A convite do Teatro Poeira, companhia paulistana volta ao Rio para ocupar o Teatro Poeirinha a partir de 30 de maio com dois espetáculos-solo que fizeram carreiras de sucesso em São Paulo, criados a partir de obras de Guimarães Rosa (1908-1967), Marina Colasanti, Nelson Coelho (1928-2014) e Giorgio Manganelli (1922-1990)
A HORA E VEZ
. do conto “A Hora e Vez de Augusto Matraga”, de João Guimarães Rosa
. considerada pela Veja SP uma das dez melhores peças em 2014, 2015 e 2016
. direção de Antonio Januzelli
. adaptação e atuação de Rui Ricardo Diaz
COMO TODOS OS ATOS HUMANOS
. a partir das obras de Marina Colasanti, Nelson Coelho (1928-2014) e Giorgio Manganelli (1922-1990)
. Vencedora do prêmio de Melhor Performance no RJ em 2020 (Teatro Hoje)
. direção de Rui Ricardo Diaz
. dramaturgia e atuação de Fani Feldman
Interrompidas (pela pandemia) em março de 2020, as duas peças já começavam a repetir o feito no Rio de Janeiro:
“A hora e a vez de um ator extraordinário. (…) Se o objetivo do protagonista do conto era conquistar um tom e timbre novos, uma linguagem pessoal e intransferível para sua existência, pode-se afirmar que o ator Rui Ricardo Diaz, também responsável pela adaptação do texto para o palco, o realiza heroicamente. Sem dúvida, trata-se de uma das traduções mais felizes e poéticas da linguagem do autor para a cena.”
Sobre A HORA E VEZ, por Patrick Pessoa, O Globo, temporada RJ
“O resultado é uma obra-prima (…) Fani, no palco, é uma festa: transmuda-se para outra região da alma onde tudo é possível; pratica metamorfoses vertiginosas; insurge-se contra o destino e consegue valer-se como mulher, como artista, como ser humano. Sua voz é a voz de todas as mulheres que se viram impotentes diante de um patriarcado insolente e hipócrita e resolvem agir por conta própria”
Sobre COMO TODOS OS ATOS HUMANOS, por Furio Lonza, Teatro Hoje, temporada RJ
A HORA E VEZ
ESTREIA: dia 30 de maio (5ªf), às 20h
Teatro Poeirinha – R. São João Batista, 104 – Botafogo / RJ tel: 21 2537-8053
HORÁRIOS: 5ª a sab às 20h e dom às 19h / DURAÇÃO: 55 min / INGRESSOS: R$80 e R$40 (meia) / CLASSIFICAÇÃO: 16 anos / GÊNERO: drama / CAPACIDADE: 50 lugares / TEMPORADA: até 28 de julho
COMO TODOS OS ATOS HUMANOS
ESTREIA: dia 04 de junho (3ªf), às 20h
Teatro Poeirinha – R. São João Batista, 104 – Botafogo / RJ tel: 21 2537-8053
HORÁRIOS: 3ª e 4ª às 20h / DURAÇÃO: 55 min / INGRESSOS: R$80 e R$40 (meia) / CLASSIFICAÇÃO: 16 anos / GÊNERO: drama / CAPACIDADE: 50 lugares / TEMPORADA: até 24 de julho
Tendo sua temporada carioca interrompida pela pandemia em março de 2020, a Cia do Sopro volta, a convite do Teatro Poeira, para retomar sua dupla jornada ocupando de terça a domingo Teatro Poeirinha com dois espetáculos-solo que fizeram carreiras de sucesso em São Paulo e que já começavam a repetir o feito no Rio de Janeiro.
“A HORA E VEZ”
. de quinta a domingo
Criada a partir do antológico conto “A Hora e Vez de Augusto Matraga”, de Guimarães Rosa (1908-1967), a peça tem direção de Antonio Januzelli e adaptação e atuação de Rui Ricardo Diaz (um dos protagonistas da série “Impuros”, de Star+/Disney; atuou na segunda temporada da série “Segunda Chamada”, da TV Globo; interpretou o presidente Lula no filme “Lula, o Filho do Brasil”, de Fabio Barreto, pelo qual foi indicado pela ACIE como Melhor Ator).
“Guimarães captou como ninguém toda lógica comportamental e prosódica do homem dos interiores do país. Poder interpretar um dos personagens mais icônicos da nossa literatura é para mim, mineiro de nascença, migrante como tantos, a possibilidade de um reencontro com minha origem, minha gênese: o sertão brasileiro.”, comemora Rui Ricardo Diaz, ator e adaptador do texto.
SINOPSE
Depois de cair na emboscada liderada por Major Consilva, Nhô Augusto é dado como morto. Socorrido por um casal, consegue sobreviver. Quando se recupera, vai viver longe do Murici e decide dedicar sua vida ao trabalho, à penitência e à oração. Depois de anos de reclusão, no povoado do Tombador, decide partir. O destino o leva ao Arraial do Rala-Côco, onde o reencontro com o amigo e poderoso cangaceiro, Seu Joãozinho Bem-Bem, provoca nova reviravolta em sua vida.
