curadoria de Ângela Berlinde
“O amor não é
uma palavra
inocente.
É uma palavra
de ordem.”- Ângela Berlinde
“O amor não é
O Museu da Imagem e do Som do Ceará apresenta Vermelho
Vivo, uma exposição-instalação concebida sob a curadoria da
artista e curadora portuguesa Ângela Berlinde, no contexto do
Fotofestival SOLAR. A inauguração ocorrerá no dia 12 de
dezembro de 2024, com uma exposição que ocupará todas
as áreas do Museu, incluindo as salas expositivas, a
Biblioteca, a sala imersiva e as áreas externas,
apresentando uma seleção de artistas que celebram a
liberdade e a revolução, e criando uma experiência sensorial
onde imagens, poemas e canções se entrelaçam para refletir
sobre as ideias de Liberdade e Revolução, em um momento
de urgência e futuro.
Vermelho Vivo convoca simultaneamente os 50 anos da
Revolução Portuguesa de 25 de Abril, a Revolução dos Cravos,
a libertação das ex-colônias e a resistência diante dos 60 anos
do golpe militar no Brasil, criando um movimento de profunda
interconexão. As obras atuam como catalisadoras, convidando
à reflexão e introspecção sobre uma história comum,
interpretada a partir de múltiplas perspectivas e épocas
distintas.
Artistas e pensadores da geografia luso-afro-brasileira
compõem essa teia complexa e multifacetada, formada por 115
criadores, distribuídos entre 65 artistas visuais, 25 autores
e editores, e 25 músicos e bandas. Juntos, respondem a um
mundo em transformação, reconfigurando os significados da
liberdade e evocando seu valor político, ao mesmo tempo em
que propõem novos sentidos para a existência.
Museu da Imagem e do Som do
Ceará realiza a exposição
“Vermelho Vivo”, uma
celebração à liberdade e um
grito coletivo de resistência
No ano em que se comemora 50 anos da Revolução dos Cravos em
Portugal e se completa 60 anos do golpe militar no Brasil, mostra no MIS-CE
integra o FotoFestival SOLAR e reúne trabalhos de 115 criadores que
refletem sobre os significados de liberdade e de revolução.
A arte como símbolo de resistência vibrante e corajosa em defesa da
democracia é o que apresenta a exposição “Vermelho Vivo – Amor e
Revolução”, que entra em cartaz no Museu da Imagem e do Som do Ceará
em 12 de dezembro de 2024. Com curadoria de Ângela Berlinde, a mostra
reúne artistas e pensadores luso-afro-brasileiros que compõem uma teia
complexa e multifacetada, formada por 115 criadores, distribuídos entre 65
artistas visuais, 25 autores e editores, e 25 músicos e bandas. “Vermelho
Vivo”, exposição-instalação concebida no contexto do FotoFestival SOLAR,
ocupará diversos espaços do MIS-CE, instituição que integra a Rede Pública
de Espaços e Equipamentos Culturais (RECE) da Secretaria da Cultura do
Ceará, com gestão parceira do Instituto Mirante de Cultura e Arte.
A terceira edição do FotoFestival SOLAR, a ser realizada entre os dias 11 e
15 de dezembro, mostrará a força da fotografia enquanto manifestação
artística interligada com outras expressões do mundo das artes. A
programação gratuita conta com diversos tipos de atividades a serem
promovidas em vários ambientes da RECE. O FotoFestival SOLAR é
realizado em uma parceria entre a Secult-CE e o Instituto Mirante de Cultura
e Arte.
Vermelho Vivo
“Esta é uma exposição eminentemente política porque é eminentemente
poética”, explica Ângela Berlinde sobre a mostra que permanecerá em
cartaz até 30 de março de 2025. A curadora e artistas como Bárbara Fonte,
David-Alexandre Guéniot, Luísa Sequeira, Shinji Nagabe e Tales Frey estarão
na abertura. Para a curadoria, “Vermelho Vivo” é também “uma revolução,
uma instalação total que pulsa como um grande órgão, um coração que vibra
sem limites e em plena liberdade”.
As conexões entre as obras costuram significados entre a história recente de
Portugal e do Brasil. “Este é um movimento vital, feito de amor e revolução,
que nos convida a revisitar nossas lutas e conquistas, tecendo histórias de
coragem e transformação em um manifesto coletivo de liberdade e
dignidade. Porque, na essência, a arte é poesia, e o poema é liberdade”,
define um trecho do texto curatorial de Ângela Berlinde.
Nos caminhos múltiplos pelos quais a “Vermelho Vivo” transita há destaque
para temáticas diversas como a Revolução dos Cravos em Portugal (1974), o
golpe militar no Brasil (1964), os movimentos de resistência anticolonial em
Moçambique, Angola e Guiné-Bissau, o grito das mulheres portuguesas e
brasileiras contra a opressão, as pautas LGBTI e as questões indígenas.
Como fios condutores dessas obras estão o anseio humano pela liberdade e
a busca persistente por lançar luz contra a obscuridade.
“Vermelho Vivo” convida o público a vivenciar imagens, poemas, filmes e
canções como forma de refletir sobre as ideias de Liberdade e Revolução em
um momento de urgência e futuro. Como destaca a curadora, a exposição
inflama o valor máximo da liberdade, acentuando a força das lutas e a
vibração da revolução.
A mostra abrange um período de criação contemporânea que vai desde o
início dos anos 1970 até os dias de hoje, englobando fotografia, cinema,
literatura, performance, escultura e instalação. A exposição coletiva ocupará
todas as áreas do MIS-CE, incluindo as salas expositivas, a biblioteca, a sala
imersiva e as áreas externas, apresentando uma seleção de artistas que
celebram a liberdade e a revolução.
A obra imersiva, por exemplo, foi concebida por um coletivo de artistas
luso-brasileiros e busca na poesia do amazonense Thiago de Mello o convite
que remete à luta contínua pela liberdade. “Faz escuro mas eu canto” dá
título à obra e proporciona uma experiência sensorial imersiva.
O diretor do Museu da Imagem e do Som do Ceará, Silas de Paula, destaca
a atualidade dos temas trazidos pela exposição, que entra em cartaz em
período no qual se faz ainda mais relevante a defesa contínua e vigilante da
democracia. “Ao realizar esta exposição, o MIS-CE, em parceria com o
FotoFestival SOLAR, defende que a arte também tem um papel fundamental
no cotidiano das pessoas ao trazer questionamentos, levantar inquietações e
provocar reflexões diárias sobre a liberdade”, avalia.
