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O documentário “Zona Árida”, que recebeu menção honrosa no Dok Leipzig, um dos festivais de documentário mais prestigiados do mundo, apresenta uma nova sessão especial seguida de um debate sobre o contexto das eleições dos Estados Unidos com o tema: Entendendo o Conservadorismo Norte-americano e a Forma Como Ele nos Afeta.
A sessão especial com debate será no Cine Satyros Bijou, no dia 08 de novembro, às 19h30, com a presença da atriz Maeve Jinkings, diretora de narração de “Zona Árida”, do pesquisador norte-americano William Marc Plotnick, da documentarista Paula Sacchetta e da diretora Fernanda Pessoa. No filme, Fernanda revisita Mesa, uma cidade no estado do Arizona (EUA), considerada a mais conservadora do país segundo um estudo de 2014 realizado pelas universidades UCLA (Universidade da Califórnia) e MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). “Essa notícia me afetou de forma pessoal. Mesa foi a cidade onde fiz um ano de intercâmbio quando tinha 15 anos, em 2001. Essa informação me fez repensar em tudo o que aconteceu naquele ano em que vivi o estilo de vida americano em uma cidade no meio do deserto do Arizona. Algumas semanas após a minha chegada, aconteceu o atentado às Torres Gêmeas e pude acompanhar de dentro do país o primeiro ano de politicas antiterror do governo George W. Bush”, relembra Fernanda. Em setembro de 2016, 15 anos após sua primeira estadia e dois meses antes da eleição de Donald Trump, a diretora retornou à cidade com uma pequena equipe de filmagem, revisitando lugares e reencontrando pessoas que fizeram parte de sua experiência de adolescência. O filme foi lançado comercialmente durante a pandemia e durante as eleições americanas de 2020, quando havia a possibilidade da reeleição de Trump. A sessão especial acontece quatro anos depois, no contexto de uma possível reeleição do republicano conservador, em um cenário de incerteza e reviravoltas na corrida eleitoral. Zona Árida é um filme em primeira pessoa, no qual Fernanda ressignifica sua experiência, faz um reencontro com um período importante de sua adolescência e traça um retrato da América profunda. “Dentro de um contexto de conservadorismo nos Estados Unidos e Europa e às vésperas das eleições norte-americanas, em que Trump desponta como favorito e o cenário parece incerto com a desistência de Biden da reeleição, revisitar Mesa nos ajuda a entender o conservadorismo norte-americano e a forma como ele nos afeta”, complementa. |
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Sinopse:
Como é viver na cidade mais conservadora dos Estados Unidos? Em 2001, a diretora brasileira Fernanda Pessoa tinha 15 anos e foi uma estudante de intercâmbio por um ano em Mesa, Arizona, considerada a cidade mais conservadora dos EUA. 15 anos depois – e dois meses antes da eleição de Donald Trump – ela está de volta para entender sua experiência e as ideias conservadoras, passando por temas como a fronteira mexicana, o estilo de vida cowboy, religiosidade e patriotismo. |
Ficha Técnica:
Cor, 76 min, 2019 Direção | Fernanda Pessoa Produção | Antonio Gonçalves Junior e Fernanda Pessoa Produção Executiva | Raiane Rodrigues Direção de Fotografia e Câmera | Rodrigo Levy Assistente de Direção | Mari Nagem Montagem | Germano de Oliveira, edt. e Mari Moraga Direção de Narração | Maeve Jinkings Desenho de Som | Daniel Turini, Fernando Henna e Henrique Chiurciu Mixagem | Daniel Turini Trilha Sonora | Pedro Santiago |
Sobre a diretora: Fernanda Pessoa é cineasta e pesquisadora, com foco em documentário e cinema experimental. Doutoranda na ECA/USP com pesquisa sobre o cinema experimental feito por mulheres, mestre em Audiovisual na Sorbonne Nouvelle, sob orientação de Philippe Dubois. Dirigiu os longas “Histórias que nosso cinema (não) contava” (2017, Prêmio Guarani Melhor Documentário, DocLisboa, Festival du Nouveau Cinéma, Mostra de Tiradentes, Festival de Brasília), “Zona Árida” (2019, Menção Honrosa no DokLeipzig) e “Vai e Vem” (2022, Sheffield DocFest, DokLeipzig, Olhar de Cinema) e os curtas “Igual/Diferente/Ambas/ |
DEBATEDORES
