Em novembro, Sesc Santo Amaro apresenta espetáculos de dança em diversas vertentes
O projeto Modos de Existir chega a sua décima edição como um dos principais destaques da programação
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Praia das Almas – Divulgação
Fotos dos espetáculos aqui
A dança como linguagem artística, vem se diversificando em suas formas de produção no aspecto criativo, político e econômico. Além das companhias e das independentes, passando pelos coletivos e propostas individuais. Em Manapa, a Cia Danças Claudia de Souza abre caminho para uma nova forma de experimentar não só a cena, mas sobretudo o processo criativo, com apresentação no dia 02/11. Já o cortejo musical Crônicas Sonoras do Jazz: Música, Dança e História com um alto potencial de conexão com a plateia, transforma o espaço ao redor em um palco interativo, ressignificando artisticamente a geografia local, no dia 23/11.
O projeto Modos de Existir discute as várias maneiras da dança existir e de habitar o espaço cultural. Estas discussões têm como ponto de partida, produção de dança por meio de apresentações, encontros e workshops, como nos espetáculos: Trio A Lecture-Performance, coreografia expandida precedida de leitura/demonstração prática/teórica, com contextualização histórica e projeção de trechos de vídeos históricos/atuais relacionados ao Trio A, no dia 06/11. Já no dia 12/11, Dança Macabra, uma performance solo criada a partir de reflexões acerca das representações do macabro, da morte e da sobrevivência.
No dia 13/11, O que Move – Dança para Takao, o processo de pesquisa e artístico aborda questões como herança artística, atualização de memórias corporais e reverencia o encontro artístico com Takao Kusumo. Romance de D. Mariana é remontagem do espetáculo criado a partir do romance épico também conhecido pelos nomes de D. Carlos, Conde Claros e Conde de Montalvar, com música tradicional de Algarve, dia 14/11. Lecture Demostration: Espirituais Negros, Helen Tamiris, no dia 16/11, que inicialmente fala de Helen Tamiris como artista de sua época e em seguida o público dança o solo, finalizando com a apresentação de Holly Carvell.
Kuarup ou a Questão do Índio e Stagium Dança Adoniran, no dia 20 e 21/11, é um programa duplo que inclui a remontagem de Kuarup (1977), espetáculo que propõe uma reflexão sobre o momento delicado que os povos originários atravessam. Na sequência, as coreografias dão vida a muitas personagens da cidade de São Paulo, criadas pelo compositor Adoniran Barbosa.
Nos dias 28 e 29/11, Praia da Almas, com Paracuru Cia. de Dança, traz uma metáfora sobre a memória, com a conexão dos ventos, a percepção do movimento da areia, sobre um passado que jamais será revelado, numa coreografia arqueológica, um balé atual e instigante. Nos dias 30/11 e 01/12, O Coletivo Maré House apresenta Na Terra em que o Mar não Bate, não Bate meu Coração, a pesquisa desenvolvida no trabalho faz parte de uma imersão dentro de danças afrodiaspóricas estadunidenses, como o house e o locking. Parte-se de duas movimentações essenciais dessas danças: o Tom & Jerry e o Jack, como fundamentos corporais para a improvisação.
Confira os detalhes da programação:
[dança] Manapa
Dia 02/11, sábado, 17h. Livre. Duração: 60 min. Praça coberta. Grátis
Em Manapa, a Cia Danças Claudia de Souza abre caminho para uma nova
forma de experimentar não só a cena, mas sobretudo o processo criativo.
Manapa é uma palavra em sânscrito que significa “estado de alegria”. Neste
espetáculo, investigamos a alternância dos estados de existência, como se
estivéssemos experimentando outro mundo ¿ um mundo que não existe
aqui e agora, mas que transita em espaços paralelos constantemente,
dependendo da qualidade de energia que se manifesta no corpo. A consciência em expansão serve como combustível para a percepção de novas formas de
criar, mover afetos e danças. A proposta é praticar esses novos estados e se entregar profundamente ao trânsito entre diferentes estados de existência e
de consciência. Dançar em plena conexão consigo mesmo, com o outro e com o todo. MANAPA é, portanto, estar em um estado de entusiasmo ¿ a sensação
de alegria experimentada primeiramente pelo corpo. É um estado corporal que se alcança também através da dança e da conexão profunda com as várias
dimensões da existência.
