O retorno das cabines para os policiais, corredor ativo de segurança e doação de bicicletas para rondas ostensivas fazem parte das ações
A Avenida Paulista teve o maior número de roubos em dez anos, com 1.106 registros (média de 3 por dia); já os furtos (6.343) atingiram o segundo maior patamar histórico, atrás apenas de 2019, último ano pré-pandemia, com mais de 7,5 mil ocorrências, segundo números divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Além de conversas diárias com o poder público, Livio Giosa, presidente da Associação Paulista Viva ponta as ações realizadas pela APV como retorno das cabines, corredor ativo de segurança e doação de bicicletas para a PM estão entre as ações para melhorar e ampliar a segurança na região.
Os dados da Secretaria de Segurança Pública, apontam que o 4° Distrito Policial da Consolação, que atende a região da Avenida Paulista, registrou uma alta de 85% de furtos na região comparado ao mesmo período do ano passado. “Há 15 anos, a APV promoveu a instalação em toda a extensão da Avenida mais de 30 cabines de segurança, com o objetivo de trazer mais segurança para quem trafega pela região. O tempo passou e com a questão da mobilidade, a Polícia Militar resolveu acabar com esse projeto e agora debatemos insistentemente com a autoridades com a Polícia Militar e com a Guarda Civil Metropolitana a possibilidade de reinstalar as cabines de segurança em vários pontos da avenida”, pontuou Livio.
Os números da Secretaria de Segurança Pública também apontaram que, depois da pandemia, um em cada três crimes acontece nas proximidades do Masp – Museu de Arte de São Paulo. No ano passado, 42,3% dos casos se deram a, no máximo, 350 metros do prédio histórico – em 2019, menos de um terço das ocorrências (30,9%) se concentrava por ali. Mas os crimes seguem sendo cometidos em outros locais, como nos encontros da avenida com a Consolação e a Augusta.
Na maioria das vezes, os crimes são cometidos por pequenos grupos, com menores de idade como integrantes. A ação ocorre tanto a pé quanto com a utilização de bicicleta. “Os criminosos aproveitam da não percepção dos turistas, para atacá-los. Outro ponto em que também acontecem os crimes é a região da Rua Augusta e da Rua Padre João Manoel que têm a proximidade com hotéis e com grande fluxo de pessoas. Pela facilidade de se misturar na multidão, os criminosos costumam atuar em trechos mais cheios da avenida. Na outra ponta que é a Praça Oswaldo Cruz também ocorrem roubos e furtos, já que há grande concentração de espaços culturais que são muito visitados”, diz Livio.
O presidente Ligio Giosa lembra que, no final do ano passado, foi realizada uma doação de 20 bicicletas para a Polícia Militar. “As bikes foram doadas totalmente equipadas para que a PM pudesse realizar as rondas preventivas na ciclofaixa, já que os criminosos utilizam bicicletas e também atuam em outros pontos da avenida”, pontuou.
Corredor Ativo de Segurança
Expandir a segurança na via mais famosa do país é a proposta do programa “Corredor Ativo de Segurança” e está entre as metas da Associação Paulista Viva em conjunto com as demais entidades da segurança pública. “A iniciativa irá operar com o Centro de Operações da Polícia Militar e a Polícia Civil do Estado de São Paulo, que irá compartilhar as imagens de câmeras de 24 horas de videomonitoramento, captadas pela empresa com os órgãos policiais, quando solicitadas”, finalizou Giosa.
Sobre a Associação Paulista Viva (APV)
A Associação Paulista Viva (APV) é uma organização da Sociedade Civil de interesse Público e sem fins lucrativos que trabalha pela melhoria da qualidade de vida, preservação, segurança e valorização da região da Avenida Paulista. Seu trabalho consiste em estimular ações de relevância social e incentivar a cultura e a arte em todas as suas manifestações, contribuindo para a conservação e o enriquecimento do patrimônio histórico e cultural da região e da cidade de São Paulo. Em 2021, a APV lançou durante o Fórum de Sustentabilidade “Caminhos para a Transformação das Cidades”, o programa Av. Paulista Sustentável, projeto de sustentabilidade que consiste na criação do Distrito Sustentável Local e envolve a iniciativa privada, poder público, sociedade civil e entidades para criar metas de redução de emissão de carbono na Av. Paulista, com indicadores para atuar em cinco grandes vertentes: eficiência energética, uso racional de água, destino final dos resíduos eletroeletrônicos, mobilidade, a poluição do ar e a educação ambiental. Lançou também, durante o “Fórum Tecnologia & Urbanidade: Inovação Transformando as Cidades”, o projeto Sou Mais Av. Paulista, para incentivar o consumo na região.