“Quantas mortes cabem na vida de uma mulher?”
Dia 18 de novembro, segunda-feira, às 20h15, o espetáculo Gritos no Silêncio estará em Itaquera. A direção e atuação são de Célia Ramos e Maria Vitória Siviero. Após a apresentação, Ester Francisco da Silva, especialista em violência doméstica e familiar, e as atrizes, terão uma conversa com o público sobre o combate à violência de gênero. O projeto em 2024 passará por Itaquera, Campinas, Diadema e Guarulhos e foi contemplado pelo Edital Paulo Gustavo 20/2023– Difusão Cultural. Grátis!
Sinopse: Entre músicas, performances teatrais, a peça aborda a violência doméstica e familiar e as formas de enfrentamento.
O projeto Gritos no Silêncio—Violência Doméstica e Familiar – vamos falar sobre isso? aborda o tema com uma intervenção teatral, baseado em história real captado do livro Enquanto não Cicatriza – histórias de Mulheres que sobreviveram, resultado da pesquisa sobre a temática de violência doméstica e familiar, desenvolvida em um abrigo sigiloso.
A intervenção busca retratar os caminhos da violência contra a mulher pelo teatro, suspendendo por algum tempo a realidade e trazendo à tona a vivência de tantas outras mulheres que perpassaram pelo ciclo da violência. “Não é preciso realizar algo de imensa magnitude, basta que este ja compromissada com a luta que fortaleça a vida de outras mulheres”, diz Ester Francisco da Silva. O foco é promover a reflexão dos ciclos de dor e seu reconhecimento. E mostrar a importância de não nos calarmos. Na esfera masculina, analisarmos a criação dos homens que acreditam ter o direito à violência, principalmente às mulheres. As ações criam estratégias de bem-viver e não de sobreviver. E como uma rede de apoio e políticas públicas podem auxiliar no processo de reconstrução dessa realidade. “Buscamos através deste trabalho, trazer histórias e descrever o tamanho da dor sofrida por estas mulheres”, conta Célia Ramos.
Biografias
Célia Ramos é atriz e produtora teatral atuando profissionalmente nessas áreas desde 2000. Especialista em Direito Constitucional Aplicado/2021, Bacharel em Serviço Social pela Universidade Brasil/2020, concluiu o Curso de Formação de Atores da Escola Livre de Santo André – ELT – 2007. Participou do 3º Encuentro de La Red Iberoamericana de Artes Escèni- cas, na cidade Ovalle/Chile 2007 e do XIV Encuentro Internacional de Teatro ENTEPACH 2009, na cidade de Chillán/ Chile, representando o Brasil em ambos eventos. Em 2009 participou do Encontro Mundial do Teatro promovido pelo ECUM – Centro Internacional de Formação e Pesquisa em Artes Cênicas em comemoração do ano da França no Brasil integrando as oficinas “O Jogador” com Alexsandre del Piruggia (França) e “Atelier de Reflexão Transversal” com Jean François Dusigner e Beatrice Picon Vallian (França), ambas realizadas na Universidade Federal de Minas Gerais. Em 2010 concluiu o curso de Interpretação para TV na escola de atores Wolf Maya. Integrante e fundadora da Cia Teatral Casa de Marias, atuando e produzindo os espetáculos: “Serenata Literária”, “As Histórias que as Mari- as Trazem na Mala”, “Quem Pode Quem Tem Juízo” dirigido por Edgar Castro (contemplado pelo Prêmio Myriam Muniz 2014), e “Máquina Pentesiléia” com a direção de Paulo Sokobauno. Fundadora da República Ativa de Teatro atuando como atriz e produtora nos espetáculos “O Cavalinho Azul”, “A Bruxinha que Era Boa” e “A Menina e o Vento”. Também atuou nos espetáculos “Festa do Fim” (direção Edgard Castro), “Os Irmãos Prechnikov” (direção Denise Weinberg e Alexandre Tenório), “Luar sobre o Caribe” (direção André Garolle – Cia Triptal), entre outros. Sua formação como produtora ocorreu a partir de vários cursos de produção teatral, destacando os cursos realiza- dos no SENAC com Maria Eugênia Malago de (2006) e Ricardo Maluf (2008). Produziu o Projeto “Sonhos em tempos de Guerra” (Contemplado pela 32ª edição de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo – 2018), produz o Sarau na Casa do Chefe desde 2014, os espetáculos “Zona de Guerra” da Cia. Triptal com direção de André Garolli (contemplado pela Lei de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo, Prêmio Myriam Muniz 2006, ProAC Circulação 2006, Indicado ao Prêmio Shell 2006 na categoria especial, e ganhador do Prêmio APCA de Melhor Espetáculo), além de todo o repertório da Cia Mambembe de Repertório, realizando diversas apresentações e temporadas na Rede SESC-SP e nos CEUs da cidade de São Paulo. Dirigiu e produziu o documentário “Itaquera através das lentes” contemplado pelo ProAc Expresso Lab 41/2020 e o espetáculo “A onça e o Bode” da Carcará Cia de Teatro—Contemplado pelo ProAc Expresso Lab Montagem Infanto-juvenil 38/2020. Coordenou o Projeto “O Caminho da Fênix”, contemplado pelo Edital de Apoio a Projetos Artísticos Culturais Des- centralizados de Múltiplas Linguagens – 2021, onde realizou a coordenação geral de produção e a pesquisa do projeto. Coautora do livro Enquanto Não Cicatriza — histórias de mulheres que sobreviveram e dirigiu o documentário O Caminho da Fênix, ambos projetos sobre a temática de violência doméstica e familiar.
