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Documentário “Môa – Raiz Afro Mãe” tem exibição gratuita no Cine Santa Tereza

Filme de Gustavo McNair sobre a trajetória do músico, capoeirista e militante da cultura negra, Môa do Katendê, morto em 2018 durante uma discussão política, terá sessão comentada no dia 27 de novembro, às 19h, no Cine Santa Tereza. A exibição integra a programação do Circuito Municipal de Cultura.

O Cine Santa Tereza exibe, no dia 27 de novembro, quarta, às 19h, o documentário “Môa – Raiz Afro Mãe”, do diretor Gustavo McNair, que retrata a história do Mestre Môa do Katendê, músico, capoeirista, educador e símbolo de resistência cultural. O longa celebra o legado e a militância do multiartista baiano em defesa da cultura afro. Após o filme, haverá uma sessão comentada pelo mestre Jurandir, um dos pioneiros da Capoeira Angola em Belo Horizonte, mediada pela mestre Alcione Oliveira.  A exibição do documentário “Môa – Raiz Afro Mãe”, atividade do Circuito Municipal de Cultura, acontece na Mostra Especial Dia da Consciência Negra, realizada pela Prefeitura de Belo Horizonte no Cine Santa Tereza, com a apresentação de filmes e outras atividades, até o dia 27 de novembro. Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados on-line pelo site da Sympla. Mais informações pelo site do Circuito Municipal de Cultura.

O Circuito Municipal de Cultura é realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, através da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Instituto Odeon.
Fundador do Afoxé Badau, multiartista e educador Môa do Katendê fez história em Salvador (Bahia) por ser fundador do Afoxé Badauê promover a reafricanização do carnaval baiano e influenciar uma geração de artistas, negros e brancos. O seu desejo sempre foi “reafricanizar” a juventude e combater a desigualdade sociorracial, por meio da valorização da cultura afro-brasileira.
Com 100 minutos de duração, “Môa, Raiz Afro Mãe” é um mergulho na ancestralidade brasileira, ao acompanhar a trajetória e militância de Môa do Katendê até o seu trágico assassinato político, em 2018. O longa começou a ser gravado no ano da morte de Môa, com ele ainda vivo. O diretor Gustavo McNair se interessou pelas histórias e sabedoria do artista e o convidou para retratar, em filme, os seus ensinamentos. Na época, Môa chegou a gravar entrevistas para compor o trabalho, que conta a sua história por meio dos seus relatos de depoimentos de amigos e artistas, como Gilberto Gil, Fabiana Cozza e Lazzo Matumbi; e de imagens de arquivo. O filme também revela e exalta as raízes africanas no carnaval da Bahia, com o axé, os blocos, a capoeira e demais manifestações afro, em uma reconexão com a cultura originária do Brasil.
Produzido pela Kana Filmes, “Môa, Raiz Afro Mãe” já foi exibido em diversos festivais internacionais”, entre eles o Panorama Coisa de Cinema 2022, o Festival de Cinema de Alter do Chão 2022, o Festival du Cinéma Brésilien de Paris 2023 e a 15ª edição do In-Edit Brasil.
Sessão comentada
Após a exibição, o documentário “Môa, Raiz Afro Mãe” será comentado pelo mestre Jurandir, um dos pioneiros da Capoeira Angola em Belo Horizonte.  Jurandir tem se destacado pela preservação e disseminação da capoeira, contribuindo intensamente para a formação de novas gerações de capoeiristas, por meio de oficinas e palestras sobre a história e filosofia da Capoeira Angola em universidades, escolas e eventos, tanto no Brasil quanto no exterior. É também um dos fundadores da Fundação Internacional de Capoeira Angola (FICA), criada em 1995, com a missão de preservar e promover a capoeira, respeitando sua ancestralidade e tradição ritualística, em contextos nacionais e internacionais.

A sessão comentada será mediada pela mestre Alcione Oliveira, discípula da Capoeira Angola desde 1992. Alcione fez parte do Grupo Iúna (Mestre Primo) e da Associação Cultural Eu Sou Angoleiro (Mestre João). Em 1997, passa a integrar a primeira formação da Associação de Capoeira Angola Dobrada (ACAD) em Belo Horizonte. Nesse período, residiu na Alemanha, França e Itália ensinando Capoeira Angola, além de viagens para encontros nacionais e internacionais. Recebeu na ACAD o título de Contramestra em 2006 e o título de Mestre em 2017, pelas mãos de Mestre Rogério e Mestre Índio, sendo a primeira mulher a receber tais titulações na Capoeira Angola em Minas Gerais. Em 2018, inaugura o Espaço Sociocultural da Floresta e, em 2019, funda o Grupo Candeia de Capoeira Angola, onde atualmente desenvolve seu trabalho.

Dia da Consciência Negra – Cine Santa Tereza
A mostra propõe exaltar narrativas de resistência e de luta por direitos, em celebração ao Dia da Consciência Negra (20.11), assim como histórias que ressaltam a expressiva contribuição artística e cultural do povo negro no Brasil. Uma homenagem que celebra o talento, a luta e o legado de grandes ícones nacionais que seguem inspirando gerações, como o advogado abolicionista Luiz Gama, o capoeirista e músico baiano, Môa do Katendê, e a bailarina mineira, Marlene Silva.Além das exibições de filmes brasileiros contemporâneos assinados por realizadores negros, com destaque para o cineasta Jefferson De; a mostra receberá, ainda, uma sessão comentada e a pré-estreia de um conjunto de obras de realizadores mineiros, como o filme a “Expressão, Coordenação e Ritmo”, de Ana Tereza Brandão e Ana Amélia Arantes; “Princesa Macula e o Canto Triste”, de Mayara Mascarenhas; e “Vutomi dza ku dzi n’ga heli, É a vida que nunca acaba”, de Gabriel Navarro, Carlos Daniel Costa e Samora N’zinga. A programação traz, também, contação de histórias com o Mestre Guiné, além de exibições de curtas e animações infantis com o protagonismo de personagens negros, exibidos aos sábados do mês de novembro.

Sobre o Circuito Municipal de Cultura
O Circuito Municipal de Cultura foi criado com o compromisso de oferecer uma programação contínua, em diversos formatos, a partir de ações descentralizadas nas nove regionais da PBH. Desde então, o projeto tem realizado shows, espetáculos cênicos, intervenções urbanas, exibição de filmes e mostras temáticas, além de atividades de reflexão e formação em diferentes linguagens artísticas, reforçando seu importante papel de fomento.
Entre dezembro de 2019, quando foi lançado, e setembro de 2024, o Circuito Municipal de Cultura realizou 1150 atividades artísticas e culturais, que alcançaram um público estimado de aproximadamente 580 mil pessoas. Incluindo ações presenciais, virtuais e híbridas, a programação ocorrida durante esse período histórico do projeto movimentou a contratação de quase 7 mil artistas e profissionais técnicos da cadeia produtiva da cultura.

CIRCUITO MUNICIPAL DE CULTURA

Documentário “Môa – Raiz Afro Mãe” | Sessão Comentada
(Gustavo McNair | Brasil | 2023 | Documentário)
Quando. Dia 27 de novembro (quarta-feira), às 19h
Onde. R. Estrela do Sul, 89, Santa Tereza – BH/MG
Quanto. Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados on-line neste link
Classificação.  12 anos
Duração. 100 minutos


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