Ficha Técnica:
Concepção, direção e coreografia – Claudia de Souza
Assistência executiva – Miriam Cruz
Elenco – Laís Cruz e Marcelino Dutra
Aprendiz – Mariana Franca
Edição de trilha sonora – Clara Portela
Fotos – Miriam Cruz
Iluminação – Décio Filho
Produção e Administração – Associação Corpo Rastreado
Duração – 45m
Faixa etária – Livre
Apoio – Espaço Steps
[dança] Trio A – Lecture-Performance
Dia 06/11, quarta-feira, 20h. 16 anos. Duração: 60 min.
Ingressos: R$50 (inteira), R$25 (meia entrada) e R$15 (credencial plena) através do aplicativo Credencial Sesc SP ou nas bilheterias das Unidades
Coreografia expandida precedida de leitura/demonstração prática/teórica, com contextualização histórica e projeção de trechos de vídeos históricos/atuais relacionados ao Trio A. Com Júlia Abs.
[dança] Dança Macabra
Dia 12/11, terça-feira, 20h. 16 anos. Duração: 60 min.
Ingressos: R$50 (inteira), R$25 (meia entrada) e R$15 (credencial plena) através do aplicativo Credencial Sesc SP ou nas bilheterias das Unidades
Performance solo criada a partir de reflexões acerca das representações do macabro, da morte e da sobrevivência. Um processo de investigação de diferentes formas de resistência e expressão frente a morte ou à mortificação de algo. Um cubo que se mexe sozinho, uma mulher que desaparece, ou o pássaro negro da bruxa que agora anda solto pelo mundo, sem ter mais um ombro onde pousar.
Ficha técnica:
Concepção, criação e performance: Laura Samy
Interlocução artística: Renato Linhares
Cenografia: Antônio Pedro Coutinho e Laura Samy
Iluminação: Tabatta Martins
Produção: Nathalia Fajardo
Fotos e vídeo: Carol Pires e Renato Mangolin
Programação visual: Cristian Proença
Apoio: Escola de Cinema Darcy Ribeiro e PROEXC/Unirio
[dança] O que move – Dança para Takao com Key Sawao
Dia 13/11, quarta-feira, 20h. 14 anos. Duração: 60 min.
Ingressos: R$50 (inteira), R$25 (meia entrada) e R$15 (credencial plena) através do aplicativo Credencial Sesc SP ou nas bilheterias das Unidades
Em 2023, a companhia Key Zetta e cia, dirigida por Key Sawao e Ricardo Iazzetta, desenvolveu o projeto e experimento cênico “Coisa que move – danças para Takao”
A partir do impulso do afeto, de memórias, e “herança artística” nos corpos, se lançou em um diálogo com a experiência vivida através dos diretores da Key Zetta e cia. com o artista Takao Kusuno, para desembocar em um afluente de atualizações, intensidades corporais e escritas de movimentos.
Agora é a artista Key Sawao, que a partir desta experiência, se lança na criação do solo-performance, ainda sem título. O processo de pesquisa e artístico, aborda questões como herança artística, atualização de memórias corporais e reverencia ao encontro artístico comTakaoKusuno(1945-2001), artista que contribuiu com a cena da dança e teatro nos anos 90.