HISTÓRICO
Sucesso de público e crítica, teve sua temporada prorrogada e recebeu críticas como a de Wellington Andrade, da Revista Cult: “O espetáculo-solo que Rui Ricardo Diaz e Antonio Januzelli conceberam a partir de tão denso material é de uma simplicidade formal espantosa e, paradoxalmente, de uma fecundidade teatral absolutamente sedutora (…) Fazendo uso muito expressivo de um texto que não imita o mundo, antes comporta o mundo em suas teias, Rui Ricardo Diaz inscreve seu nome no mesmo rol em que estão gravadas as atuações de Leonardo Villar e Raul Cortez”.
A peça fez sua estreia em maio de 2014 no SESC Ipiranga. Foi considerada pela Veja SP uma das dez melhores peças em cartaz em 2014, 2015 e 2016. Em 2015 foi contemplada com o Prêmio Zé Renato, realizando nova temporada em São Paulo. Em 2016, recebeu patrocínio via ProAc ICMS e no mesmo ano iniciou a terceira temporada.
Criada a partir das obras de Marina Colasanti, Nelson Coelho (1928-2014) e Giorgio Manganelli (1922-1990), com dramaturgia e atuação de Fani Feldman e direção de Rui Ricardo Diaz.
A peça trata de forma simbólica do ‘feminino’ refém do patriarcado, da violência explícita ou mesmo velada a que a mulher vem sendo submetida ao longo da história.
“Como Todos os Atos Humanos é para mim, mais do que minha própria voz em estado de grito. Um suspiro aliviado que me sai violento, brutal e inteiro.”, diz Fani Feldman, que recentemente atuou em MEDEA, de Mike Bartlett, com direção de Daniel Infantini.
SINOPSE
Filha relata ao público o seu crime, um parricídio. À medida que vai contando, ela deixa entrever agudos e finos traços de inteligência e sensibilidade, que ao mesmo tempo revelam o seu raciocínio lógico, mas também confundem, desarrumam, inquietam. Um simbólico extermínio do patriarcado e da opressão masculina exercida sobre a mulher.
A MONTAGEM
“Feldman também assina a dramaturgia e nos oferece uma atuação notável que, embora recorra à estética do grotesco, resiste aos clichês gestuais de personagens ‘loucos’”. (Folha de São Paulo)
Construída a partir de referências visuais dos pintores Francis Bacon, Edvard Munch e René Magritte, a peça se utiliza do tom vertiginoso, irônico e fantástico de Marina Colasanti, Nelson Coelho e Giorgio Manganelli para contar a história de uma filha que comete parricídio.
O espetáculo não busca a moral que apazigua, mas procura desvendar uma lógica para além de conceitos e/ou preconceitos. Obcecada por seu pai e por ele subjugada, ao cometer o ato, a personagem promove sua catarse e aniquila simbolicamente o patriarcado. O que a princípio poderia soar apenas cruel e absurdo, aos poucos é comparado a toda e qualquer busca por sobrevivência, compatível a todos os atos essencialmente humanos.
“Como Todos Os Atos Humanos” estreou em agosto de 2016, e em 2018 abriu a “Mostra Solos e Monólogos no CCBB” em São Paulo, além de apresentações no circuito SESC e no Itaú Cultural/SP.
FICHA TÉCNICA
Dramaturgia: Fani Feldman (a partir de Marina Colasanti, Giorgio Manganelli e Nelson Coelho) / Atuação: Fani Feldman / Direção: Rui Ricardo Diaz / Assistência de Direção: Plínio Meirelles / Preparação: Antonio Januzelli / Iluminação: Osvaldo Gazotti / Cenário e Figurino: Daniel Infantini / Fotos: Agueda Amaral e Yukio Yamashita / Arte Gráfica: Perkins T. Moreira / Idealização: Cia. do Sopro / Produção: QUINCAS (Fani Feldman e Rui Ricardo Diaz) / Produção Executiva: Bia Goldenberg / Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e StellaStephany
RUI RICARDO DIAZ
. ator de “A Hora e Vez” e diretor de “Como Todos Os Atos Humanos”
É um dos protagonistas da série Impuros (Star+/Disney), e filmará a sexta temporada em 2024. Faz parte do elenco principal de “Notícias Populares” (2023 Canal Brasil / Globoplay), além da série “Pedaços de Mim”, a ser lançada pela Netflix no segundo semestre de 2024. É protagonista do filme “5 Tipos de Medos”, com estreia também pra 2024.
O ator protagonizou filmes como “Lula, o Filho do Brasil”, “Aos Ventos Que Virão”, “De Menor”, premiado como Melhor Filme no Festival do Rio em 2013, “A Floresta Que Se Move”, “Blitz”, “SP: Crônica de uma Cidade Real”.
Integrou o elenco da novela da Globo “O Tempo Não Para” (2018), além das minisséries e séries “Supermax” (2016, Globo), “Rua Augusta” (2018, TNT), “Irmãos Freitas” (2019, Space), “Segunda Chamada” (2021, Globo) e “Sentença” (2022, Amazon).
