O maestro Claudio Cruz, diretor artístico do grupo, fará a regência e também será o solista da noite, que vai celebrar o Dia da Consciência Negra
Camerata Jovem do Rio de Janeiro (CJRJ) – Foto de Daniel Ebendinger
A Camerata Jovem do Rio de Janeiro (CJRJ) se apresentará, pela primeira vez no Theatro São Pedro, dia 16 de novembro de 2024, sábado, às 20h, de graça. O solista da noite será o maestro Claudio Cruz, diretor artístico do grupo e que também fará a regência do concerto. A Camerata foi criada há 9 anos e é formada por 17 jovens músicos cariocas, moradores de comunidades do Rio, com idades entre 18 e 25 anos e oriundos do projeto Ação Social pela Música do Brasil (ASMB), que promove o ensino de música de concerto há 25 anos para jovens em situação de vulnerabilidade.
O concerto também será uma homenagem da Camerata, formada em sua maioria por jovens negros, ao Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. Unindo composições que transitam entre o clássico e o popular, o repertório da noite vai celebrar a música brasileira e a música latina.
“Será uma noite muito especial, pois esta é a nossa estreia no Theatro São Pedro e sob a batuta de Claudio Cruz, que é diretor pedagógico e musical da Ação Social pela Música do Brasil. O concerto também vai ser marcado pela resistência, pois os nossos jovens vão celebrar o Dia da Consciência Negra, reafirmando o compromisso da Ação Social pela Música do Brasil com as pautas e ações antirracistas”, afirma Fiorella Solares, diretora da Camerata e do projeto Ação Social pela Música do Brasil (ASMB).
Clássico e popular se unem no repertório da apresentação
O programa começará com “As Quatro Estações Portenhas”, obra de Astor Piazzolla (1921–1992), reconhecido como um dos maiores compositores argentinos do século XX. Piazzolla se inspirou na obra de Vivaldi, “As Quatro Estações”, porém, na sua versão, há o acréscimo do toque “portenho”, que nos remete ao seu berço, a cidade de Buenos Aires, também em quatro movimentos, com uma atmosfera latina, melancólica e vigorosa, que trazem elementos do jazz e do tango. Claudio Cruz, que fará a regência do concerto, também será o solista da obra.
Após o intervalo, a Orquestra retornará com “Variações sobre o Tema de Frank Bridge”, uma das obras mais conhecidas do inglês Benjamin Britten (1913-1976), que criou a composição com apenas 23 anos. A peça é composta por dez variações baseadas em um tema retirado da “Suíte para Quarteto de Cordas”, de Frank Bridge, então seu mentor.
Depois, é a vez de “Brejeiro”, de Ernesto Nazareth, composta em 1893, obra conhecida como um tango brasileiro, caracterizado pela fusão do tango com ritmos e elementos da música popular brasileira. Encerrando o concerto com muita energia, a Camerata fará um mergulho na música popular brasileira em dois grandes clássicos: “Mas que Nada”, de Jorge Ben Jor, e “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso.
Uma trajetória de sucesso no Brasil e pelo mundo
A Camerata Jovem do Rio de Janeiro já se apresentou em espaços consagrados da música de concerto no Brasil como o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a Sala Cecilia Meireles, a Cidade das Artes e também no Rock in Rio, tocando ainda ao lado de grandes músicos como o pianista chinês Lang Lang e o violonista brasileiro Yamandu Costa. Também fez diversas turnês e apresentações mundo afora em importantes ocasiões e salas de concerto, como no centenário da ONG Save the Children, em Zurique, na Suíça, e também em Nova Iorque, Berlim, Amsterdam, Madri e no Palácio das Nações na sede da ONU, em Genebra.
PROGRAMA:
As Quatro Estações Portenhas – Astor Piazzolla (1921-1992)
I. Primavera Portenha
II. Verão Portenha
III. Outono Portenho
IV. Inverno Portenho
Solista: Cláudio Cruz
Intervalo
Variações sobre o Tema de Frank Bridge – Benjamin Britten (1913-1976)
I. Adagio
II. March
III. Romance
IV. Aria Italiana
V. Bourrée Classique
VI. Wiener Waltzer
VII. Moto perpetuo
VIII. Funeral March
IX. Chant
X. Fugue and Finale
Brejeiro – Ernesto Nazareth (1863 -1934)
Mas que Nada – Jorge Ben Jor (1939)
Aquarela do Brasil – Ary Barroso 1903 – 1964)
SERVIÇO:
Camerata Jovem do Rio de Janeiro com maestro Claudio Cruz
Regência/Solista: Claudio Cruz (violino)
Local: Theatro São Pedro – R. Barra Funda, 171 – Barra Funda, SP.
Data: 16 de novembro de 2024
Horário: 20h
Grátis. 100 minutos. Livre.