Imaginário da liberdade
A curadoria de “Vermelho Vivo” apresenta a exposição como um movimento
vital, feito de amor e de revolução, que convida a revisitar nossas lutas e
conquistas, tecendo as histórias de coragem e a transformação em um
manifesto coletivo de liberdade e dignidade.
Em um panorama mundial que clama por mudanças, a arte emerge como
uma voz de resistência e de transformação. “A arte será sempre, na sua
máxima expressão, um gesto político. Ao explorar o imaginário
contemporâneo, a exposição nos convida a imaginar futuros”, propõe a
curadora. “Precisamos pensar na revolução não como algo nostálgico, mas
como algo vivido. Pensar em uma revolução pelo amor”, ressalta.
Ângela Ferreira ( aka Berlinde, Porto, 1975 ) é artista, curadora e
investigadora em Fotografia, com Pós Doutoramento em Artes e Poéticas
Interdisciplinares pelo PPGAV da Escola de Belas Artes da Universidade
Federal do Rio de Janeiro. Artisra e Co-fundadora do Festival português
Encontros da Imagem, é curadora independente em festivais como a Bienal
de Beijing, o Korea International Photo Festival e o Goa Photo. Integra a
coordenação do Fotofestival SOLAR desde sua criação e é fundadora do
Nervo Observatório dos Fotolivros, plataforma dedicada à reflexão sobre
fotolivros portugueses.
Imagens, poesia, música e política
A intensidade da arte torna-se ainda mais marcante em tempos de ataque às
liberdades. Em um contexto político no qual a defesa da democracia se faz
urgente, “Vermelho Vivo” é um grito apaixonado, uma resistência vibrante
contra as ameaças à liberdade. A exposição dá corpo a uma força que
celebra a democracia conquistada em Portugal, a libertação das ex-colônias
africanas e, com igual fervor, a coragem do povo brasileiro na luta contra a
opressão da ditadura militar.
O percurso de “Vermelho Vivo” retorna às metáforas femininas, que são
entendidas como cicatrizes visíveis das opressões que teimam em sufocar
direitos e desejos das mulheres. “Contudo, nestas travessias, alcançamos
novas curvas, onde a natureza e a ancestralidade ressoam como baluartes
de proteção, resistência e perenidade. Para seguirmos adiante, será preciso
muito mais que sonhos. Serão indispensáveis talismãs e coragem renovada
para nos proteger”, destaca Ângela Berlinde.
Organizada por capítulos, a mostra traz a euforia do movimento
revolucionário português que ocorreu nas ruas de Lisboa, com o filme “As
Armas e o Povo” (1975) feito a quente, pelo cineasta Glauber Rocha, o
primeiro dos artistas brasileiros que viria a acompanhar ativamente a
Revolução dos Cravos.
Uma das obras que está na exposição é “1968 o fogo das ideias”, na qual o
argentino Marcelo Brodsky atualiza a icônica foto de atrizes brasileiras de
mãos dadas e semblante altivo no enfrentamento à censura que a ditadura
brasileira impunha ao teatro. A foto emblemática integra o acervo do Jornal
do Brasil. O artista traz textos e reflexões poéticas que acompanham as
imagens, conferindo profundidade ao relato histórico. “O objetivo é reavivar
a memória desse período revolucionário, conectando suas lições às novas
gerações por meio de uma linguagem visual e sensorial”, destaca a sinopse.
Em outra obra, “Soft war”, o cartucho de bala transforma-se em batom
vermelho. Nela a artista portuguesa Mané Pacheco subverte a ideia de
violência ao substituir a destrutiva munição calibre .50 por um batom,
mantendo a mesma dimensão. De acordo com a sinopse, “a munição
simboliza resistência e luta, enquanto o batom evoca o poder feminino, a
liberdade, a sedução e a igualdade de gênero. Referências à revolução
não-violenta do “25 de Abril” e ao cravo na ponta da espingarda reforçam a
ideia de liberdade e empoderamento. A obra sugere que a luta pela
igualdade e liberdade deve continuar”.
A poesia da poeta portuguesa Sophia de Mello Breyner também integra a
“Vermelho Vivo”. A escritora que traz um manifesto ao “dia inteiro e limpo”
propõe-se a explorar o imaginário da liberdade e as estratégias oferecidas
pela arte contemporânea para o disputar, deslocar e habitar.
“25 de Abril
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo”
Sophia de Mello Breyner Andresen,
in ‘O Nome das Coisas’
A curadoria completa-se com músicas que representam resistência e
questionamento. A playlist traz do brasileiro Chico Buarque “Tanto Mar”
(1975), em que se destaca a relevância e os novos ventos trazidos pela
Revolução dos Cravos, à contemporânea moçambicana Selma Uamusse e
“Hoyo Hoyo” (2020). O título significa bem-vindos em changana, uma das
três línguas mais faladas em Moçambique.
Sobre o MIS-CE
O Museu da Imagem e do Som do Ceará foi fundado em 1980. Em março de
2022, o MIS-CE foi reaberto e vem passando por mudanças significativas
que representaram ampliação do espaço, da equipe e das atividades. O
MIS-CE é um museu polifônico, com foco na diversidade e na inclusão, no
qual se busca pensar por meio das imagens e dos sons, estabelecendo
conexões e promovendo experiências compartilhadas.
Abertura da exposição
Vermelho Vivo – Amor e Revolução
Data: 12 de dezembro de 2024 (quinta-feira)
Horário: 18h
Local: praça do MIS
Programação:
18h – Recepção e Boas-Vindas
Video Mapping
Performance “Balada para um túmulo comum” de Bárbara Fonte
19h – Mesa de Abertura e Apresentação Curatorial
Abertura da exposição, com a participação de Silas de Paula e Natasha
Faria (MIS), Tiago Santana (Instituto Mirante), Luisa Cela (Secretária da
Cultura) e a curadora Ângela Berlinde.
Apresentação curatorial da exposição, com a presença dos artistas
Bárbara Fonte, David-Alexandre Guéniot, Luísa Sequeira, Miguel Del
Castillo, Shinji Nagabe e Tales Frey.
19h30 – Visita guiada à exposição, com a curadora e artistas presentes
20h30 – Performance “Tapete vermelho” de Tales Frey
Local: Sala imersiva.
MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DO CEARÁ
Endereço: Av. Barão de Studart, 410, Meireles, Fortaleza-CE
Entrada: gratuita.
