Mauricio Lopes
Há séculos, desde a chegada das oliveiras trazidas pelos portugueses, tentamos cultivar seus frutos em várias regiões do Brasil, chegando a acreditar que as olivas não vingariam em nossas terras devido às características de clima e solo. Mas hoje, enfim, podemos dizer, cheios de orgulho, que vencemos esse saboroso desafio.
Desde 2008 produzimos azeite extravirgem oficialmente no Brasil e a todo momento chegam notícias de que mais um azeite brasileiro acaba de ganhar um prêmio importante pelo mundo.
Sabemos que o azeite Sabiá, produzido em Santo Antônio do Pinhal, na Serra da Mantiqueira, é um dos mais premiados em diversos concursos internacionais, figurando na lista dos 10 melhores do mundo, que saiu em abril de 2022. O azeite extravirgem Arbequina, da Milonga, produzido em Triunfo, Rio Grande do Sul, foi eleito o melhor do hemisfério Sul no EVO IOOC Italy 2022.
O Azeite Irarema 2h, produzido na Fazenda Irarema, no município paulista de São Sebastião da Grama, conquistou a medalha de ouro também no EVO IOOC Italy 2022.
Atualmente, há plantio de oliveiras nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, ainda em áreas reduzidas, mas que estão mudando o consumo do azeite no Brasil, trazendo pesquisa, tecnologia e muita dedicação na tentativa de colocar o país como referência no mapa mundial dos azeites.
Já temos entidades como a ASSOOLIVE, que reúne mais de 40 produtores das serras da Mantiqueira e da Bocaina, que estudam criar um selo de qualidade para a região, valorizando as características propiciadas por esses biomas. É claramente um movimento para preservar a qualidade do produto local, já reconhecida pela gastronomia brasileira.
Em 2019, a Universidade Presbiteriana Mackenzie, através de uma parceria com o curso de Tecnologia em Gastronomia, sediou o primeiro Concurso Internacional de Azeites no Brasil promovido pelo IOOC. Participaram mais de 95 marcas de Azeites de 8 países e o Brasil já estava presente apresentando ótimos resultados. Esse concurso foi um prenuncio do que estamos vivendo atualmente, com expressiva quantidade de azeites reconhecidos pelo público local e pelos especialistas internacionais.
Mauricio Lopes atua como docente na Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) nos cursos de graduação, pós-graduação e de educação continuada, é chef formado em Gastronomia e Eventos e complementou sua formação com cursos no Culinary Institut of America, no Institut Paul Bocuse, na Universidad Peruana de Ciências Aplicadas e em oficinas na Catalunha (azeites) e na Itália (panificação). Também trabalha com consultoria, treinamento e planejamento de eventos.
Sobre a Universidade Presbiteriana Mackenzie
A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) está na 71a posição entre as melhores instituições de ensino da América Latina, segundo a pesquisa Times High Education 2021, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação. Comemorando 70 anos, a UPM possui três campi no estado de São Paulo, em Higienópolis, Alphaville e Campinas. Os cursos oferecidos pelo Mackenzie contemplam Graduação, Pós-Graduação, Mestrado e Doutorado, Pós-Graduação Especialização, Extensão, EaD, Cursos In Company e Centro de Línguas Estrangeiras.