminhos tomados por nós, seres humanos. O Papa se mostra cansado das dores do cotidiano e, à primeira vista, não reconhece o homem na lavanderia, mas aos poucos, vai percebendo sua grande sensibilidade e a semelhança das suas palavras com as de São Francisco. O local torna-se, então, uma espécie de metáfora representando um espaço em que as dores da humanidade precisam ser, de certa forma, lavadas.
“Não é uma peça sobre uma religião, é uma peça sobre humanidade, sobre o amor que liga as pessoas ou sua ausência que traz tantas sujeiras. De um lado, temos São Francisco, um homem que decidiu dedicar sua vida ao exercício do cuidar, principalmente dos que ninguém queriam cuidar. Do outro, temos um Papa que é um exemplo de acolhimento, um homem que vive o evangelho em sua essência, que acolhe os vulneráveis e que se posiciona para construir um mundo de paz. São figuras carismáticas, revolucionárias e o espetáculo expõe o que seriam as visões de mundo de cada um”, revela Chalita, que também assina a idealização da peça.
Segundo o autor, a ideia surgiu a partir de uma conversa sobre invisibilidades, exclusão e sobre a grande desigualdade e os desafios que vivemos hoje.
“A referência da lavanderia vem questionar quais são os barulhos do mundo e os caminhos que estamos tomando, como guerras, conflitos, doenças… Por meio da dimensão humana desses personagens, a peça quer inspirar o público com reflexões do mundo contemporâneo”, explica o autor.
Nesse diálogo emocionante entre Franciscos, Fernando Philbert, responsável pela direção de aclamados espetáculos, optou pela simplicidade, investindo em um jogo de cena que valoriza a química entre Paulo Gorgulho e César Mello.
“Buscamos um caminho de humanidade dos personagens, ou seja, quais as questões, os problemas, os desejos que atravessam o Papa e São Francisco de Assis. O que os incomoda, o que estão buscando resolver. Essa proposta conduz os atores a não colocarem os personagens em um lugar etéreo, mas sim como homens, como pessoas normais que, assim como nós, também têm dúvidas e incertezas. Você poderia assistir essa peça e esquecer que é o Papa e São Francisco. São apenas dois homens”, afirma.
Química entre os atores foi imediata
Interpretar dois grandes homens, guardados num lugar muito especial do imaginário de muita gente não é uma tarefa simples. Mais difícil, ainda, foi encontrar nos atores a sensibilidade necessária para encarnar a simplicidade dos personagens. Para César Mello, o desafio foi vencido com maestria:
“Quando estamos em cena, buscamos de fato pensar neles como homens que estão dialogando. A decisão de humanizá-los é muito significativa. São Francisco, por exemplo, não morreu santo. Pelo contrário. Enquanto vivo, era tachado de louco, chegando até mesmo a ser perseguido por membros da Igreja Católica. Então, no fim das contas, estamos falando de dois seres humanos, de carne e osso”, ilustra o ator.
A sinergia entre ele e Gorgulho foi essencial, imediata e necessária para que o espetáculo chegasse ao tom esperado:
“Nessa conversa, os Franciscos mostram diversos aspectos do presente. A natureza está correndo riscos agora, estamos vivendo uma grande onda de ódio, tempos difíceis e é preciso olhar para isso”, conclui Gorgulho.
Sinopse:
“Entre Franciscos, O Santo e O Papa” mostra o Papa Francisco preocupado e cansado dos problemas do cotidiano. Ele entra na lavanderia do Vaticano, local que mandou construir para a população de rua e encontra um homem. Inicialmente, ele não percebe, mas este homem é São Francisco de Assis e, aos poucos, o diálogo entre essas duas icônicas figuras vai revelando dores, incertezas, mas também amores, fé e reflexões sobre os grandes dilemas da humanidade.
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FICHA TÉCNICA:
Elenco: Paulo Gorgulho e César Mello
Texto: Gabriel Chalita
Direção: Fernando Philbert
Cenografia: Natália Lana
Desenho de Luz: Vilmar Olos
Figurino: Karen Brusttolin
Trilha sonora: Gui Leal
Design gráfico: Igor Gabriel Paz
Direção de produção: Guilherme Logullo
Produção executiva: Manu Hashimoto
Assistente de direção/produção: Renata Ricci
Assessoria de imprensa: Prisma Colab
Operação de luz: Thayssa Carvalho
Operação de som: André Vieri
Camareira: Rita Vasconcelos
Idealização: Gabriel Chalita
Realização: Luar de Abril
SERVIÇO:
ENTRE FRANCISCOS, O SANTO E O PAPA
Temporada: De 12 de abril de 2024 a 5 de maio de 2024
Horários: sexta e sábado, às 20h; e domingo, às 19h.
Local: Casa de Cultura Laura Alvim
Endereço: Av. Vieira Souto, 176 – Ipanema, Rio de Janeiro
Duração: 70 minutos.
Bilheteria oficial: Imply.com
Telefone: (21) 2332-2016
Valores: R$60 (inteira) e R$30 (meia-entrada)
Vendas online: http://funarj.eleventickets.
190 lugares. Livre.