Acompanhe a programação: @mis_ceara e https://mis-ce.org.br/
serviço
Imagens de obras para divulgação
Alberto Carneiro – Alfredo Cunha – Aline Motta & Ricardo Aleixo –
Ana Hatherly – Bárbara Fonte – Berna Reale – Boris Kossoy –
Catarina Laranjeiro & Daniel Barroca – Celso Oliveira – Délio Jasse
– Denilson Baniwa – Elaine Pessoa – Evandro Teixeira – Fernando
Lemos – Fluxo Marginal – Glauber Rocha – Hilda de Paulo – João
Pedro Vale & Nuno Alexandre Ferreira – Jochen Moll – Juca Martins
– Luísa Sequeira – Mané Pacheco – Maria Velho da Costa – Marcelo
Brodsky – Miguel Ângelo Marques – Nuno-Nunes Ferreira – Oficina
Arara – Olinda Tupinambá – Oswald de Andrade – Patrícia Almeida &
David-Alexandre Guéniot – Rafael Bordallo Pinheiro – Rita Barros –
Rosa Gauditano – Ruca Bourbon – Soraya Vasconcelos – Shinji
Nagabe – Tales Frey – Túlia Saldanha – Vitor Martins
artistas
Chumbo, Papel & Cravos: 13 Livros da Ditadura no Brasil + 13 Livros da
Revolução das Flores em Portugal + 3 Livros do Coração da Terra:
– Portugal Ano Zero: livros de fotografia da Revolução, com curadoria de
José Luís Neves, Luís Pinto Nunes e Susana Lourenço Marques.
As Paredes em Liberdade – José Marques | As Paredes na Revolução:
Graffiti – Sérgio Guimarães | Da Resistência à Libertação – Abel Fonseca,
Alberto Gouveia, Alfredo Cunha, CIDAC, Eduardo Gageiro, Fernando Baião,
Francisco Ferreira, Hernando Domingues, João Paiva, José Tavares, SECS
| Grândola – Reportagen aus Portugal – Jochen Moll | O Livrinho Vermelho do
Galo de Barcelos – José Teixeira, Avelãs Coelho, Lourenço Pereira |
Orgulhosamente Muitos – F. Gonçalves UNIPRESS | Os Salazarentos – M.A.
Mendes | Primo Maggio a Lisbona – Giancarlo De Bellis | Portogallo – Antonio
Sferlazzo | Portugal Livre: 20 Fotógrafos da Imprensa Contam Tudo Sobre a
Revolução – Abel Fonseca, Alberto Peixoto, Alfredo Cunha, António Xavier,
Armando Vidal, Carlos Gil, Correia dos Santos, Eduardo Baião, Eduardo
Gageiro, Fernando Baião, Francisco Ferreira, Inácio Ludgero, João Ribeiro,
José Antunes, José Tavares, Lobo Pimentel Jr., Miranda Castela, Novo
Ribeiro, Rui Pacheco, Teresa Montserrat | Revolução e Mulheres – Lisa
Chaves Ferreira | Una Storia Portoghese – Fausto Giaccone | Uma Certa
Maneira de Cantar. Reforma Agrária: unir, construir, vencer – Costa Martins.
– Papel e Chumbo: fotolivros e ditadura no Brasil, com curadoria de
Miguel Del Castillo a partir da Biblioteca do Instituto Moreira Salles.
A Mesma Luta – Rosa Gauditano | Auto-photos – Gretta Sarfaty | Carnaval –
Bina Fonyat | Documento: a Greve do ABC – Nair Benedicto, Juca Martins |
Encontro na Bahia 79: XXXI Congresso da UNE – Milton Guran | Há 50 Anos
Hoje – Carolina Cattan | P14311 – Diego Di Niglio | República das Bananas
– Shinji Nagabe | Sete Quedas – Shirlene Linny e Julio Cesar Cardoso |
Sobremarinhos: Capitanias e Tiranias – Gilvan Barreto | Somos Todos Alvos
aqui – Rogério Vieira | Um Rio em 68 – org. Ana Lucia Machado de Oliveira
| Viagem pelo fantástico – Boris Kossoy
– Coração na Aldeia, Pés no Mundo, com curadoria de Ângela Berlinde e
Fabiana Bruno.
ÃÃpekôyp Yvy – Corpos Terra – Priscila Tapajowara, Sandrieli Kaiowá,
Vanessa Pataxó | Coração na aldeia, pés no mundo – Auritha Tabajara |
Hêmba – Edgar Kanaykõ Xakriabá
livros, poemas,
filmes&canções
Cinema da Revolução: Programa que aborda revoluções históricas e
contemporâneas, como a Revolução dos Cravos, a ditadura no Brasil, as
lutas na África, a ancestralidade e as lutas indígenas. Filmes que
denunciam opressões e afirmam o cinema como forma de resistência e luta.
Fogo no Lodo – Catarina Laranjeiro e Daniel Barroca | Ibirapema – Olinda
Tupinambá | O Cravo e a Rocha – Luísa Sequeira | O que Podem as Palavras
– Luísa Sequeira e Luísa Marinho | 25 de Abril 50 Anos – Alfredo Cunha
RevoluSOM – Para Romper com o Silêncio: Música como forma de
Protesto, curadoria de Paula Guerra. Instalação sonora composta por
discos de vinil, onde a música surge como ato político e resistência poética
na geografia luso-afro-brasileira.
BR: Cabeça Dinossauro – Titãs | Os Mais Doces Bárbaros – Caetano Veloso,
Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia | Fábrica – Legião Urbana | Mania
de Você – Rita Lee | Metamorfose Ambulante – Raul Seixas | Necropolítica –
Ratos do Porão | Samba do Operário – Luca Argel | Sangue Latino – Secos &
Molhados | Tanto mar – Chico Buarque | Um Por Todos – Elis Regina | Viva a
Revolução – Dinho Ouro Preto
PT: Agente Único – GNR | A Máfia Lusitana – Luís Cília | Dinheirinho –
General D e Os Karapinhas | Dinheiro – Sereias | Good Reality – The
Parkinsons | Hoyo Hoyo – Selma Uamusse | Mona Ki Ngi Xica – Bonga | Medo
do Medo – Capicua | Paz, Poeta e Pombas – José Afonso | Perfilados de
Medo – JP Simões | Sound Of Kuduro – Buraka 4 ever | Srs. Políticos –
Censurados | Tem Dor (África de Itamaracá) – Batida | Utopia – Dino
d’Santiago
Faz Escuro, Mas Eu Canto
Instalação Imersiva que convida o público a refletir sobre a luta contínua
pela liberdade. Uma nova noite se aproxima, ameaçando eclipsar as
conquistas e reparações alcançadas. Devemos estar atentos e fortes, pois
a festa não pode acabar. Concebido pelo coletivo de artistas
luso-brasileiros, o espetáculo conta com a direção criativa de Wellington
Gadelha, Fluxo Marginal e uma trilha sonora assinada por Ruca Bourbon.
