Em outubro no Sesc Santo Amaro, a estreia de uma nova temporada teatral e espetáculos de dança do projeto “Mulheres em Cena”
Baseada na obra de Tenesse Williams, a peça “Por que Desdêmona Amava o Mouro?” faz temporada a partir de 11 de outubro
Elenco de ”Por que Desdêmona Amava o Mouro?” – Foto: Ronaldo Gutierrez
O espetáculo “Por que Desdêmona Amava o Mouro?” traz uma inusitada história de amor na década de 1930 entre uma solitária atriz de Hollywood, famosa e símbolo sexual e um talentoso jovem roteirista. Parece ser mais um romance que se repete entre tantos, porém, Tennessee Williams apresenta um homem negro de sucesso e uma mulher branca às voltas com uma paixão avassaladora. Ela precisa lutar contra seu próprio preconceito e obrigada a assumir seu desejo e sua paixão. São personagens jamais pensados naquele momento. A condição humana está, portanto, acima das questões de gênero e raça, em uma peça cuja história é absolutamente contemporânea.
Idealizado por Vanessa Macedo e produzido pela Cia Fragmento de Dança, o projeto Mulheres em cena surgiu em 2018, com o desejo de difundir trabalhos protagonizados por artistas mulheres, tendo como propósito interseccionar produção artística e debate reflexivo numa perspectiva dialógica e agregadora.
No dia 01/10, o solo teatral “Vaca” tem como ponto de partida o universo das amantes, ou da condição das amantes ao longo da história, essa figura transgressora e indissociável ao casamento, condenada e sem direito de defesa. O trabalho parte da autobiografia da atriz, mas já de início, deslocada para um universo onírico, surreal e mitológico, a partir dos seus sonhos com o Apocalipse, que são narrados e dramatizados, misturando realidade documental, ficção e uma dose de sarcasmo. Já “No Hay Banda “ do Grupo Vão, utiliza do dispositivo de dublagem lipsync de hits remixados dos anos 90, as artistas passeiam pelo universo paradoxal da cultura pop, que é ao mesmo tempo massificadora e provocadora, a playlist dá destaque a músicas interpretadas por mulheres, dia 02/10.
Ainda no dia 02/10, “Tudo que é Imaginário Existe e é e Tem” com E² Cia de Teatro e Dança em que Eliana de Santana traz para a cena um vislumbre da força das palavras de “Estamira” documentada por Marcos Prado, que fala sobre a indiferença com o outro e o silêncio autorizante diante do horror nesses tempos de apagamento de toda singularidade.
Programa duplo, com o espetáculo de teatro “Vienen por mi”, Fábia Mirassos traz uma narrativa travesti numa sociedade em que quase nada sobre travestis foi dito por elas. Em seguida, o solo “Maria Samambaia faz 50 anos ou desaparece na selva”,com Gladis das Santas, que destaca a fúria em viver como mulher, mãe, artista, professora da universidade pública, dia 03/10.
Encerrando a Mostra, no dia 04/10, o programa duplo “No te Vays” da Cia Fragmento de Dança em que dois corpos testemunham a força do invisível e num espaço-sensação que não se define na forma, nem no tempo, criam seu pacto de transcendência, e “Pedras Soltas” com Lígia Tourinho que aborda a obra da escritora, jornalista, tradutora e dramaturga, Patrícia Galvão, a Pagu.
Confira os detalhes da programação de Artes Cênicas em outubro:
[teatro]Por que Desdêmona Amava o Mouro?
De 11/10 a 17/11. Sextas-feiras, 21h. Sábado, 20h. Domingos e Feriados 18h. Exceto 27/10.Livre. Duração: 75 min.
Ingressos: R$60 (inteira), R$30 (meia entrada) e R$18 (credencial plena).
Por que Desdêmona Amava o Mouro? tem uma importância singular pelo fato de apresentar, em primeira instância, um Tennessee Williams absolutamente desconhecido do grande público: o crítico social, o observador contundente da sociedade de seu tempo, o homem consciente sobre a opressão daqueles considerados outsiders da sociedade branca, cristã, heterossexual, conservadora e tradicional. A importância deste trabalho está na contemporaneidade de seu conteúdo e de sua forma. A peça possui três personagens impensáveis para o momento histórico em que foi concebida, a Segunda Guerra. A obra seria embargada dos canais artísticos, isto porque os três personagens da peça são um homem negro em uma posição social que o iguala aos brancos; uma mulher branca que vive um romance com ele; e um homem homossexual
[teatro] Vaca
Dia 01/10, terça-feira, 20h. 18 anos. Duração: 60 min.
Ingressos: R$50 (inteira), R$25 (meia entrada) e R$15 (credencial plena).
Solo teatral que tem como ponto de partida o universo das amantes, ou da condição das amantes ao longo da história, essa figura transgressora e indissociável ao casamento, condenada e sem direito de defesa. O trabalho parte da autobiografia da atriz, mas já de início, deslocada para um universo onírico, surreal e mitológico, a partir dos seus sonhos com o Apocalipse, que são narrados e dramatizados, misturando realidade documental, ficção e uma dose de sarcasmo.
