Debate entre representantes do Ministério da Cultura, Ministério da Educação, Orquestra Sinfônica Brasileira, Itaú Cultural e Prefeitura de São Paulo aconteceu na SIM São Paulo, maior conferência de música e economia criativa da América Latina
Mariângela Andrade (Secretaria de Formação, Livro e Leitura – Ministério da Cultura), Carla Chiamarelli (Observatório Itaú Cultural), Ana Flávia Cabral (Orquestra Sinfônica Brasileira), Fabiana Batistela (SIM São Paulo), Carol Lafemina (Secretaria Adjunta Municipal de Cultura e Economia Criativa de São Paulo) e Raquel Franzim (Ministério da Educação) – SIM São Paulo
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A educação integral tem sido pauta central nas discussões sobre o futuro do ensino no Brasil, e o papel da arte e da cultura nesse modelo ganhou destaque no painel “Música, Arte e Cultura nas Escolas”, realizado nesta quinta-feira (20). Com a participação de especialistas da área educacional e cultural, o debate trouxe reflexões sobre como a implementação de programas culturais pode não apenas contribuir para o desenvolvimento cognitivo dos alunos, mas também tornar as escolas mais atrativas e reduzir a evasão escolar.
O painel reuniu Mariângela Andrade (Secretaria de Formação, Livro e Leitura – Ministério da Cultura), Carla Chiamarelli (Observatório Itaú Cultural), Ana Flávia Cabral (Orquestra Sinfônica Brasileira), Fabiana Batistela (SIM São Paulo), Carol Lafemina (Secretaria Adjunta Municipal de Cultura e Economia Criativa de São Paulo) e Raquel Franzim (Ministério da Educação). A discussão abordou a necessidade de políticas públicas mais eficazes para garantir a presença da música e das artes no ensino fundamental e infantil, especialmente nas escolas públicas de tempo integral.
Um dos principais pontos levantados foi a existência da Lei Federal de Musicalização nas Escolas, que ainda não foi plenamente implementada. Fabiana Batistela, fundadora da SIM São Paulo, enfatizou a urgência dessa discussão: “Temos uma lei federal de musicalização nas escolas desde 2008. Nosso desafio é entender o porque essa lei ainda não foi posta em prática e o que os diferentes agentes do poder público e sociedade civil organizada podem fazer para que isso de fato aconteça. Isso é ainda mais urgente quando temos um gap entre a escola privada e escola pública que gera quase um apartied social no Brasil. A música e a arte devem estar na escola pública como disciplinas obrigatórias. A ciência aponta que elas são tão importantes quanto matemática ou português. Além de ser uma ferramenta fundamental para a formação humanista das crianças”.
A inclusão das artes na educação não é apenas uma questão cultural, mas também uma estratégia pedagógica para melhorar o aprendizado e a formação cidadã. Raquel Franzim, coordenadora-geral de Educação Integral e Tempo Integral no Ministério da Educação, destacou o papel das escolas na democratização do acesso à cultura e na formação de indivíduos mais críticos e criativos.
“A escola é a instituição brasileira que mais chega a todas as comunidades. Para as mais de 178 mil escolas em todo o país, o Governo federal estabeleceu prioridades como o compromisso Nacional Criança Alfabetizada, a estratégia de conexão educativa nas escolas, o Programa Pé de Meia e o Programa Escola em Tempo Integral. Ao ampliar a jornada escolar, o Programa Escola em Tempo Integral dialoga com a Lei de Diretrizes e Bases, que em seu artigo 2º diz que toda criança brasileira tem direito ao pleno desenvolvimento, à cidadania e à formação para o mercado de trabalho. E isso certamente deve incluir a música, teatro, cinema, artes visuais, justiça climática e o meio ambiente no currículo escolar.”
A implementação efetiva dessas políticas, no entanto, ainda esbarra em desafios estruturais. Nesse sentido, Mariângela Andrade, diretora de Educação e Formação Artística do Ministério da Cultura, destacou uma parceria estratégica com a Fundação Itaú para levantar evidências sobre os impactos positivos da arte na educação infantil.