ARQUIVOS, MUSEUS E GALERIAS:
Arquivo Municipal de Lisboa; Arquivos RTP: Rádio e Televisão Portuguesa;
Arquivo BNP: Biblioteca Nacional de Portugal; BPK-Bildagentur: Cultural
Treasures for Creative Minds; Centro de Arte Moderna – Fundação Calouste
Gulbenkian; Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema; Diamang Digital;
Fundação Biblioteca Nacional/Biblioteca Digital Brasileira; Galeria Cristina
Guerra Contemporary Art – Lisboa; Instituto Moreira Salles – IMS Paulista;
Museu Bordallo Pinheiro – Portal Revista de Ideias e Cultura; Museu de
Fotografia de Fortaleza; StudioR.
livros, poemas,
filmes&canções
CURADORIA GERAL
Ângela Berlinde
Ângela Ferreira ( aka Berlinde, Porto, 1975 ) é artista, curadora e
investigadora em Fotografia, com Pós Doutoramento em Artes e Poéticas
Interdisciplinares pelo PPGAV da Escola de Belas Artes da Universidade
Federal do Rio de Janeiro. É doutora em Educação Artística, Comunicação
Visual e Expressão Plástica pela Universidade do Minho em Portugal e tem
o European Media Master em Fotografia, pela Utrecht School of
Arts-Holanda. É Pós-Graduada em Direção Artística e Práticas Curatoriais e
Licenciada em Direito pela Universidade do Minho, sua primeira formação
académica. Foi responsável pelo posicionamento estratégico e assumiu a
direção artística do GNRation em Braga, ponto de referência no Cluster
Regional de Indústrias Criativas. É Co-fundadora do Festival Internacional
de Fotografia Encontros da Imagem, tendo colaborado como Diretora geral
e artística e atua como curadora independente em festivais e exposições,
como a Bienal de Fotografia de Beijing, na China, o Korea International
Photo Festival e o Goa Photo, na Índia. Integra a associação curatorial
Oracle e o Conselho de Curadores do Museu da Fotografia de Fortaleza, no
Brasil. Integra desde 2018 a equipe de Coordenação geral do Fotofestival
SOLAR, no qual é consultora artística. É co-fundadora do Nervo
Observatório dos Fotolivros em Portugal, uma plataforma dedicada à
reflexão e pensamento crítico em torno das visualidades implícitas ao
fotolivro.
CURADORIA MÚSICAS
Paula Guerra
Paula Guerra é Professora Associada de Sociologia na Universidade do
Porto e Investigadora no Instituto de Sociologia da mesma Universidade.
Paula é Professora Associada Adjunta do Griffith Centre for Social and
Cultural Research da Griffith University na Austrália. É ainda investigadora
do CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e
Memória, do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território
(CEGOT) e do DINÂMIA’CET – Iscte, Centro de Estudos sobre a Mudança
Socioeconómica e o Território. É fundadora/coordenadora da Rede Todas
as Artes: Rede Luso-Afro-Brasileira de Sociologia da Cultura e das Artes e
da KISMIF (kismifconference.com e kismifcommunity.com). É presidente da
International Association for the Study of Popular Music (IASPM) Portugal e
vice-coordenadora da Research Network de Sociologia da Arte da
European Sociological Association. Coordena vários projetos de
investigação subordinados às culturas juvenis, sociologia das artes e da
cultura, cocriação, metodologias e técnicas de investigação, culturas DIY,
entre outros temas. Tem igualmente orientado vários projetos de mestrado,
doutoramento e pós-doutoramento nas áreas mencionadas. Paula é
editora-chefe (com Andy Bennett) da revista da SAGE DIY, Alternative
Cultures and Society.
biografia
dos curadores
CURADORIA LIVROS
Miguel Del Castillo
Miguel Del Castillo é escritor, tradutor, editor e curador. Nasceu no Rio de
Janeiro e vive em São Paulo. É autor dos livros Restinga (contos, 2015) e
Cancún (romance, 2019), ambos publicados pela Companhia das Letras.
Foi escolhido como um dos vinte melhores jovens escritores brasileiros pela
revista Granta em 2012. Atua como coordenador da Biblioteca de Fotografia
do Instituto Moreira Salles, tendo sido também editor da Cosac Naify e do
site da revista ZUM. Manteve por um ano uma coluna sobre fotolivros no site
da livraria Megafauna e é mestrando em Literatura Comparada na
Universidade de São Paulo (USP).
Susana Lourenço Marques
É Professora Associada na Faculdade de Belas Artes da Universidade do
Porto e doutorada em Comunicação e Arte pela Faculdade de Ciências
Sociais e Humanas. Universidade Nova de Lisboa. É Investigadora
integrada do I2ADS/Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e
autora dos livros Ether/um laboratório de Fotografia e História (Dafne, 2018)
e Pó, cinza, nevoeiro – um ensaio sobre a ausência (2018), tendo co-editado
Livros de Fotografia em Portugal da revolução ao Presente (2023), Lágrimas
de Crocodilo (2022) e Pedagogy of the streets, Porto 1977 (2018).
Como curadora destacam-se as exposições: Quem te ensinou? Ninguém, de
Elvira Leite (2016), Galeria Portátil PLF (2018), Imagem/Técnica, os
inventários de Emilio Biel(2020), Opacity of Water (2021), Loss of Aura
(2022) Eternal Youth (2023) e No tempo dos Dias Lentos (2023).
Co-fundou em 2014 a editora Pierrot le Fou (www.pierrotlefou.pt).
Luís Pinto Nunes
Luís Pinto Nunes (Porto, 1988). Licenciado em Artes Plásticas (2010),
pós-graduado em Estudos Artísticos – Estudos Museológicos e Curatoriais
(2011) e Mestre em Estudos de Arte – Museologia em Curadoria (2023), pela
FBAUP. Em 2012 frequentou o programa Independent Study Program da
Escola Maumaus de Jürgen Bock. É coordenador do Museu e Gabinete de
Exposições da FBAUP, desenvolve projectos expositivos e curatoriais, é
curador e gestor da sua colecção. Desde 2010, coordena o LPN-LAP, onde
desenvolve projetos curatoriais e expositivos, editoriais e consultoria em
projetos culturais. Membro do comité de organização e curador da xCoAx –
Computation Communication Aesthetics and X [2014-24]. Membro
investigador do i2ADS – FBAUP. Membro da comissão de aquisições e
obras de arte para a colecção da CMP [2018-19]. Integra a comissão de
apreciação do Programa de Apoio a Projectos – Artes Visuais e Programa
de Apoio Sustentado – Bienal 2025-2026 – Artes Visuais, da DGArtes
[2024].
