Para harmonizar, a dica da casa é a nova carta de caipirinhas com ingredientes nacionais, elaborada pelo barman da casa, Ray Sousa. O menu traz opções aromáticas e refrescantes como: Caipitanga Refrescante (pitanga, cachaça orgânica, hortelã e gelo de garapa), Caipirinha do Sítio (cachaça, caju com mexerica) e a Caipira do Engenho (cachaça, limões cravo, siciliano e Taiti com mel de engenho). Todas a R$ 29 e preparadas com a cachaça orgânica Yaguara.
São Paulo: virando virado
A cozinha bandeirante surgiu espontaneamente para alimentar os membros das entradas, bandeiras e monções. Para rechear os farnéis e marmitas dos viajantes, a comida precisava durar. Em suas expedições, eles carregavam, além das armas, farnéis repletos de feijão cozido, normalmente sem sal, para não endurecer, farinha de milho, carne-seca e toucinho. Com o chacoalhar da andança de cavalo, ao abrir o guardanapo para a refeição, os ingredientes ficavam virados ou revirados (daí o nome do prato e a base dos cuscuzes paulistas). Comiam frio ou aquecido.
O virado paulista pode ter pequenas variações, mas tem de seguir a fórmula de sucesso: feijão cozido em cebola, alho e gordura; acrescido de sal e um pouco do próprio caldo do feijão ou de água; misturado com farinha de milho ou de mandioca; e servido acompanhado de bisteca ou costela suína; banana empanada e frita; ovo estrelado (aquele com a gema mole); couve cortada em tiras e arroz branco. Protagonista do almoço dos paulistanos às segundas-feiras, o virado à paulista passou a ser, neste ano, oficialmente um patrimônio imaterial do Estado de São Paulo e tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Governo do Estado de São Paulo (Condephaat).
Salvador: raízes africanas e dendê
Uma das maiores contribuições dos africanos foi o dendê. Utilizando a polpa do dendezeiro (palmeira que se adaptou muito bem em solos brasileiros), é possível produzir o seu azeite, que dá cor, sabor e aroma a muitas receitas baianas. No Festival Brasileirinho da Mercearia estão o vatapá, a moqueca e o bobó. A moqueca representa a síntese das culinárias que formaram o Brasil: os índios mostraram os ingredientes (peixes, mandioca), os negros trouxeram os temperos (dendê, leite de coco) e os portugueses as técnicas de cozimento e as panelas de barro. A Mercearia do Conde inova com uma versão vegana de moqueca preparada com banana-da-terra, além dos fumegantes temperos tradicionais, como leite de coco e azeite de dendê. Festival que celebra essa saborosa fusão de culturas e sabores.
Sobre a Mercearia do Conde:
Criada em 1991, a Mercearia do Conde era originalmente uma mercearia e vendia mantimentos a granel, queijos, cereais e massas. A colorida casa de esquina na Joaquim Antunes, no coração do Jardim Paulistano, zona oeste de São Paulo, ainda guarda resquícios do antigo armazém, com azulejos brancos e objetos pendurados pelo teto. Fadas e trapezistas parecem voar pelo ambiente lúdico e acolhedor. Quadros, relicários, sacolas de feira e artesanato variado estão por todos os cantos. Pelo cardápio, também há a preocupação com essa viagem gastronômica e sensorial. Pelo menu variado da restauratrice Maddalena Stasi, há preferência pela culinária brasileira, com viagens pela Bahia, como vatapá, bobó de camarão e moqueca vegana de banana-da-terra; por São Paulo, com pasteizinhos caipiras e virado, sem abrir mão das massas artesanais e de sotaques picantes e orientais. Ingredientes que fazem com que cada visita ao restaurante seja uma nova e colorida viagem.
Serviço:
Mercearia do Conde
www.merceariadoconde.com.br
Rua Joaquim Antunes, 217 – Jardim Paulistano
CEP: 05415-010 – São Paulo – SP
Tel. 11 3081-7204
Capacidade: 110 lugares
Horário de funcionamento:
De segunda a quinta, das 12 às 16h para almoço e das 19h às 23h30 para jantar. Sexta: das 12h às 0h30, sem intervalo. Sábado: das 12h30 às 0h30, sem intervalo. Domingo: das 12h30 às 23h, sem intervalo. Abre todos os dias.
Almoço executivo: de segunda a sexta, R$ 59 (3 tempos). Só o prato principal, R$ 42.
CC: Amex, MasterCard, Visa, Diners
CD: Visa Electron, Red Shop, Maestro.
Não tem área para fumantes. Aceita cheques.
Faz entrega em domicílio pelo telefone: 11 3081-7204.
Aceita reservas.
Tem ar-condicionado, aquecedores e acesso wi-fi. Proibido fumar.
Possui cadeirões e trocador para bebês.
Acesso e banheiro para deficientes físicos.
Serviço de valet: R$ 25 (almoço e jantar).
Serve vinho em taça.
Permite levar seu próprio vinho.
Serviço de rolha: R$ 48.
Adega climatizada com capacidade para 500 rótulos.
Aberto em 1991.
Instagram: @merceariadoconde
Facebook: /merceariadoconde
Twitter: @mercearia_conde
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