Concebida para provocar e desconstruir preconceitos, a performance desafia o espectador a repensar a “cura” de preconceitos estruturais que ainda persistem em nossa sociedade. Na performance, os artistas se apresentam como “funcionários” da clínica, distribuindo panfletos com mensagens como “Se você tem se sentido homofóbico, nós temos a solução” e convidando o público a interagir por meio de WhatsApp, simulando um serviço de atendimento performático.
Para Eduardo Bruno, a intervenção subverte o conceito histórico de que a homossexualidade é uma “doença”, sugerindo que o verdadeiro problema a ser tratado é o preconceito. Além das performances ao vivo, o projeto conta com a exibição de mensagens em 8 busdoors em diferentes linhas de ônibus em Fortaleza, ampliando a difusão da crítica social do projeto.
Lançamento do Foto-Livro e Testemunhos Artísticos
A “Clínica de Reabilitação para Homofóbicos” também lançará um foto-livro com registros das performances realizadas, incluindo imagens das intervenções urbanas e relatos dos artistas sobre o processo de criação e execução da obra. Com tiragem limitada de 200 exemplares, o livro fará um registro do impacto e das reações do público, marcando o fim de um ciclo de provocações artísticas e reflexivas em Fortaleza.
Com o apoio da Secretaria de Cultura de Fortaleza e financiado pela Lei Paulo Gustavo, a obra visa fortalecer a produção artística de resistência e denúncia contra a violência e o preconceito sofridos pela comunidade LGBTQIAPN+.
SERVIÇO
Última performance do projeto “Clínica de Reabilitação para Homofóbicos”
Data: 31 de outubro de 2024
Horário: 18h
Local: Beira-Mar, Fortaleza
Entrada: Gratuita
Sobre os Artistas
Eduardo Bruno é artista-pesquisador com vasta formação em Artes e especializações em performance e curadoria. Doutorando em Artes pela Universidade de Zaragoza, Eduardo também é autor de livros sobre performance e artivismo urbano e integra o Coletivo WE e o Núcleo de Estudos da Performance.
Waldírio Castro é artista e pesquisador com foco em artes queer e produção interdisciplinar. Doutorando em Artes pela UFPA e mestre em Artes pela UFC, Waldírio atua em diversas mídias e foi curador de importantes exposições voltadas para a temática LGBTQIAPN+, como “Degenerado Tibira”.