Toda grande cidade merece ter um bom restaurante com aquela vista especial para a sua melhor paisagem, não é? Pois agora São Paulo pode dizer que tem um espaço assim, para a gente “comer com os olhos”, mas não só com eles: o Vista Restaurante está na cobertura do prédio projetado por Oscar Niemeyer nos anos 50 e que hoje abriga o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC–USP). Lá do alto, é possível ter uma incrível visão panorâmica do verde do Parque Ibirapuera, do Obelisco dos Heróis da Revolução de 32, do Pavilhão da Bienal, da Oca, do Auditório Ibirapuera, do Instituto Biológico e do skyline da metrópole.
O restaurante faz parte de um complexo gastronômico Vista Ibirapuera que ocupa vários espaços do Museu. No mezanino funciona o Vista Café, que de terça a domingo durante o dia serve comidinhas saudáveis, e no almoço do meio dia às 16h tem o Convescote – sugestão completa com três opções de entrada, prato principal e sobremesa (R$ 35 a R$ 65 –vegetariana, carne ou peixes/frutos do mar. Aos domingos, o Vista Café oferece um delicioso brunch. No rooftop fica o Vista Restaurante, o Bar Obelisco e, com inauguração prevista para o próximo semestre, o Bar do Mar, um raw bar com foco em frutos do mar. Essa iniciativa toda é capitaneada pelo grupo Indústria de Entretenimento, de Leo Sanchez, Eduardo Papel, Jairo Chansky, Walace Giuzio e Felipe Bellim, que também são os proprietários de outros empreendimentos na cidade, como o bar Rey Castro, o pub The Sailor e a lanchonete e steakhouse Sailor Burger.
Além de pinturas de Picasso, Tarsila, Kandinsky, DiCavalcanti e Modigliani, esculturas de Alexander Calder, Maria Martins e Henry Moore e instalações de Joseph Beuys e Leda Catunda, o museu agora também atrai visitantes interessados em conhecer as deliciosas obras de arte comestíveis criadas pelo talentoso chef paranaense Marcelo Corrêa Bastos, conhecido pela qualidade e pela criatividade das receitas que serve desde 2012 em seu outro restaurante paulistano, o Jiquitaia. Ele se associou aos empresários do grupo Indústria de Entretenimento e atua como sócio e coordenador da parte gastronômica de todo o complexo Vista Ibirapuera.
“O Vista é um restaurante de comida brasileira. Dispenso o rótulo de comida brasileira contemporânea porque meu trabalho é muito calcado nas tradições. Mas não é por isso que eu me privo de fazer releituras de pratos típicos e incluir toques autorais em clássicos da culinária brasileira”, avisa Marcelo que, aos 36 anos, tem como mantra a simplicidade, o respeito aos ingredientes e o rigor na execução das receitas.
Exemplos de pratos “intocados” são a moqueca capixaba de peixe e camarão, e a feijoada exclusiva dos almoços de sábado e o leitão a pururuca dos almoços de domingo, sugestões além do nosso cardápio e que começam no mês de maio. Outras receitas foram aprimoradas, como pato no tucupi (R$ 99): ele é composto pelas carnes da ave (um magret mal passado e uma coxa confitada) servidas sobre um leito de verduras refogadas (jambu, chicória, agrião, coentro e espinafre) e, à parte, uma molheira com o tucupi para cada cliente adicionar de acordo com a sua preferência.
Boas pedidas do cardápio são também o frango desossado com quirera de milho e legumes (R$ 62) e a copa lombo suína com redução de caldo de suã, batatas doces e hortaliças (R$ 68). Para quem não quer nada com proteína animal, Marcelo criou os raviólis veganos em caldo de cogumelos (R$ 62), com massa feita unicamente de farinha e água e recheados de abóbora, batata-doce e pamonha de milho.
Para os que quiserem apenas beliscar, o cardápio oferece gostosos petiscos, ideais para serem compartilhados, como as croquetas de pupunha com maionese de pimenta de cheiro (R$ 29), os bolinhos de siri com salada de ervas frescas (R$ 31) e o tempurá de cambuquira (broto de chuchu, abóbora ou abobrinha) com milho verde e pimenta jiquitaia (R$ 29).