SOBRE GABRIEL CHALITA: Gabriel Chalita é professor e escritor. Ao longo de sua carreira, publicou 84 livros, entre eles “A Ética do Rei Menino”, “O Pequeno Filósofo”, “Pedagogia do Amor”, “Sócrates e Thomas More – Correspondências Imaginárias” e “Os 10 Mandamentos da Ética”. No Brasil, na América Latina, Europa e Oriente Médio, vendeu mais de 10 milhões de cópias. É também autor de diversas peças de teatro, entre elas: “O Semeador”, “Hortance, a velha”, “Muito Louca” e “Nelson Gonçalves – O Amor e O Tempo”. Iniciou sua carreira docente aos 15 anos e nunca deixou a sala de aula. Fez dois doutorados – em Comunicação e Semiótica e em Direito; e dois mestrados – em Sociologia Política e em Filosofia do Direito. Dirigiu várias instituições educacionais e ocupou importantes cargos públicos, entre eles Secretário da Educação do Estado de São Paulo e Secretário da Educação do Município de São Paulo. Foi, também, vereador em São Paulo e deputado federal. Chalita é professor dos cursos de graduação e pós-graduação nas universidades PUC-SP, Mackenzie, IBMEC e Uninove. É membro da Academia Brasileira de Educação e membro da Academia Paulista de Letras.
SOBRE FERNANDO PHILBERT: Gaúcho, radicado há mais de 30 anos no Rio de Janeiro, Philbert começou sua carreira como assistente de direção de figuras tarimbadas do teatro como Domingos Oliveira, Aderbal Freire-Filho e Gilberto Gawronski. Atualmente, é um dos diretores mais atuantes da cena carioca, sendo responsável pela direção de inúmeros espetáculos, tais como “Quando as Máquinas Param”, “Diário do Farol”, “Contos Negreiros do Brasil”, “Idas e vindas”, “Embarque imediato”, “Parabéns, Senhor Presidente”, “Nefelibato”, “O Corpo da Mulher como Campo de Batalha” e ainda “O Escândalo Felippe Dussaert”, com Marcos Caruso, vencedor de diversos prêmios em 2016. Foi ainda indicado ao Shell de Melhor Direção por “Todas as Coisas Maravilhosas”, em 2019. É diretor do programa “Arte do Artista” da TV Brasil e foi codiretor do espetáculo “No Topo da Montanha”.
SOBRE PAULO GORGULHO: Descobriu vocação ainda novo, em suas aulas de teatro amador. Se formou pela EAD USP, e estreou na novela Carmem, de 1987, em 1990 O ator ficou conhecido na década de 90, na famosa novela Pantanal. Viveu José Leôncio na primeira fase da telenovela e, por pedidos do público, voltou na segunda fase, como José Lucas de Nada. Em 1991, entrou para a rede Globo e fez várias novelas como O Dono do Mundo, e em 1994 fez Fera Ferida. No teatro, Gorgulho protagonizou peças como Sua Excelência, o Candidato (1990), de Marcos Caruso, e Mephisto (1993), com direção de José Wilker. Em 2001, encenou Eu Falo o que Elas Querem Ouvir, de Mário Prata, sob direção de Roberto Lage. Também atuou no espetáculo Frankenteins, de Jô Soares. No cinema, Gorgulho estreou em “Filhos e Amantes” (1981), dirigido por Francisco Ramalho Jr.. A seguir fez O País dos Tenentes (1987), de João Batista de Andrade. Trabalhou também em “For All – O Trampolim da Vitória (1997), de Luiz Carlos Lacerda; O Cangaceiro (1997), de Aníbal Mussaini e Uma Aventura do Zico (1999), de Antonio Carlos da Fontoura.
SOBRE CÉSAR MELLO: César Mello atualmente grava a novela “Elas por Elas” (Globo). Já protagonizou filmes como “Dr. Gama” de Jeferson De, “O Pastor e o Guerrilheiro” de José Eduardo Belmonte, está na série “O Negociador” da Amazon Prime e nos recém lançados filmes “Terapia da Vingança” de Marcos Bernstein e “O Sequestro do Voo 375” de Marcus Baldini. O ator foi nomeado para o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro por sua atuação em “A Glória e a Graça” (2018) e sua atuação em “O Pastor e o Guerrilheiro” (2022) arrancou elogios da crítica considerado pelo jornal Estadão como “brilhante no papel”. Na Netflix,o ator é destaque nas séries “O Mecanismo”, “Boca a Boca” e nos sucessos “Bom dia Verônica” e “Sintonia”. Em 2022 ainda estreou o longa “Clube dos Anjos”, a série “Não Foi Minha Culpa” da Star+/Disney e o espetáculo “Mary Stuart” no Sesi/SP. O ator atua, canta, dança, conquistou enorme espaço nos musicais da Broadway, atuando em “Hair” , “Mudança de Hábito”, “Wicked” , “Dona Ivone Lara: Um Sorriso Negro” , interpretou o icônico Mufasa em “O Rei Leão da Broadway” (2013/2014) e em 2023 interpretou Happy Man/Sr. Thompson no Musical “Uma Linda Mulher”. Já esteve em outras cinco novelas da Rede Globo, “Viver a Vida” (2009), “Lado a Lado” (2013), “Sangue Bom” (2014),“Babilonia” (2015) e “A Lei do Amor” (2017) Além de outros projetos no audiovisual como os longas “Os Doze Trabalhos” , “Minha Vida em Marte” , “Mare Nostrum” , séries “Amigo de Aluguel” , “Carcereiros”César também é compositor e tem dois álbuns autorais “O Agora” e “Ela é Afro”.