biografia
dos curadores
José Luís Neves
José Luís Neves é professor de história e teoria da fotografia nas
universidades de Northampton e Ulster no Reino Unido. Completou o seu
mestrado em História da Fotografia pela Universidade De Montfort e
terminou o seu doutoramento na Universidade de Ulster em 2017 onde
desenvolveu uma ampla investigação académica sobre a história e
historiografia do livro de fotografia. Iniciou a sua prática de curadoria no
Wilson Center for Photography em 2010 e tem desde então comissariado
várias exposições sobre o livro de fotografia em colaboração com o festival
Photobook Week Aarhus na Dinamarca. Participa regularmente em
conferências e festivais europeus dedicados à fotografia e ao livro de
fotografia e tem publicado artigos sobre o mesmo assunto em diversas
publicações especializadas – Photo Researcher, Compendium, Source
Magazine, Belgium Platform for Photobooks, OCAT Institute Beijing.
biografia
dos curadores
Esta é uma
xposição
minentemente
olítica porque
eminentemente
oética.”- Ângela Berlinde
Bárbara Fonte _
Portugal, 1981
Biografia
Bárbara Fonte é artista plástica, licenciada em Artes Plásticas – Pintura pela
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (Portugal), apresenta
um trabalho multidisciplinar no campo do desenho, da fotografia, do vídeo,
da performance, da escultura e da escrita. O seu projeto reflete questões
de identidade, corpo, religião e política, procurando, com uma atitude
experimental, revelar o domínio do lado íntimo, afetivo e indomesticado do
Homem Universal.
Performance na abertura: Balada para um túmulo comum
Performance que procura expor a linguagem poética de uma revolução, que
parte de dentro do contexto interior e doméstico e se desenrola nas ruas e
no território da humanidade, comum, de permanência e universalidade.
Neste sentido, a presença feminina surge como metáfora suma das
circunstâncias que produzem as cicatrizes das opressões e das batalhas
que constrangem os desejos e os direitos. Esta ação procura expor a
heroicidade das mulheres, que, agindo de dentro do túmulo comum,
trespassando gerações, lugares e contextos, direciona o sacrifício
contínuo, os ecos do passado, as suas privações e humilhações, as suas
perdas, as suas entregas, a sua submissão à contínua leitura social, moral,
cívica, política e cultural, para a conceção de uma melhor gente. A figura
feminina é autora do grito da revolta, influente ativista que usa o seu “local
doméstico” (lugar íntimo e sobrenatural) como covil da insurreição, onde é
capaz de oferecer a guerra à poesia.
Sinopse da obra na exposição:
A Casa Arde e Os Esqueletos Cortejam
A série A Casa Arde e Os Esqueletos Cortejam, de Bárbara Fonte,
apresenta vídeos e fotografias de performances encenadas em estúdio,
onde a artista utiliza seu corpo como símbolo e ferramenta criativa. Em
cenas experimentais, ela explora memórias pessoais e coletivas, refletindo
sobre a figura feminina no contexto doméstico e na vida portuguesa. Sua
poética visual evoca temas ficcionais da identidade e existência humana,
criando imagens intensas e profundamente evocativas.
Informações sobre
performances da abertura
e artistas presentes
Tales Frey _
Brasil, 1982
Biografia
Tales Frey é um artista transdisciplinar representado pela Galeria Verve
(SP) e pela Shame Gallery (Bruxelas). Pós-doutorando no Centro de
Estudos Humanísticos da Universidade do Minho, Portugal, é professor e
investigador auxiliar na mesma instituição. Tem doutorado em Estudos
Teatrais pela Universidade de Coimbra e mestrado em Teoria e Crítica da
Arte pela Universidade do Porto. Publicou textos críticos para instituições
como a Caixa Cultural do Recife e o SESC Pompéia. Além disso, é
especializado em Práticas Artísticas Contemporâneas e Direção Teatral.
Performance na abertura: Tapete Vermelho
Tapete Vermelho consiste em um único indumento para ser usado por duas
pessoas ao mesmo tempo, impondo a condição escultórica aos que
partilham o tempo de três horas num mesmo espaço expositivo, onde a
comunhão dos corpos alude ao convívio entre existências diversas,
igualando singularidades em importância por meio da ênfase das suas
diferenças. Composições corpóreas são alteradas em movimentos
extremamente lentos (por vezes quase estáticos) e, deste modo, surge uma
qualidade de dança à obra.
Sinopse da obra na exposição:
Scissiparity
“Sissy” é um termo pejorativo usado para rotular um indivíduo como
afeminado. Em biologia, cissiparidade (scissiparity) refere-se à divisão de
uma única célula em duas. Nesta criação, apresento o meu próprio corpo
adornado com acessórios ditos femininos em uma cultura
cisheteronormativa, provocando a ilusão de que, a partir de um único corpo
“sissy”, outros corpos despontam através de bipartição.
Informações sobre
performances
da abertura
e artistas presentes
Luísa Sequeira _
Portugal, 1975
Biografia
Luísa Sequeira é cineasta, artista visual e curadora de cinema. Com
doutoramento em Arte dos Media, transita em diferentes plataformas,
explorando as fronteiras entre o digital e o analógico. Trabalha com
colagem, arquivo e cinema expandido. Entre os seus trabalhos
destacam-se: “Rosas de Maio” “Que Podem as Palavras”, “A Luz da Estrela
Morta”, “Quem é Bárbara Virgínia?”, “Os Cravos e a Rocha”, “Limite” e “All
Women Are Maria”. Cofundadora, com o artista Sama, da Oficina Imperfeita.
Exibiu o seu trabalho em diferentes espaços: Bienal Kaunas, Bienal de
Cerveira, Parque Lage, Masc Foundation em Viena, Mostra de São Paulo,
IFF Roterdão, DocLisboa, Cinema Museum em Londres, New Bedford
Whaling Museum, Universidade de Oxford e o Centro Audiovisual Simone de
Beauvoir.
Sinopse da obra na exposição:
Fotografia “Três Marias” (1973/2024)
Em 1973, durante uma entrevista com as icônicas Três Marias — Maria
Teresa Horta, Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa —, a fotógrafa
Gilda Grillo capturou um instante poderoso em uma única imagem. Décadas
depois, essa fotografia se torna ponto de partida para a cineasta Luísa
Sequeira explorar a força das palavras e das mulheres que as
transformaram em resistência e arte. Em seu filme O que Podem as
Palavras, Sequeira intervém nesse marco histórico, entrelaçando memória,
literatura e cinema para reviver e reimaginar o impacto das Três Marias.