De sobremesa, o chef desenvolveu sugestões como a terrine de chocolate com calda de caramelo e compota de laranjinha kinkan (R$ 25), a torta de caramelo com sorvete de castanha do Pará (R$ 28) e a pavlova com curd de limão e sorvete do cambuci (R$ 25).
A carta de drinques é assinada pelo mixologista baiano Laércio Silva, conhecido como Zulu, campeão do World Class Diageo Brasil em 2014, integrante do júri que elege os 50 melhores bares do mundo e especialista na utilização de ingredientes genuinamente brasileiros nas receitas de seus coquetéis autorais. “A proposta aqui no Vista é que a coquetelaria siga os moldes da gastronomia, com brasilidade, simplicidade e esmero. Desenvolvi drinques inspirado nas minhas raízes regionais, colocando em destaque elementos como a cachaça e frutas como o umbu e o cambuci”, conta Zulu, que já participou de cursos sobre irish whiskeys na Irlanda, de workshops sobre gins na Inglaterra e ainda produz uma linha exclusiva de bitters artesanais.
Para o bar do Vista, ele criou seis drinques, entre eles o Sertanejim (que mistura cachaça Leblon, pitaya vermelha, mix de especiarias, suco de limão e mel, finalizado com chips de mandioca e um coquinho de licuri – R$ 28,90), o Mangadinha (feito com gim, purê de manga, cardamomo, água gaseificada, suco de limão, laranja Bahia e um raminho de endro dill – R$ 31,90) e o Umbu Sour, elaborado com cachaça Leblon, compota de umbu, clara de ovo e suco de limão (R$ 29,90)
Para quem preferir bebidas sem álcool, as sugestões da casa são os sucos de frutas também bem brasileirinhas (R$ 12, cada), como o de maracujá com manga, o de acerola com laranja, o de caju, o de cajá, o de graviola e o de cupuaçu.
Para emoldurar todas essas gostosuras, o projeto arquitetônico foi desenvolvido por Felipe Protti, do atelier Prototyp&. Sem fazer grandes intervenções e respeitando a obra original de Niemeyer, Felipe buscou elementos dos anos 50 e 60, aplicando influências e proporções vintage, explorando acabamentos e tecnologias atuais, agregando referências modernas e com identidade bem brasileira.
Dessa forma, o restaurante, o lounge e o bar receberam cadeiras, mesas, luminárias e acessórios desenhados por Felipe, que criou ambientes neutros e elegantes, com tons de branco e off-white. Nas paredes e nos pisos, usou ladrilhos hidráulicos com volumetria, conduziu iluminação indireta e separou os diferentes recintos com uma parede de elementos vazados. “O resultado disso tudo foi o surgimento de um novo e surpreendente espaço para a cidade”, celebra o arquiteto.
O Vista Ibirapuera ocupa todo 8º andar do Museu – uma cobertura com mais de 2.400 m² de área. Só o terraço tem mais de 1.400 m², e é ideal para confraternizações, casamentos e eventos corporativos.
Resumindo, a proposta do Vista Ibirapuera não é ser um local para a gente simplesmente “comer com os olhos”. Ele foi concebido para ser uma evolução do mero cartão postal, do lugar-pavê: é pra ver, pra comer, pra beber, eventualmente pra dançar e – sempre – para você se divertir e curtir bons momentos num ambiente muito mais do que apenas bonito e agradável!
VISTA IBIRAPUERA
Avenida Pedro Álvares Cabral, 1.301, Ibirapuera, tel. 11 97382-7261.
Acesso pelo portão principal do Museu de Arte Contemporânea (MAC-USP).
Instagram: @vista_ibirapuera
Telefone : 5082-3067
Reservas e informações – contato@vistasaopaulo.com.br
Estacionamento: gratuito (capacidade para 200 carros)
Horários de funcionamento
Restaurante Vista – terças à sábado – 19h à 0h
Vista Café – terças-feiras, das 9h30 às 21h30; de quarta a domingo, das 9h30 às 18h30.
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