Preparadores de alta performance do jogador, aconselham que ele antecipe sua volta à Inglaterra
A tentativa de assalto sofrida pelo jogador do Tottenham Emerson Royal, na madrugada desta sexta-feira (4), na saída de uma discoteca em Americana, São Paulo, foi notícia em jornais não apenas do Brasil, mas também da Espanha, Inglaterra, Portugal, México e muitos outros, colocando novamente o Brasil como um país perigoso e violento.
O jogador foi confraternizar com a família e amigos, aproveitando suas férias na cidade onde mora, ao sair, foi reconhecido por um segurança que pediu para tirar foto com ele e se disponibilizou para ir até seu carro acompanhando. Próximo ao carro, um assaltante queria o relógio do jogador e outros bens materiais, a ação resultou em 29 tiros, colocando em risco a vida do lateral mais caro da história do país.
Emerson Zulu, seu empresário, agradeceu a presença do segurança e comentou sobre a possibilidade de antecipar a volta para a Inglaterra.
“Royal não bebe, quando era ainda de madrugada já queria ir para casa descansar. Foi tudo muito rápido, o assaltante parecia nervoso. É complicado pois não sabemos o estado da pessoa e qualquer reação errada pode ser fatal. Todos nos esquivamos e tentamos ajudar um ao outro no meio do tiroteio. Fico feliz por ninguém ter sofrido danos maiores e agradeço ao segurança por estar presente e se arriscar por nós.”
Zulu que também é empresário dos jogadores Renier, dos Santos e Vitão, do International, disse ter se reunido com sua equipe de preparação mental e alta performance esportiva, o neurocientista Dr. Fabiano de Abreu Agrela e o psicanalista a especialista em alta performance Lincoln Nunes, que sugeriram a antecipação da volta de Royal para a Inglaterra.
“Todos os meus jogadores têm uma equipe completa desde nutricionista à preparadores mentais para alta performance. E gosto sempre de consultá-los. Neste domingo temos um jogo beneficente e depois um programa de TV para falar sobre o ocorrido e carreira. Depois, vou definir qual a data do seu retorno que será sim, antecipado.”
Lincoln Nunes, especialista em alta performance e parte da equipe disse que “o Royal está bem, ele sabe lidar muito bem com situações de alto impacto emocional, pois esse é um dos trabalhos que fazemos.”
Para o doutor Fabiano de Abreu Agrela, neurocientista, mestre em psicologia e biólogo, a volta antecipada dele não é pelo medo em si, mas para uma adaptação, concentração e redução dos danos.
“O Tottenham está em um bom momento e o Royal está muito bem. Aqui na Europa, recebemos elogios de pessoas do futebol e uma admiração pelo seu grande talento. Há um linear, uma homeostase que não vale a pena ser quebrada. Royal vai estar numa ação beneficente neste domingo. Ele é solidário, ajuda a comunidade e essa empatia faz bem para este equilíbrio. Penso que a concentração e o cérebro moldado para os objetivos, ajudam numa melhor performance. Agora é usar o acontecimento como propulsor para a sua evolução e desenvolvimento. Quando recebemos mais uma “chance” na vida, evoluímos, nos desenvolvemos, ganhamos maturidade.” disse o PhD.