No teatro, atuou em espetáculos como “Macário” (2004), “O Cobrador” (2006) “A Propósito da Chuva” (2010), texto de Fiódor Dostoiévski, com adaptação de Rui Ricardo Diaz e Paulo Fabiano, “O Anjo de Pedra” (2011), texto de Tennessee Williams, “Teorema 21” (2016). Foi dramaturgo e ator do espetáculo solo “A Hora e Vez” (2014-2021), considerado pelo Jornal O Globo como “Uma das traduções mais felizes e poéticas da linguagem de Guimarães Rosa para a cena” (crítica de março de 2020).
FANI FELDMAN
. atriz de “Como Todos Os Atos Humanos”
Formada pela Escola de Arte Dramática EAD–ECA-USP e pela Escola Livre de Teatro. No audiovisual, seu mais recente trabalho foi na série “IMPUROS” da Star+/ Disney, personagem Cleo, com direção de Renê Sampaio e Thomas Portella. No teatro, seus trabalhos recentes foram “MEDEA”, de Mike Bartlett, com direção de Daniel Infantini; “Insones”, direção de Kiko Marques; “Hotel Mariana”, direção de Herbert Bianchi (indicado ao prêmio Shell 2017); “Como Todos os Atos Humanos”, da Cia. do Sopro, com direção de Rui Ricardo Diaz; “O Burguês Fidalgo”, com direção de Hugo Possolo; “O Anjo de Pedra”, direção de Inês Aranha, entre outros.
ANTONIO JANUZELLI
. diretor de “A Hora e Vez” e preparador de “Como Todos Os Atos Humanos”
Professor de teatro da EAD/ECA – USP desde os anos 70, pesquisa o trabalho do intérprete no processo que desenvolve há mais de 20 anos, o “Laboratório Dramático do Ator”.
Autor dos livros “Aprendizagem do Ator” Ed. Ática/SP e “Práticas do ator – Relatos de mestres”, este último a ser editado, Januzelli já publicou diversos artigos em importantes revistas e ministrou cursos no Brasil e no exterior. Formou-se em Direito pela PUC – Campinas em 1966, como ator pela Escola de Arte Dramática – USP em 1970 e fez Mestrado e Doutorado em Teatro pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo entre 1984 e 1992. Entre os tantos trabalhos que dirigiu em teatro, destaque para o espetáculo “O Porco”, de Raymond Cousse, indicado ao prêmio Shell de melhor ator em 2005; “Um segundo e meio”, de Marcello Airoldi; “Fogo-Fátuo”, de Samir Yazbek; “Querido pai”, a partir de Carta ao Pai, de Franz Kafka; “De Verdade”, de Sandor Marai; “Se eu fosse eu”, a partir de textos de Clarice Lispector; “Boa Noite, Boavista”, de Eduardo Mossri.
A CIA DO SOPRO
A Cia. do Sopro, fundada por Fani Feldman, Rui Ricardo Diaz e Antonio Januzelli, nasceu com o espetáculo “A Hora e Vez”, adaptação de “A Hora e Vez de Augusto Matraga”, de Guimarães Rosa, por meio do “Laboratório Dramático do Ator”, pesquisa de mais de 30 anos de Januzelli. O trabalho teve sua estreia no SESC Ipiranga/SP, em 2014.
A segunda peça da Cia. do Sopro, “Como Todos os Atos Humanos”, contou com a chegada de Plínio Meirelles e fez sua estreia em agosto de 2016 no Teatro do Núcleo Experimental. Em 2018, os dois trabalhos abriram e fecharam a Mostra “Solos e Monólogos no CCBB” e seguiram suas trajetórias passando por lugares como Itaú Cultural (Av. Paulista), SESC São José dos Campos, SESC Taubaté, entre outros.
Em 2020, entraram em cartaz no Teatro Poeirinha, no Rio de Janeiro, mas a temporada foi interrompida pela pandemia. Em 2021, a Cia do Sopro iniciou o projeto MEDEA, de Mike Bartlett, com direção de Zé Henrique de Paula. Realizou curtíssima temporada no Teatro do Sesc Pompeia. Por conta da pandemia, finalizou essa primeira edição com uma versão audiovisual do espetáculo. O período pandêmico também contou com uma mostra online, onde foram veiculados os três espetáculos da Cia. em suas versões audiovisuais.
Em 2024, MEDEA, agora dirigida por Daniel Infantini, estreou na Vila Maria Zélia (sede do grupo XIX de Teatro), realizando uma longa temporada com 26 apresentações. Essa montagem marca uma nova fase da Cia, com a chegada dos atores Bruno Feldman, Daniel Infantini, Juliana Sanches e Maristela Chelala. Após essa temporada de sucesso em SP, Medea seguiu para o DF, para apresentações na Caixa Cultural de Brasília.
Finalmente, ainda em 2024, a convite do Teatro Poeira, A Cia. do Sopro retoma sua dupla jornada (antes interrompida), ocupando de terça a domingo o Teatro Poeirinha com seus dois espetáculos-solo que fizeram carreiras de sucesso.