All Women are Maria (2024)
No curta, a cineasta Luísa Sequeira registra os relatos de Gilda Grillo, que
em 1973 se uniu à luta das Três Marias — Maria Teresa Horta, Maria Isabel
Barreno e Maria Velho da Costa. Reconhecida pela NOW como a primeira
ação feminista internacional, essa luta teve em Gilda uma figura essencial
para a divulgação global do livro Novas Cartas Portuguesas. A obra, que
desafiava convenções e denunciava opressões, tornou-se um símbolo de
resistência e um marco na história do feminismo e da igualdade de gênero.
Os Cravos e a Rocha (2016)
Os Cravos e a Rocha é uma imersão no dia 25 de abril de 1974, conduzida
pelo iconoclasta cineasta brasileiro Glauber Rocha, que esteve em Portugal
no exato momento da Revolução dos Cravos. Baseado no registro coletivo
As Armas e o Povo, o filme revela, sob o olhar estrangeiro e singular de
Rocha, os sentimentos populares desse dia emblemático na história de
libertação de Portugal. Ao romper com as convenções do cinema, ele
captura de forma única a energia e a esperança revolucionária que
marcaram a data.
O Que Podem as Palavras (2022)
Este filme é um retrato das “Três Marias” — Maria Isabel Barreno, Maria
Teresa Horta e Maria Velho da Costa — autoras de Novas Cartas
Portuguesas, livro publicado em 1972 e censurado pelo regime do Estado
Novo. A perseguição às escritoras provocou protestos internacionais, com
apoio de figuras como Simone de Beauvoir e Doris Lessing. Com direção de
Luísa Sequeira e Luísa Marinho, o filme combina entrevistas, arquivos e
animações, revisitando a coragem das autoras e o impacto histórico de sua
obra.
Informações sobre performances
da abertura e artistas presentes
Miguel Del Castillo – curadoria de livros
Biografia
Miguel Del Castillo é escritor, tradutor, editor e curador. Nasceu no Rio de
Janeiro e vive em São Paulo. É autor dos livros Restinga (contos, 2015) e
Cancún (romance, 2019), ambos publicados pela Companhia das Letras.
Foi escolhido como um dos vinte melhores jovens escritores brasileiros pela
revista Granta em 2012. Atua como coordenador da Biblioteca de Fotografia
do Instituto Moreira Salles, tendo sido também editor da Cosac Naify e do
site da revista ZUM. Manteve por um ano uma coluna sobre fotolivros no site
da livraria Megafauna e é mestrando em Literatura Comparada na
Universidade de São Paulo (USP).
Shinji Nagabe _
Brasil, 1975
Biografia
Shinji Nagabe, artista visual brasileiro de ascendência japonesa, explora
temas como migração, identidade e sexualidade em sua obra. Marcado
pela experiência como “dekassegui” no Japão aos 14 anos, ele aborda as
complexidades da adaptação cultural e da construção identitária. Sua arte
combina materiais simples e industriais, refletindo influências de sua
infância humilde e desafiando normas sociais e estéticas. Combinando
fotografia e jornalismo, suas obras questionam fronteiras culturais e
convidam à reflexão sobre pertencimento e diversidade. Nagabe utiliza a
criatividade para desconstruir estereótipos e expandir os limites da arte
contemporânea.
Sinopse das obras na exposição:
Dioramas
Na série “Dioramas”, o artista combina influências brasileiras e japonesas
para criar cenas tridimensionais que misturam memória e identidade.
Utilizando fotografias de seu arquivo, impressas em tecido, ele aplica a
técnica japonesa do oshie e o rembourrage para dar volume às peças,
inspiradas no acolhimento do salão da casa de sua infância em São Paulo.
As obras integram insultos homofóbicos e racistas bordados,
ressignificando experiências pessoais como nipo-brasileiro e gay. Feitas
manualmente em Madrid, elas transformam materiais simples em narrativas
profundas sobre pertencimento e resistência. A série transcende a
fotografia, oferecendo uma reflexão sobre a força da imagem e a
democratização da arte.
La vérité tue x Colonial
“Cuando la verdad de la historia colonial me hizo pensar en mis orígenes.”
“When the truth of colonial history made me ponder my origins.”
Arma.01 | Arma.03 | Arma.04
As últimas peças criadas para a série Dioramas são quatro fotografias em
tamanho real de armas, impressas em tecido. Neste trabalho, responde-se
diretamente à violência com a qual se convive hoje, seja por meio da mídia,
das guerras ou dos discursos de ódio. As peças são complementadas por
pequenos amuletos de proteção e cura, feitos na adolescência do artista
como uma tentativa de aliviar a dor causada pelo bullying escolar que
sofria. A intenção desses amuletos era curar, até que Nagabe percebeu
que, no final, não era ele quem estava doente, mas o mundo ao seu redor.
Informações sobre performances
da abertura e artistas presentes
CURADORIA:
Ângela Berlinde
Em 2024, comemoramos meio século da Revolução dos Cravos, símbolo da
liberdade em Portugal, e seis décadas do golpe militar no Brasil — dois
marcos históricos que ecoam, com força e urgência, no nosso tempo
extraordinário e repleto de inquietações.
Vermelho Vivo é um grito apaixonado, uma resistência vibrante contra as
ameaças à liberdade, dando corpo a uma força que celebra a democracia
conquistada em Portugal, a libertação das ex-colônias africanas e, com
igual fervor, a coragem e a resiliência do povo brasileiro na luta contra a
brutal opressão da ditadura militar. Este é um movimento vital, feito de amor
e revolução, que nos convida a revisitar nossas lutas e conquistas, tecendo
histórias de coragem e transformação em um manifesto coletivo de
liberdade e dignidade. Porque, na essência, a arte é poesia, e o poema é
liberdade.
Em um mundo que clama por mudanças, a arte emerge como uma voz de
resistência e transformação. A arte será sempre, na sua máxima expressão,
um gesto político. Ao explorar o imaginário contemporâneo, a exposição
nos convida a imaginar futuros. As dúvidas tornam-se motoras de reflexão,
e a pulsão e o desejo são energias vitais que nos impulsionam a construir
novas realidades. Aqui, o questionamento é constante, e o convite é claro:
resistir, imaginar, e, sobretudo, não ter medo de sonhar.
Vermelho Vivo no Museu da Imagem e do Som, convida o público a
vivenciar imagens, poemas, filmes e canções como forma de refletir sobre
as ideias de Liberdade e Revolução em um momento de urgência e futuro.
A exposição inflama o valor máximo da liberdade, acentuando a força das
lutas e a vibração da revolução, abrangendo um período de criação
contemporânea que vai desde o início dos anos 70 até os dias de hoje.