Maeve Jinkings – Atriz Maeve Jinkings é formada em Comunicação Social pela Universidade da Amazônia (PA), em Artes Dramáticas pela EAD-USP, com passagem pela escola do Centro de Pesquisa Teatral do diretor Antunes Filho. Estreou no audiovisual com o filme “Falsa Loura” (2007), de Carlos Reichenbach. Participou dos filmes “O Som ao Redor” (2012), de Kleber Mendonça Filho, e “Amor, Plástico e Barulho”, de Renata Pinheiro, pelo qual recebeu o prêmio de melhor atriz no Festival de Brasília de 2013. Fez ainda os filmes “Boi Neon” (2015), de Gabriel Mascaro, “Aquarius” (2016), de Kleber Mendonça Filho, a telenovela “A Regra do Jogo” (2015), de João Emanuel Carneiro, sob direção de Amora Mautner, “Onde Nascem os Fortes”, sob direção de José Luiz Villarim, “Todas as Mulheres do Mundo” (2020), com roteiro de Jorge Furtado, “Carvão” (2022) e “Pedágio” (2023), de Carolina Markowitz. Por “Pedágio” recebeu os prêmios de Melhor Atriz no Festival Internacional do Rio (Brasil), no Festival de Estocolmo (Suécia) e no Festival Internacional de Guadalajara (México). Em 2023 participou de “Sem Coração”, com estreia mundial no Festival de Veneza, e da série “Os Outros”, com texto de Lucas Paraizo sob direção artística de Luísa Lima. Na Netflix atuou na série “DNA do Crime”, sob direção artística de Heitor Dhalia. Em 2024 assumiu como roteirista e apresentadora do videocast A DOBRA, programa mensal de entrevistas do selo de distribuição de cinema Sessão Vitrine Petrobrás. Em ‘Zona Árida’ fez a direção de narração. William Marc Plotnick – Co-fundador Cinelimite William Marc Plotnick é um técnico de restauro de filmes na Cinemateca Brasileira e cofundador da Cinelimite, uma organização sem fins lucrativos dedicada à exibição, distribuição e digitalização do cinema brasileiro de repertório. William tem mestrado em preservação audiovisual pela Universidade de Nova York e mestrado em Estudos Cinematográficos pela Universidade de Columbia, Nova York. Paula Sacchetta – Documentarista Paula Sacchetta é diretora e roteirista e trabalha há mais de dez anos com documentários. Dirigiu “Precisamos Falar do Assédio” e “Verdade 12.528”, filmes que rodaram diversos festivais no Brasil e fora. Dirigiu também as séries de TV “Eu, Preso”, sobre sistema carcerário, e “Famílias”, sobre jovens LGBTQIA+ na periferia de São Paulo. Lançou em 2020 o curta documental “Acende a Luz”, sobre sexo na terceira idade e no fim de 2021, lançou um episódio que dirigiu para uma série da GNT sobre o livro “Sociedade do Cansaço”. No mesmo ano, dirigiu um telefilme, Vozes do E!, para o canal E! Entertainment, sobre mulheres e diversidade nas telas. Em 2023, lançou um podcast de 8 episódios que escreveu e dirigiu, produzido pela RádioNovelo para a Amazon Music e no momento está desenvolvendo um longa híbrido que se passa na Itália e em São Paulo. |
Sobre a produtora Grafo
A Grafo Audiovisual é uma produtora cinematográfica que acredita no poder transformador do cinema. Fundada em 2007, nossa missão é promover a cultura e impactar a sociedade por meio de histórias que inspiram, emocionam e provocam reflexões. Atuamos na criação e produção de conteúdos audiovisuais que buscam não apenas entreter, mas também conectar pessoas e ideias. Com uma trajetória marcada pela dedicação à qualidade artística e ao compromisso com a diversidade cultural, a Grafo tem sido reconhecida como uma das principais produtoras de cinema no Brasil. Entre nossos projetos de destaque está o Olhar de Cinema | Festival Internacional de Curitiba, um dos maiores festivais do gênero no país e na América Latina, que desde 2012 vem reunindo cineastas, críticos e espectadores apaixonados pelo cinema independente. Além disso, organizamos o Cinenaguá, um festival focado nos clássicos do cinema, que ocorre na região litorânea do Paraná, iniciado em 2023. Projetos como estes são de suma importância no âmbito cultural e fomentam discussões relevantes sobre o cenário audiovisual, com a realização de oficinas, seminários e atividades de formação. A Grafo Audiovisual segue em constante evolução, explorando novas tecnologias e formatos para contar histórias que toquem o público e deixem uma marca expressiva. Ao todo, as produções realizadas chegaram aos 5 continentes através de mais de 400 festivais e 200 prêmios. E ainda contaram com vendas para mais de 70 países da América, Europa, África e Ásia. |
Sobre a distribuidora
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Serviço:
Sessão Debate Zona Árida, com Fernanda Pessoa, Maeve Jinkings, William Plotnick e Paula Sacchetta 08/11/2024 às 19:30h Cine Satyros Bijou – Praça Franklin Roosevelt, 172 – Consolação, São Paulo – SP, 01303-020 Ingressos: R$ 20,00 inteira / R$ 10,00 meia Ingressos estarão à venda no site www.satyros.com.br e na bilheteria do cinema. |