“Pactuamos um acordo de colaboração técnica com a Fundação Itaú para o levantamento de dados científicos e evidências sobre a importância da arte e da cultura na educação infantil. Nos últimos dois anos, promovemos escutas e seminários de Cultura e Educação junto à sociedade civil, coletando as necessidades das comunidades para que o ensino de arte e cultura chegue às escolas de todo o Brasil.”
O painel da SIM São Paulo reforçou que a integração da música e das artes ao currículo escolar não é apenas uma reivindicação cultural, mas uma estratégia educacional comprovadamente eficaz. Estudos demonstram que crianças expostas a atividades artísticas apresentam melhor desempenho acadêmico, maior capacidade de concentração e desenvolvimento de habilidades socioemocionais fundamentais para sua trajetória escolar e profissional.
Com a ampliação do ensino em tempo integral no Brasil, a expectativa é de que essas disciplinas sejam incorporadas de maneira mais estruturada ao dia a dia das escolas públicas. O debate mostrou que há iniciativas sendo desenvolvidas, mas que a mobilização da sociedade e o compromisso do poder público são essenciais para garantir que a arte e a cultura tenham um espaço definitivo na educação do país.
A SIM São Paulo 2025 encerra suas programação no Memorial da América Latina, no dia 20 de fevereiro, promovendo debates e reflexões sobre os desafios e oportunidades da música e da cultura no Brasil.
O evento tem o patrocínio do Instituto Cultural VALE, Rede (Itaú-Unibanco), cartão Elo e Heineken, além de vários parceiros, através da Lei de Incentivo Federal, Ministério da Cultura / Governo federal.
COMPROMISSOS:
Além da vasta programação, os credenciados poderão desfrutar de um Espaço Gastronômico com parceiros que valorizam o consumo consciente, respeito à produção agroecológica e à biodiversidade. Além de uma feira de novos criadores, em parceria com o Jardim Secreto, e cobertura da Rádio e TV SIM.
Reforçando o compromisso de diversidade, inclusão e representatividade assumidos pela SIM desde 2015, um dos pilares do evento são os 30 nomes escolhidos para os showcases diurnos oficiais. São nomes que vêm de 14 estados brasileiros e outros 6 países (da África e América Latina) e representam os tempos em que vivemos, trazendo novos movimentos artísticos de criadores emergentes ou consolidados; discursos afiados e potentes, que chacoalham as estruturas sociais e mudam as narrativas eurocentradas; além de mostrarem as possibilidades de caminhos a se percorrer dentro de uma indústria com tanta força cultural e econômica.
SIM TRANSFORMA:
A SIM Transforma é uma plataforma de diálogo permanente entre as pontas da cidade e do mercado. Em 2024, já realizou dois programas: um de capacitação de jovens profissionais da música e outro de aceleração de novos artistas da periferia de São Paulo. Foram 2 meses de aulas ministradas por profissionais renomados do mercado em várias áreas, totalizando 8 aulas, 16 horas de aprendizado e troca, além de mentorias individuais durante os cursos.
Todos os jovens que participaram do programa de capacitação serão contratados para trabalhar na próxima edição da SIM São Paulo. Já os artistas se apresentarão na programação oficial do evento em uma sessão de pitche para uma banca de compradores e possíveis parceiros.
Além de tudo isso, oito palestras serão realizadas nas Fábricas de Cultura de São Paulo durante o mês de fevereiro de 2025 e ônibus saindo das Fábricas levarão alunos e outros interessados no mercado da música, moradores da periferia, gratuitamente para participar da SIM no Memorial. Tudo isso, com apoio da Poiesis e Fábricas de Cultura.
A SIM TRANSFORMA tem como objetivo dar perspectiva de carreira e de vida a jovens em situação de vulnerabilidade.
#TeVejoNaSIM
Sobre a SIM São Paulo 2025:
A SIM São Paulo 2025 acontece entre os dias 17 e 21 de fevereiro, consolidando-se como o maior encontro da música e economia criativa da América Latina. A conferência no Memorial da América Latina reunirá artistas, produtores, executivos da indústria fonográfica, festivais, selos e profissionais do setor em uma programação intensa de painéis, workshops, showcases e networking. Em 2025, a SIM reforça sua vocação como plataforma global de conexão e inovação no mercado musical, promovendo debates sobre o futuro da música, novas tecnologias, sustentabilidade, diversidade e políticas culturais. Além da programação oficial, o evento contará com uma extensa agenda paralela espalhada pela cidade, reafirmando São Paulo como um polo de efervescência cultural e artística.