Artistas e pensadores da geografia luso-afro-brasileira compõem essa teia
complexa e multifacetada, formada por 115 criadores, distribuídos entre 65
artistas visuais, 25 autores e editores, e 25 músicos e bandas. Juntos,
respondem a um mundo em transformação, reconfigurando os significados
da liberdade e evocando seu valor político, ao mesmo tempo em que
propõem novos sentidos para a existência.
Vermelho Vivo é também uma revolução, uma instalação total que pulsa
como um grande órgão, um coração que vibra sem limites e em plena
liberdade.
Texto
curatorial
“Precisamos
pensar na
revolução não
como algo
nostálgico,
mas como algo
vivido. Pensar
em uma revolução
pelo amor.” – Ângela Berlinde
links
imagens de algumas obras
informações das obras enviadas
escute a playlist da exposição
áudios
vídeos
ficha
técnica
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
Elmano de Freitas da Costa Governador do Ceará
Jade Afonso Romero Vice-governadora do Ceará
Luísa Cela de Arruda Coelho Secretária da Cultura do Ceará
Rafael Cordeiro Felismino Secretário Executivo da Cultura do Ceará
Gecíola Fonseca Torres Secretária Executiva de Planejamento e Gestão Interna da Cultura
Caio Anderson Feitosa Carlos Coordenador da Rede Pública de Equipamentos Culturais do Ceará
(Copec)
Jéssica Ohara Pacheco Chuab Coordenadora de Patrimônio Cultural e Memória (Copam)
INSTITUTO MIRANTE DE CULTURA E ARTE
Tiago Santana Diretor Presidente
João Wilson Damasceno Diretor Executivo
Flávio Jucá Diretor Administrativo-Financeiro
Camila Rodrigues Assessora de Ação Cultural
Dione Silva Assessora de Políticas Públicas e Articulação Comunitária
Fernanda Cavalli Assessora de Comunicação
Iana Soares Assessora de Formação
Abílio Oliveira Gerente de Planejamento
Charlene Régis Gerente Administrativo Financeiro
Amanda Lima Gerente de Projetos Especiais e Governança
Evelma Taveira Gerente de Departamento Pessoal
Isabel Ferreira Lima Gerente de Experiência e Linguagem
Natasha de Paula Gerente de Tecnologia e Inovação
Renata Duarte Gerente de Operações e Serviços
Vinício Brígido Gerente de Desenvolvimento Humano
MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DO CEARÁ (MIS)
Silas de Paula Diretor
Natasha Faria Diretora Executiva
Ligiane Viana Secretária
Aline Albuquerque Gerente de Difusão e Ação Cultural
Analine Fernandes Coordenadora Administrativa Financeira
Angelique Abreu Coordenadora Operacional
Cristiane Bonfim Gerente de Comunicação
Kennya Mendes Gerente de Educação e Formação
Leliana Lopes Gerente de TI
Ricardo Avelar Gerente de Projetos Especiais
Sandra Regina de Jesus Gerente de Acervo e Pesquisa
GERÊNCIA DE ACERVO E PESQUISA
Sandra Regina de Jesus Gerente
Eliene Magalhães Coordenadora de Pesquisa
Charlyne Moraes Analista de Catalogação, Documentação e
Gestão de Acervo
Gabrielle Duarte Peccini Estagiária
Gisele Inácia Fernandes Estagiária
Jorge Lopes Museólogo
Lucas Rodrigues Estagiário
Raimundo Batista Técnico Especialista de Documentação,
Catalogação e Gestão de Acervo
Simone Lopes Técnica Especialista de Documentação,
Catalogação e Gestão de Acervo
Sofia Cosmo Estagiária
Victoria Girlen Estagiária
BIBLIOTECA MARLY MARIANO E THOMAZ FARKAS
Leilane Lucena Bibliotecária
Aline Lima Estagiária
Caroline de Aguiar Estagiárie
Ivan Ribeiro Analista de Biblioteca
LABORATÓRIO DE PRESERVAÇÃO
CONSERVAÇÃO E DIGITALIZAÇÃO
César Barreto Gerente
Alan Emmanuel Técnico Especialista de Preservação,
Conservação e Digitalização
Camile Abreu Aragão de Lima Estagiária
David Felício Técnico Especialista de Preservação,
Conservação e Digitalização
Gabriela Dantas Técnica Especialista de Preservação,
Conservação e Digitalização
Gabriel Mendes Analista de Preservação, Conservação e
Digitalização
Ítalo de Sousa Estagiário
Mariano Batista Mariano Estagiário
COORDENAÇÃO ADMINISTRATIVA FINANCEIRA
Analine Fernandes Coordenadora
Maria Cardoso Analista
Ronalice Firmino Analista
GERÊNCIA DE COMUNICAÇÃO
Cristiane Bonfim Gerente de Comunicação
Camile Queiroz Coordenadora de Comunicação
Caio Alves Lima Estagiário
Deivyson Teixeira Fotógrafo
Marcius Monteiro Designer
Natália Magalhães Videomaker
Wládia Costa Técnica Especialista em Mídias Sociais
GERÊNCIA DE DIFUSÃO E AÇÃO CULTURAL
Aline Albuquerque Gerente
Juliana Lins Coordenadora de Produção
Ana Letícia Sobral Coelho Estagiária
Antônio Breno Galerista
Dyego Ferrugem Técnico de Iluminação
Jeff Santos Estagiárie
Georgiane Carvalho Assistente de Produção
Gil Sousa Técnico de Audiovisual
Márcio Paiva Técnico de Sonorização
Marcos André Técnico de Edição de Som e Imagem
Pedro Felipe Produtor e Programador Cultural
Priscila Araújo Técnica de Iluminação
Rafael Aires Galerista
Tiago Campos Engenheiro de Som
GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO
Kennya Mendes Gerente
Yan Belém Coordenador
Aires Arte-Educadora
Caroline Rodrigues Arte-Educadora
Elen Andrade Arte-Educadora
Francisca Silva Auxiliar Educativo
Garu Pirani Auxiliar Educativo
Hitalo Pandit Arte-Educador
Julianne Pinheiro Auxiliar Educativo
Keli Pereira Auxiliar Educativo
Mikael da Silva Intérprete de Libras
Nair Beatriz Auxiliar Educativo
Naiany Menezes Auxiliar Educativo
