Especialista alerta para a importância da atenção médica, já que uma em cada quatro mortes no mundo está ligada à doença
De uma maneira geral, a trombose venosa acomete mais homens do que mulheres, principalmente a partir dos 50 anos de idade. Mulheres jovens, porém, têm uma incidência aumentada devido a fatores, que envolvem desde o uso de anticoncepcionais combinados, passando pelas alterações da gestação e do puerpério, e pela reposição hormonal na menopausa. Todas essas situações aumentam a ocorrência da doença nessa faixa etária.
Durante a gravidez, além da questão hormonal, há alterações na produção dos fatores de coagulação e compressão das veias pélvicas pelo útero, o que dificulta o retorno venoso e torna o organismo mais suscetível ao distúrbio. O maior risco ocorre no puerpério, quando a maior viscosidade do sangue e as lesões vasculares do parto aumentam a chance de ocorrência da enfermidade.
A cirurgiã vascular e diretora da Seccional Campinas-Jundiaí da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), Dra. Márcia Fayad Marcondes de Abreu, alerta para a importância da atenção médica: “Pacientes jovens que já tiveram trombose ou que têm familiares que também já apresentaram o problema devem consultar o ginecologista antes de iniciar o uso de anticoncepcionais, e em muitos casos é necessário evitar o uso de estrogênio. O mesmo se aplica a mulheres na menopausa antes de iniciar a reposição hormonal.”
Além desses fatores, outros elementos contribuem para o desenvolvimento da trombose, como sedentarismo, obesidade, trombofilias, câncer, antecedentes pessoais e familiares da doença, longas viagens aéreas, imobilização, cirurgias e outras condições clínicas associadas.
Os sintomas são, na maioria das vezes, característicos, como dor e edema no membro acometido. Em alguns casos, especialmente entre pacientes mais jovens, esses sinais podem ser pouco valorizados, e a procura por atendimento médico tende a ser tardia.
Globalmente, uma em cada quatro mortes está associada a alterações da coagulação sanguínea. Cada vez mais pacientes jovens são acometidas, um reflexo do estilo de vida atual, que inclui longas jornadas de trabalho sentadas, viagens aéreas prolongadas, aumento da obesidade e sedentarismo.
“A prevenção envolve um estilo de vida saudável, com prática regular de exercícios físicos, evitar permanecer longos períodos sentado, manter boa hidratação, uso de meias elásticas em situações de risco e, em alguns casos específicos, medicação profilática. Pequenas atitudes podem fazer grande diferença na prevenção de complicações circulatórias”, orienta a especialista.
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Sobre a SBACV-SP
A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP, entidade sem fins lucrativos, é a Regional oficial da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) no estado de São Paulo. A entidade representa os médicos que atuam nas especialidades de Angiologia e de Cirurgia Vascular, nas áreas de atuação de Angiorradiologia, Cirurgia Endovascular e Ecografia Vascular.