Acesse simsaopaulo.com para saber mais e se programar. E acompanhe as atualizações também pelo Instagram oficial: @simsaopaulo
SOBRE O INSTITUTO CULTURAL VALE
O Instituto Cultural Vale acredita que a cultura transforma vidas. É o maior apoiador privado da Cultura no Brasil, patrocinando e fomentando projetos em parcerias que promovem conexões entre pessoas, iniciativas e territórios. Seu compromisso é contribuir com uma cultura cada vez mais acessível e plural, ao mesmo tempo que atua para o fortalecimento da economia criativa. Desde a sua criação, em 2020, o Instituto Cultural Vale já esteve ao lado de mais de 800 projetos em 24 estados e no Distrito Federal, contemplando as cinco regiões do país com investimento de mais de R$ 1 bilhão em recursos próprios da Vale e via Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale: institutoculturalvale.org
SOBRE A REDE
Mais do que maquininha, a Rede é a laranjinha do Itaú, que oferece toda a expertise em soluções e produtos completos para os negócios brasileiros. Com ela, o cliente tem acesso a um banco completo e seguro para vender mais: venda a distância com o link de pagamento com sistema antifraude gratuito ou fisicamente com débito, crédito, Pix e QR Code. Leva também facilidades à vida do cliente, cuidando do seu negócio com os extratos de vendas e de rendimentos, vendas de hoje, recebimentos futuros, relatórios financeiros e muito mais. Fundada em 1996, a Rede iniciou sua trajetória como Redecard, sendo adquirente das bandeiras MasterCard e Diners. Em 2001, lançou sua primeira plataforma de e-commerce. Em 2012, o Itaú Unibanco fez uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) e fechou o capital da Redecard. No ano seguinte, a marca foi remodelada, e a Redecard passou a se chamar Rede.
SOBRE O CARTÃO ELO
A Elo foi fundada em 2011, com foco em cartões de débito e crédito e, desde então, ampliou sua atuação para outros negócios. Com uma plataforma tecnológica proprietária e local, garante mais agilidade e flexibilidade para atender às necessidades dos clientes. Tem a missão de fomentar a inclusão de pagamentos digitais no Brasil, oferecendo uma variedade de produtos de pagamentos para todos os perfis de pessoas e empresas, incluindo um portfólio completo de cartões de crédito, débito, pré-pagos, especializados e de benefícios. Com um DNA brasileiro e inovador, a Elo também disponibiliza soluções customizadas para empresas, seja por meio das plataformas de tokenização e de prevenção a fraudes, pagamentos por aproximação via QR Code e NFC, ou de consultoria de dados especializada em gerar mais negócios para os seus parceiros.
SOBRE A HEINEKEN
O Grupo HEINEKEN chegou ao Brasil em maio de 2010, após a aquisição da divisão de cerveja do Grupo FEMSA e, em 2017, adquiriu a Brasil Kirin Holding S.A (“Brasil Kirin”), tornando-se o segundo player no mercado brasileiro de cervejas. O Grupo gera mais de 13 mil empregos e tem 14 unidades produtivas no país, sendo 12 cervejarias, duas microcervejarias e também já iniciou a obra da sua 15ª cervejaria em Passos (MG). No Brasil, o portfólio de bebidas do Grupo HEINEKEN é composto por Heineken®️, Eisenbahn, Eisenbahn Unfiltered, Sol, Baden Baden, Blue Moon, Lagunitas, Amstel, Amstel Ultra, Devassa, Devassa Tropicaê, Tiger, Bavaria, Glacial, Kaiser, No Grau, Schin e Amstel Vibes. O portfólio de não alcoólicos inclui Heineken®️ 0.0, CLASH’D, FYS, Itubaína, Viva Schin, Skinka e Água Schin. Com sede em São Paulo, a companhia é uma subsidiária da HEINEKEN NV, maior cervejaria da Europa.