Nicolle Campos Intérprete de Libras
Rebeca Eloi Auxiliar Educativo
rømã Auxiliar Educativo
Sam Célio Auxiliar Educativo
Val Araújo Auxiliar Educativo
Viviane Lima Arte Educadora
FOTOFESTIVAL SOLAR
Realização
INSTITUTO MIRANTE DE CULTURA E ARTE
Idealização e Direção Artística
Tiago Santana
Coordenação Geral
Ana Soter
Iana Soares
Isabel Santana Terron
Uliana Lima
Consultoria Artística
Ângela Berlinde
Curadores das Exposições
Ângela Berlinde
Diógenes Moura
Fernanda Siebra
Eduardo Brandão
Iana Soares
Isabel Santana Terron
Luciana Molisani
Orlando Maneschy
Thyago Nogueira
Gerência de Memória e Patrimônio
do Centro Cultural do Cariri
Parceria SOLAR/IMAGINÁRIA
Luciana Molisani
José Fujocka
Coordenação Executiva
Ana Soter
Isabel Santana Terron
Coordenação Técnica e de Montagens
Léo Porto Carrero
Produção Executiva
Soma Produções
Hélia Alencar
Izabel Lima
Juliana Guedes
Comunicação
Iana Soares
AD2M Comunicação Assessoria de Imprensa
Marina Holanda Mídias Sociais
Livraria Solar
Lovely House
Coordenação de Projeção
Valentino Cabanillas Kmentt
Audiovisual
Estúdio Voa
Design
Soter Design/Ana Soter
Guilherme Kato Assistente
Pedro Savir Assistente
COORDENAÇÃO OPERACIONAL
Angelique Abreu Coordenadora Operacional
Aládia Vieira Recepcionista
Antônio Jefferson da Silva Assistente Operacional
Gabriella Silva Recepcionista
Israel da Silva Lima Eletricista
Karoline Vinuto Recepcionista
Paloma Souza Recepcionista
Paulo Cássio Cardoso de Oliveira Pintor
Reginaldo da Silva Auxiliar de Manutenção
Thalys Wendel Borges da Silva Auxiliar de Manutenção
GERÊNCIA DE PROJETOS ESPECIAIS
Ricardo Avelar Gerente
Willder Azevedo Desenvolvedor
GERÊNCIA DE TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO
Leliana Lopes Gerente de TI
Allan Oliveira Analista de Helpdesk
Caio Victor Brito Técnico de Broadcasting
Jean Oliveira Analista de Infraestrutura e Redes
EQUIPE TERCEIRIZADA
Seguranças
Adriano da Silva Brito
Carlos Antônio Paulino Queiroz
Denilson Rodrigues de Lima
Elenilson Oliveira da Silva
Francisco César Batista
Francisco Jeová Rodrigues
Jarison Neres de Sousa
José Anselmo do Nascimento Neto
José Belvandi Alencar de Freitas
José Emerson de Sousa Araújo
Jucirlan da Silva
Luís Paulo Xavier de Sousa
Manoel Alcântara Moreira
Marcos Antônio de Sousa Costa
Paulo Henrique Mota de Castro
Robervan Rocha Honorato
Romário Matos da Costa
Wellington de Almeida Paula
Auxiliares de Serviços Gerais
Ana Lúcia Moraes do Valle
Anne Kamila Teixeira da Costa
Antônio Raimundo Mariano Luís
Maiara Teixeira de Sousa
Brigadistas
Bruno Giordano do Nascimento
Genice Pinto Sousa
Janaína Cibele Correia Marques
Jemima Quezia Sousa Paula
Laís Rodrigues de Sousa
José Belvandi Alencar de Freitas
Apoio
Joabne de Souza Santos
Supervisora Interativa
Maria Melo
ficha
técnica
Curadoria
Ángela Berlinde
CO-CURADORIAS
José Luís Neves, Luís Pinto Nunes e Susana Lourenço
Marques em Portugal Ano Zero
Miguel Del Castillo em Papel e Chumbo
Paula Guerra em Para Romper com o Silêncio
Fabiana Bruno em Coração na Aldeia, Pés No Mundo
Coordenação de execução
D. Rocha Studios LTDA
André Scalazzari
Projeto Expográfico e Assistência de Curadoria
Marinah Raposo
Supervisão de Montagem
D.Rocha Studios LTDA
André Scalazzari
Dora Coelho
Produção
Glauber Matos
Comunicação Visual
Diego Ribeiro
Gabriel Carvalho
Iane Rocha
Projetos Interativos
Camila Schreiber
Isabel Scalazzari
Pedro Lides
Erick de Oliveira
Luminotécnica
Priscilla Araújo
Dyego Ferrugem
Revisão de Textos
Joice Nunes
Projeto de Acessibilidade
Caroline Chaves
Lara Lima
Marcia Moreno
Imagens Táteis
Keréus – UFC
Áudio Descrição
Lara Lima
Carolina Chaves
Interpretação em Libras
Fernanda Venâncio
Maria Clara
Montagem Luminotécnica
Priscila Araújo
Impressões
Elton Gomes
Super Print House
Cenotécnica
Aurino Artes
Aureliano Medeiros
ficha
técnica
Pinturas
Edson Carlos de Souza
Sala de Imersão
Faz escuro, mas eu canto
Concepção
Ângela Berlinde
Roteiro, direção de arte e dramaturgia
Wllington Gadelha
Animação 2D e Vídeo
FluxoMarginal, Matheus Rocha
Edição, Finalização e Computação
Gráfica Matheus Rocha
Documentações e Assistência de Criação Sonora
Ruca Bourbon
Desenho Sonoro, Trilha, Música Original, Mixagem
Eric Barbosa
Trilha Sonora Adicional, Convidado
Emocionar
Recortes Sonoros e Samples Adicionais
Zé de Guerilla
Voz Adicional
Klement Tsamba
Masterização
Marcelo Rassas
Obras Citadas
Glauber Rocha, Alfredo Cunha, Denilson baniwa,
Marcelo brodsky, berna reale, Ana Hatherly, Rosa
Gauditano
Pós-produção
Lâmina Vídeo
Produção
Plataforma Afrontamento
Agradecimentos
João Fernandes | Instituto Moreira Salles – IMS
Paulista
Miguel Del Castillo | Instituto Moreira Salles – IMS
Paulista
Tomaz Maranhão | Museu da Fotografia de Fortaleza
Luíza Saldanha | Acervo Túlia Saldanha
expediente
comunicação
GERÊNCIA DE COMUNICAÇÃO
Cristiane Bonfim Gerente de Comunicação
Camile Queiroz Coordenadora de Comunicação
Caio Alves Lima Estagiário
Deivyson Teixeira Fotógrafo
Marcius Monteiro Designer
Natália Magalhães Videomaker
Wládia Costa Técnica Especialista em Mídias Sociais
mis-ce.org.br
misce.ascom@institutomirante.org
@mis_ceara
Museu da Imagem e do Som do Ceará
Av. Barão de Studart, 410 – Meireles