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O debate “Um Grito Parado no Ar de 1973 a 2025” reúne Sônia Loureiro, Dulce Muniz e Renato Borghi, com mediação de Rogério Tarifa, em bate-papo com entrada gratuita sobre teatro, representatividade, história e ditadura, quarta-feira, dia 12/2, às 19h, no teatro do Sesc Bom Retiro. A atividade faz parte da programação integrada à temporada da peça, que segue em cartaz até domingo, dia 16/2, com apresentações às sextas e sábados às 19h30 e domingos às 18h.
Na ocasião, Sônia Loureiro, atriz da montagem “Um Grito parado no ar” de 1973, se encontra com Renato Borghi e Dulce Muniz, atriz do Teatro de Arena, para falar da montagem anterior, assim como da versão contemporânea, realizada pelo Teatro do Osso 52 anos após a original, e que estreou no dia 17 de janeiro no Sesc Bom Retiro.
O diretor da peça, Rogério Tarifa, ressalta a oportunidade que o debate proporciona ao reunir “artistas que fazem parte da história do teatro brasileiro. A Sônia Loureiro fez a personagem Nara na montagem de 73, a Dulce Muniz é uma atriz que faz o espetáculo agora e que fez parte do teatro de Arena, e o Renato Borghi, além de ter sido fundador do teatro Oficina, substituiu um dos atores em 1973, fazendo o papel da personagem Fernando, que é o diretor da montagem dentro da peça. Então a gente vai ter essa alegria de ter essas figuras comentando sobre a produção de 73 e também o olhar para o teatro hoje, porque todos continuam atuando, realizando assim a essência do nosso projeto, que é fazer um diálogo entre os anos 70 e 60, e agora, a década de 20.”
Na peça, seis atores e atrizes ensaiam uma peça a dez dias da estreia que nunca chega a acontecer. As pressões externas interrompem o ensaio a todo o momento: são credores que retiram aos poucos os próprios elementos sobre os quais deveria erguer-se a montagem. Os ensaios e as improvisações são construídos em cima de entrevistas gravadas com habitantes da cidade, que expõem a realidade social em que vivem. À medida que o palco se esvazia, cresce a determinação do elenco em levar o ensaio adiante.
Sobre os debatedores:
Sônia Loureiro é atriz, nasceu em São Paulo em 1949. Iniciou sua carreira profissionalmente no teatro na década de 1960. Atuou em diversas peças, entre elas várias escritas pelo dramaturgo Gianfrancesco Guarnieri, como “Um Grito Parado no Ar” e “Ponto de Partida”. Trabalhou com grandes nomes do teatro como Fernando Peixoto, Othon Bastos e Marta Overbeck.
Dulce Muniz nasceu no dia cinco de junho de 1947 em São Joaquim da Barra, interior de São Paulo. Em 1968, foi para a capital paulista a fim de prestar o vestibular na USP para cursar Ciências Sociais. Com o decreto do AI-5 no final do mesmo ano, o teatro se levantou como importante frente de luta contra a ditadura e Dulce, que desde a infância nutria interesse pelas artes cênicas, ingressou em um curso ministrado por Heleny Guariba e Cecilia Boal no Teatro Arena – grande símbolo do teatro de esquerda no Brasil. Na mesma época, aderiu ao Partido Operário Revolucionário Trotskista (PORT) ao lado de seu então marido, Hélio Muniz. Sua militância culminou em sua prisão no ano de 1970 pela equipe da OBAN (órgão das forças armadas no aparato repressivo da ditadura), que a encaminhou ao Deops/SP. Vive em São Paulo, é atriz e dirige a companhia Teatro Studio Heleny Guariba. Após o fim da ditadura, Dulce permaneceu na militância política frente a causas diversas. É ativa participante junto aos projetos educativos do Memorial da Resistência de São Paulo.
Renato Borghi fundou, junto com José Celso Martinez Corrêa, o Teatro Oficina. Na década de 1970 criou o Teatro Vivo, com a atriz Esther Goés, realizando vários espetáculos que enfrentavam a ditadura militar, como O que Mantém um Homem Vivo?, de Bertolt Brecht e Calabar, de Chico Buarque e Ruy Guerra. Na década de 1980 escreveu peças como A Estrela Dalva e O Lobo de Ray-Ban. Tendo recebido em diversas ocasiões importantes prêmios como o Moliére, Shell, APCA, entre outros, atuou também no cinema em produções como Memórias Póstumas de Brás Cubas e na TV, por exemplo na novela Dona Beija, da Manchete.
Rogério Tarifa é diretor, ator, dramaturgo, cenógrafo e diretor de arte formado pela Escola de Arte Dramática de São Paulo (EAD-ECA-USP). Tem seu trabalho ligado ao teatro de grupo da cidade de São Paulo, onde dirige e colabora com diversas companhias. É integrante da Cia São Jorge de Variedades há 25 anos. Suas peças foram indicadas ou ganharam prêmios (Shell, APCA e Governador do Estado) do teatro brasileiro em diversas categorias. Em 2024 dirigiu o Ato – Espetáculo Musical em Dança O Corpo É Um Só, do Grupo Grua. E em 2022 dirigiu a peça O QUE NOS MANTÉM VIVOS, que comemora os 65 anos de carreira do ator Renato Borghi.
Serviço
“Um Grito Parado no Ar de 1973 a 2025”
Debate. Dia 12/2. Quarta, às 19h.
Local: Teatro. Livre. Grátis.
Um Grito Parado No Ar
Direção: Rogério Tarifa
Até 16/2. De Sexta a domingo.
Sextas e sábados, 19h30. Domingos, 18h.
Local: teatro (291 lugares). 14 anos. Duração: 2h30m sem intervalo.
Valores: R$18 (Credencial Plena), R$30 (Meia) e R$60 (Inteira).
Venda de ingressos disponíveis pelo APP Credencial Sesc SP, no site sescsp.org.br/bomretiro, ou nas bilheterias.
ESTACIONAMENTO DO SESC BOM RETIRO – (Vagas Limitadas)
O estacionamento do Sesc oferece espaço para pessoas com necessidades especiais e bicicletário. A capacidade do estacionamento é limitada. Os valores são cobrados igualmente para carros e motos. Entrada: Alameda Cleveland, 529.
Valores: R$8 a primeira hora e R$3 por hora adicional (Credencial Plena). R$17 a primeira hora e R$4 por hora adicional (Outros).
Valores para o público de espetáculos: R$ 11,00 (Credencial Plena). R$ 21,00 (Outros).
Horários: Terça a sexta: 9h às 20h. Sábado: 10h às 20h. Domingo e feriado: 10h às 18h. IMPORTANTE: Em dias de evento à noite no teatro, o estacionamento funciona até o término da apresentação.
TRANSPORTE GRATUITO
O Sesc Bom Retiro oferece transporte gratuito circular partindo da Estação da Luz. O embarque e desembarque ocorre na saída CPTM/José Paulino/Praça da Luz.
Consulte os horários disponíveis de acordo com a programação no link https://tinyurl.com/3drft9v8
Sesc Bom Retiro
Alameda Nothmann, 185. CEP 01216-000.
Campos Elíseos, São Paulo – SP. Telefone: (11) 3332-3600
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