Maria Vitória Siviero é atriz e professora. Graduada em Teatro (2013), mestra e doutora em Semiótica e Linguística Geral pela Universidade de São Paulo. Pesquisadora de linguagem performática nas artes cênicas e na música, desenvolve pesquisas junto ao Departamento de Linguística da FFLCH-USP e é membro do grupo de estudos em poéticas experimentais (GEPOEX) associado ao DL-USP. Trabalhou como atriz em projetos cinematográficos e espetáculos teatrais, dentre os quais “Chão e Silêncio” (2012), diretor Rudinei Borges; “Marat/Sade” (2013), dir. Simoni Boer; e “Hinos Homéricos” (2019), dir. Rodrigo Bravo. Professora da pós-graduação lato-sensu em música popular – Rock, da Faculdade Santa Marcelina. É autora de artigos científicos e capítulos de livro sobre atuação e performance. Cofundadora da Cia. de Teatro Vento Áureo, junto da qual promove a difusão científica e cultural e Cofundadora do livro Enquanto Não Cicatriza Histórias de Mulheres que sobreviveram e roteirista do documentário O Caminho da Fênix.
Rodrigo Dias é musico, multi-instrumentista, musicoterapeuta, capoeirista brincante com pós-graduação em lato sensu Histórias e Culturas Afro-Brasileiras e Indígenas para a Educação (FACON, 2018), com bacharelado em Musicoterapia (FPA, 2009) e com Formação de Professor pelo grupo Capoeira Mandinga (CA/USA, 2015), Técnico em Regência de Canto Coral (ETEC Artes, 2011), e Formação de Jovens Brincantes pelo (Instituto Brincante, 2009-2012). Nos últimos anos tem atuado na área artística tanto quanto musico multi-instrumentista, quanto na direção musical. Participou do XII Congresso Mundial de Musicoterapia, Buenos Aires/AR (2008) e do XIV Encuentro Internacional de Teatro ENTEPACH 2009, na cidade de Chillán/Chile, representando o Brasil nos eventos. Atuado em muitas ações culturais tais como: direção musical no espetáculo “ A Onça e o Bode” , pela Cia. Teatro do Acaso 2021, Sarau Musical da Capoeira, Edição Virtual, Casa de Cultura Chico Science (2020), Peça teatral “Ver e Viver São Paulo”, Colégio Pentágono (2015-2018), Contação de História “Berimbau, um presente dos Orixás”, Ins- tituto Edmilson (2018), Sarau Musical da Capoeira, Casa de Cultura Chico Science (2018), Desfile, Bloco de Carnaval “Os Capoeira”, Mestre Da Lua (2018), Sarau Cultural Brincante, Instituto Brincante (2009), Sarau Negralizando, pelo Projeto Negralizando (2017), Festival Nacional de Teatro de Ponta Grossa /PR (38ª Edição), Peça “O Cavalinho Azul”, (2010), Festival Nacional de Teatro de Varginha/MG (6ª Edição), Peça “O Cavalinho Azul”, (2009) pela Republica Ativa de Teatro. Desenvolveu a trilha original do documentário: O Caminho da Fênix—sobre violência doméstica e familiar.
Ester Francisco da Silva é Assistente Social, desde 1994 pela Faculdade Paulista de Serviço Social – com Pós-graduação em: Sociopsicologia pela Fundação Escola de Sociologia e Política (1996). Em junho de 2017 conclui o Curso de pós-graduação “Lato Sensu” – Prevenção e Proteção à Violência Doméstica Contra a Criança e Adolescente – Pela Faculdade Paulista de Serviço Social – FAPSS-SP, atualmente fazendo mestrado em Economia Política Mundial pela UFABC. Ativista do movimento de mulheres negras, Gerente de Serviço Sigilo- so que acolhe mulheres em situação de violência doméstica e risco eminente de morte. Com experiência em mediação de conflitos, na Defensoria de Santos em 2006.
Ficha técnica
Atuação e Direção: Célia Ramos e Maria Vitória Siviero
Músico: Rodrigo Dias
Palestrante Convidada: Ester Francisco da Silva
Produção: Célia Ramos
Foto: Guilherme PH
Assessoria de imprensa: Miriam Bemelmans
Realização: CR Produções
Serviço
Espetáculo Gritos no Silêncio
Por data
18 de novembro, segunda-feira, às 20h15
Itaquera
Local: Cieja Itaquera
Av. Itaquera, 221 – Cidade Lider
19 de novembro, terça-feira
Campinas
Às 10h30
Local: Ceu Florence Mestre Alceu
Rua Lasar Cegal,110 – Jd. Florence, Campinas
Às 19h30
Local: Eja Espaço Concórdia
Rua Ondina Moreno de Lima, 546- Liliza, Campinas
Diadema
21 de novembro, quinta-feira, às 15h e às 19h30
Local: Centro Cultural Cerraria
Rua Guarani, 790 – Vila Conceição – Diadema
Guarulhos
25 de novembro, segunda-feira, às 15h
Local: Biblioteca Monteiro Lobato – Anfiteatro
Rua João Gonçalves, 439 – Centro – Guarulhos
Às 19h30
Local: EJA Crispiniano Soares – Auditório
Rua Prof. Vasco de Queiroz Guimarães, 289 – Bom Clima – Guarulhos
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa
Teaser – https://youtu.be/ZgKp2evlFK4?si=yF8C8E1r8UUZPI2-