Direção geral, concepção, dramaturgia e dança: Key Sawao
Assistência de Direção: Ricardo Iazzetta
Espaço Cênico: Hideki Matsuka
Produção Corpo Rastreado
[dança] Romance de D. Mariana
Dia 14/11, quinta-feira, 21h. 16 anos. Duração: 20 min.Grátis
Retirada de ingressos 1 hora antes do espetáculo
Ancestral, arcaico, arquetípico. Dona Mariana entra em cena carregando seis cadeiras, três em cada braço, gira com elas. A seguir as dispõe no espaço como se preparasse um tribunal. Senta-se na primeira delas e inicia a dança, como se estivesse frente à uma roca de fiar. Lembra a música dos povos do norte da África. Romance épico, de assunto carolíngio, com várias versões, é também conhecido sob os nomes de, entre outros, D. Carlos, Conde Claros e Conde de Montalvar. É música tradicional portuguesa, da região do Algarve.
Concepção, Coreografia, Cenário, Figurino: Célia Gouvêa
Dançado por: Letícia Tadros
[dança] Lecture Demonstration: Espirituais Negros
Dia 16/11, sábado, 17h. Grátis. 16 anos. Duração: 60 min.Grátis
Retirada de ingressos 1 hora antes do espetáculo
Apresentação aberta ao público, organizada por Holly Cavrell, que inicialmente apresenta Helen Tamiris e o contexto de sua época. Em seguida, os participantes do workshop dançam o solo Go Down Moses (1932), finalizando com a apresentação de Holly Cavrell.
[dança] Kuarup ou a Questão do Índio e Stagium Dança Adoniran
Dia 20/11, quarta-feira às 18h. Quinta-feira, 20h. Teatro.12 anos.
Ingressos: R$50 (inteira), R$25 (meia entrada) e R$15 (credencial plena) através do aplicativo Credencial Sesc SP ou nas bilheterias das Unidades
A remontagem de “Kuarup” (1977) neste momento é de suma importância não somente para o movimento de dança no país, mas sim para refletimos sobre o momento delicado que os povos originários atravessam, tanto nas demarcações das terras como no detrimento de suas identidades. As coreografias de Décio Otero dão vida a muitas personagens da cidade de São Paulo criadas pelo compositor.
Ficha Técnica:
Kuarup (1977)
Coreografia: Décio Otero
Direção teatral: Marika Gidali
Músicas originais do Alto e Baixo Xingú
Christoph Gluck
Figurinos: Clodovil Hernandes
Adereços: Claudio Tapeceiro
Adoniran (2010)
Coreografia: Décio Otero
Direção teatral: Marika Gidali
Músicas: Adoniram Barbosa
Figurinos: Marcio Tadeu
[dança] Praia da Almas
Dias 28 e 29/11, quinta e sexta-feira, 20h. Grátis. 60 min..Teatro. Livre.
Metáfora sobre a memória, traz a conexão dos ventos, a percepção do movimento da areia sobre um passado que jamais será revelado, coreografia arqueológica que encanta enquanto caça escombros e memórias da origem de Paracuru. Jorge Garcia se reuniu a um grupo de profissionais para produzirem um balé ousado, atual e instigante.
[dança] Na terra em que o mar não bate, não bate meu coração
Dia 30/11, sábado às 19h e 01/12, domingo às 18h30. Grátis.60 min.14 anos.
A pesquisa desenvolvida no trabalho faz parte de uma imersão dentro de danças afrodiaspóricas estadunidenses, como o house e o locking. Parte-se de duas movimentações essenciais dessas danças: o Tom & Jerry e o Jack, como fundamentos corporais para a improvisação. Ao final da apresentação um convite é feito ao público para construir junto com o elenco esse idioma coletivo do corpo-festa.
Sesc Santo Amaro
Rua Amador Bueno, 505, Santo Amaro, São Paulo (SP)
Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h às 21h30 | Sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h30.
Como Chegar de Transporte Público: 300m a pé da Estação Largo Treze (metrô), 900m a pé da Estação Santo Amaro (CPTM), 350m a pé do Terminal Santo Amaro (ônibus).
Acessibilidade: A praça dá acesso a todos os andares (subsolo | térreo | 1º pav. | 2º pav.) do prédio e aos espaços de atividades por meio de dois elevadores. A Unidade possui banheiros e vestiários adaptados para pessoas com mobilidade reduzida, espaço reservado no Teatro e conta com seis vagas especiais no estacionamento.