Informações: (11) 3661-6600
Site: https://theatrosaopedro.org.
SOBRE A CAMERATA JOVEM DO RIO DE JANEIRO: A Camerata Jovem do Rio de Janeiro foi criada há 9 anos e já se apresentou em espaços consagrados da música clássica no Brasil como o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Sala Cecilia Meireles, Cidade das Artes e também no Rock in Rio e centros culturais, tocando ao lado de grandes músicos como o pianista chinês Lang Lang e o violonista brasileiro Yamandu Costa. Os jovens músicos participaram, com grande sucesso, do Festival Internacional de Música de Londrina e do Festival Internacional de Música de João Pessoa. Em 2017, a orquestra realizou a sua primeira turnê na Europa, se apresentando na Alemanha e Holanda em espaços renomados da música de concerto internacional como o Concertgebouw em Amsterdã. Em 2018 a CJRJ foi convidada a realizar concertos em Nova Iorque (EUA), sendo o grande destaque a apresentação na sede da Organização das Nações Unidas (ONU). Em agosto de 2019, a Camerata Jovem embarcou para sua segunda turnê europeia realizando apresentações para grandes públicos em cidades alemãs e suíças. No Tonhalle de Zurique, os jovens músicos cariocas foram convidados para tocar na celebração do centenário da ONG Save the Children, quando foram agraciados com o prêmio Swiss Charity Award. Depois, os jovens seguiram para Genebra onde se apresentaram no Palácio das Nações na sede europeia da ONU. Realizou também concertos em Düsseldorf e na Embaixada do Brasil em Berlim. Em 2019, 2021 e 2023, tocou no Festival Rio Montreux. Em 2019 se apresentou no Palco Favela do Rock in Rio. Em 2020 e 2021 fez várias lives e com grande sucesso lançou a música We Are the Champions que foi muito elogiada pela Banda Queen. Em 2022 integrantes da CJRJ foram convidados a participar do AIMS Festival em Solsona (Espanha). Atualmente a Camerata Jovem do Rio de Janeiro cumpre intensa agenda de apresentações.
SOBRE A ASMB: Fundada há 25 anos, a Ação Social pela Música do Brasil (ASMB) é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, cuja missão é a educação social e cultural por meio do ensino da música clássica, a fim de promover a inclusão social de crianças, adolescentes e jovens de comunidades em situação de vulnerabilidade social. Em seu histórico, mais de 14 mil alunos já passaram pela instituição, colhendo resultados positivos, principalmente no que se refere à prevenção e ao combate às drogas e à violência intrafamiliar. Atualmente, o projeto atende no total 4.406 alunos em 13 núcleos de aprendizado musical e em 18 polos de musicalização. Dos 13 núcleos, 7 encontram-se na cidade do Rio de Janeiro: Rio das Pedras, Complexo do Alemão, Vila Isabel, Cidade de Deus, Manguinhos, Morro dos Macacos, e agora São Gonçalo, englobando um total de 20 comunidades atendidas. Além disso, há 1 núcleo em Petrópolis, 4 núcleos em João Pessoa (Paraíba) e 1 núcleo em Ji-Paraná (Rondônia) e 1 núcleo, chamado Maestro David Machado, em Campo Grande (Mato Grosso do Sul).
SOBRE CLAUDIO CRUZ: Foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), Prêmio Carlos Gomes, Prêmio Bravo, Grammy Awards entre outros. Tem atuado como Regente Convidado em diversas orquestras, entre elas a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), Orquestra Sinfônica Brasileira, Petrobras Sinfônica, Sinfônica do Teatro Municipal de São Paulo, Sinfônica de Porto Alegre, Sinfônica de Brasília, Orquestra Sinfônica de Curitiba, Orquestra de Câmara de Osaka, Orquestra de Câmara de Toulouse, Orquestra Sinfônica de Avignon, Northern Sinfonia (Inglaterra), a Sinfonia Varsovia, New Japan Philharmonic, Hyogo Academy Orchestra, Hiroshima Symphony (Japão), Vogtland Philharmonie (Alemanha), Jerusalem Symphony Orchestra entre outras. Participou de diversos Festivais de Música, no Brasil destaca-se sua participação como Regente da Orquestra Acadêmica do Festival Internacional de Campos de Jordão em 2010 e 2011, também participou do Festival de Verão da Carinthia (Áutria) e Festival Internacional de Música de Cartagena onde atuou como camerista e Regente Convidado da Osesp. Em 2021 lançou os trios de Villa-lobos com Antônio Meneses e Ricardo Castro, álbuns com os pianistas Marcelo Bratke, Olga Kopylova, os Quartetos de Meneleu Campos com o Quarteto Carlos Gomes. Em 2022 gravou álbuns com o violinista Emmanuele Baldini, com o violista Gabriel Marin.