Direção, atuação e dramaturgia: Bruna Betito
Dramaturgismo: Debora Rebecchi
Orientação cênica: Janaína Leite
Preparação corporal: Thiane Nascimento
Adereços em arame: Ítalo Iago
Videografia: Vic Von Poser
Vídeo final: Tati Caltabiano
Iluminação: Daniel González
Figurino: Silvana Carvalho
Técnico de palco: Rodolfo Amorim
Contrarregras: Emilene Gutierrez e Rafael Costa
Direção de Produção: Aura Cunha | Elephante Produções
Produção executiva: Ludmilla Picosque
[dança] No Hay Banda
Dia 02/10, quarta-feira, 20h. 16 anos. Duração: 30 min. Grátis
O Grupo Vão, utiliza do dispositivo de dublagem lipsync de hits remixados dos
anos 90, os artistas passeiam pelo universo paradoxal da cultura pop, que é ao mesmo tempo massificadora e provocadora, a playlist dá destaque a músicas interpretadas por mulheres.
Ficha Técnica:
Direção e concepção: Grupo Vão
Criação: Isis Andreatta, Juliana Melhado, Julia Viana, Patricia Árabe e I.gonçalves
Elenco nesta apresentação: Isis Andreatta, Juliana Melhado, Patricia Árabe e I. Gonçalves
Trilha sonora | Gustavo Lemos
Produção executiva: Grupo Vão e MoviCena Produções
[dança]Tudo que é Imaginário Existe e é e Tem
Dia 02/10, quarta-feira, 20h40. 16 anos. Duração: 45 min.
Ingressos: R$50 (inteira), R$25 (meia entrada) e R$15 (credencial plena).
Tudo que é imaginário existe e é e tem” com E² Cia de Teatro e Dança em que Eliana de Santana traz para a cena um vislumbre da força das palavras de “Estamira”, personagem real documentada por Marcos Prado, que fala sobre a indiferença com o outro e o silêncio autorizante diante do horror nesses tempos de apagamento de toda singularidade.
Ficha Técnica:
Direção geral e interpretação: Eliana de Santana
Direção de arte, espaço cênico e iluminação: Hernandes de Oliveira
Trilha sonora: E² Cia de Teatro e Dança
Produção: Corpo Rastreado
[dança] “Vienen por mi” + “Maria Samambaia faz 50 anos”
Dia 03/10, quinta-feira, 20h. 18 anos. Duração: 110 min.
Ingressos: R$50 (inteira), R$25 (meia entrada) e R$15 (credencial plena).
Programa duplo com o espetáculo de teatro “Vienen por mi”, com Fábia Mirassos, uma narrativa travesti numa sociedade em que quase nada sobre travestis foi dito por elas, e o solo “Maria Samambaia faz 50 anos ou Desaparece “, com Gladis das Santas (Curitiba), que destaca a fúria em viver como mulher, mãe, artista, professora da universidade pública num país chamado Brasil.
Idealização e Performance: Fabia Mirassos
Texto: Claudia Rodriguez
Tradução: Carol Vidotti e Malú Bazan
Direção: Janaina Leite
Assistente de Direção: Emilene Gutierrez
Colaboração Artística: Carol Vidotti
Desenho de Luz: Aline Santini
Visagismo: Fabia Mirassos
Concepção e Confecção de Figurino: Fabia Mirassos e Salomé Abdala
Direção de Arte e Designer Gráfico: Renan Marcondes
Áudio Off: Ave Terrena, Claudia Rodriguez, Maria Leo Araruna e Renata Carvalho Sonoplastia: Ultra Martini
Direção de Produção: Carol Vidotti
[dança] No te vayas” + “Pedras soltas”
Dia 04/10, sexta-feira, 20h. 16 anos. Duração: 55 min.
Ingressos: R$50 (inteira), R$25 (meia entrada) e R$15 (credencial plena)
Programa duplo com “No te vays” da Cia Fragmento de Dança em que dois corpos testemunham a força do invisível. E lá, num espaço-sensação que não se define na forma, nem no tempo, criam seu pacto de transcendência, e “Pedras e Soltas” com Lígia Tourinho que aborda a obra da escritora, jornalista, tradutora e dramaturga, Patrícia Galvão, a Pagu.
Ficha técnica – No te Vayas:
Concepção, coreografia e direção: Vanessa Macedo
Assistente de direção e coreografia: Maitê Molnar
Artistas Cia Fragmento de Dança: Maite Molnar e Vanessa Macedo
Edição e montagem de trilha sonora: Lua Oliveira e Fernando da Mata
Iluminação: Fellipe Oliveira
Figurino: Daíse Neves
Produção: Luciana Venancio (Movicena Produções)
Ficha técnica – Pedras Soltas:
Criação: Regina Miranda e Lígia Tourinho
Pesquisa, dramaturgia e direção: Regina Miranda
Atuação: Lígia Tourinho
Figurino: Luiza Marcier
Sesc Santo Amaro
Rua Amador Bueno, 505, Santo Amaro, São Paulo (SP)
Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h às 21h30 | Sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h30.
Como Chegar de Transporte Público: 300m a pé da Estação Largo Treze (metrô), 900m a pé da Estação Santo Amaro (CPTM), 350m a pé do Terminal Santo Amaro (ônibus).
Acessibilidade: A praça dá acesso a todos os andares (subsolo | térreo | 1º pav. | 2º pav.) do prédio e aos espaços de atividades por meio de dois elevadores. A Unidade possui banheiros e vestiários adaptados para pessoas com mobilidade reduzida, espaço reservado no Teatro e conta com seis vagas especiais no estacionamento.