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Uma Dança Para a Morte traz uma reflexão sobre vida e morte aos palcos de Porto Alegre, dias 17 e 18 de dezembro

Uma Dança Para a Morte traz uma reflexão sobre vida e morte aos palcos de Porto Alegre, dias 17 e 18 de dezembro no Teatro Bruno Kiefer e Sala Álvaro Moreyra

 

A montagem do Grupo Andanças aposta na beleza dos rituais e na diversidade dos corpos para mostrar a importância do folclore, das culturas populares e dos saberes ancestrais

 

Uma Dança para a Morte é uma jornada entre culturas que transformam a morte em celebração e renovação. As belezas e particularidades de cada povo em sua maneira de celebrar e lidar com a morte, estão presentes na montagem do Grupo de Danças Populares Andanças, que estreia em 17 de dezembro no Teatro Bruno Kiefer, na CCMQ. No dia 18 o espetáculo estará na Sala Álvaro Moreyra. Do Tibet, onde os corpos retornam à natureza a Gana, com seus caixões artisticamente esculpidos; de Madagascar, onde os vivos dançam com os corpos dos mortos, às águas sagradas do Ganges na Índia; dos cerimoniais de canto e dança dos povos indígenas brasileiros, às consagradas festas dos mortos nos cemitérios do México, o novo espetáculo da companhia explora os rituais que revelam a diversidade de visões sobre o fim da vida e propõe essa reflexão profunda sobre vida e morte. Este projeto foi contemplado pelo Fundo Municipal de Apoio à Produção Artística e Cultural de Porto Alegre – Fumproarte

 

Com direção e coreografia de Cláudia Dutra e Clóvis Rocha e iluminação de Karrah, o espetáculo celebra essas tradições, revelando a beleza e o mistério dos ciclos da vida e da morte. “A pesquisa inclui um ritual indígena, estudado em colaboração com o antropólogo Mário Borba, trazendo um olhar profundo e ancestral sobre o processo de morrer, afirma a diretora. “A morte, aqui, não é o fim, mas uma passagem onde a memória, o legado e os ritos se entrelaçam em novas formas de existir”, complementa. O espetáculo lança um olhar sobre este último ato como uma possibilidade de resistência, procurando a beleza nos ciclos, ainda que permaneça o mistério. Na dança etérea entre a vida e a morte há beleza e dor, ressignificada nos corpos que alçam voo para celebrar o ontem, o hoje, e o talvez amanhã. “Reconhecendo a amálgama de olhares sobre a morte, com a licença dos que vieram antes, apresentamos esta construção artística que se debruça sobre diferentes culturas, suas belezas, simplicidades e crenças” afirma Clóvis Rocha. “Os mexicanos, como muitos sabem, realizam uma festa no Dia de los Muertos, uma maneira linda de encarar esse momento de dor e saudade. Que tantas outras maneiras devem existir ao redor do mundo, ou aqui pertinho de nós, que desconhecemos e que devem ser igualmente lindas, ou terrivelmente surpreendentes?”, reflete Clóvis.

 

A composição de Uma Dança Para a Morte reúne diversidade e experiência em cena. O corpo de baile do Andanças, no alto dos seus 25 anos de trajetória, valoriza as individualidades e traz um espetáculo que acolhe os diferentes corpos e os entendimentos sobre a morte, em uma força criativa e coletiva que abre espaço para a construção técnica e estética do espetáculo, valorizando seus interpretes e suas trajetórias. Aqui, além de celebrar a beleza e a estranheza de muitos dos rituais, o Andanças traz a importância do folclore, das coisas regionais e descentralizadas, relegadas a segundo plano numa sociedade cada dia mais globalizada. Nesta montagem há o resgate de culturas ancestrais, que são, afinal, a identidade de um povo.

 

O Grupo de Danças Populares Andanças foi criado em Porto Alegre em maio de 1999, como um projeto de extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Anos depois, tornou-se um grupo independente e intensificou seu propósito de levar e transmitir seu conhecimento de folclore e arte pelo país. O Andanças realiza uma média de vinte espetáculos por ano nos mais diversos eventos, levando em seu repertório o folclore do RS, o folclore popular brasileiro e o folclore internacional. É um dos grupos convidados a estar nos principais festivais de folclore do mundo, apresentando-se em países como França, República Tcheca, Chile, Grécia, Argentina, México, Holanda, Peru e Espanha. Em 2012, o Andanças recebeu o Prêmio Vitor Mateus Teixeira como “Melhor Grupo Show do Rio Grande do Sul”, oferecido pela Assembleia Legislativa do Estado. Em 2013 promoveu aqui na capital gaúcha o 6º Festival Internacional de Folclore de Porto Alegre, com o qual foi premiado com o Açorianos 2013, e seu diretor, Clovis Rocha, foi premiado com como “Personalidade do Ano”.

 

 

Ficha técnica:

Direção, produção e preparação de elenco: Cláudia Dutra

Coreografia e direção: Clóvis Rocha

Pesquisa antropológica: Mário Borba

Elenco: Andrea Mirandola, Clóvis Rocha, Daniel Lay, Juliane Vicente, Kariny Coleone, Katiúscia Machado, Manu Hilário, Maurício Cruz, Mônica Aires, Robson Maori, Sandro Garra, Sil Maciel

Vanessa Oliveira, Wallison Andrade

Iluminação: Karrah

Operador de som: Gabriel Martins

Intérprete de Libras: Luciana Corte Real

Audiodescrição: Cláudia Dutra

Redes Sociais: Ananda Aliardi

Assessoria de imprensa: Bebê Baumgarten

Produção executiva: ASGADAN

Duração: 60min

Classificação etária: 16 anos

 

 

 

UMA DANÇA PARA A MORTE – Grupo Andanças

Dias 17 de dezembro, com duas sessões, às 18h30min e 20h (a primeira sessão com LIBRAS)

No Teatro Bruno Kiefer / CCMQ – Rua dos Andradas, 736. Centro Histórico

Dia 18 de dezembro, 20h

Sala Álvaro Moreyra /CMC – Av. Erico Verissimo, 307

 

Ingressos na plataforma Sympla: https://www.sympla.com.br/uma-danca-para-a-morte__2749686

 

 

Redes do Andanças:

https://www.instagram.com/andancaspoa/

 

Este projeto foi contemplado pelo Fundo Municipal de Apoio à Produção Artística e Cultural de Porto Alegre – Fumproarte


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