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“TRANÇADOS DE ARUMÃ E TUCUM: ARTES DE UMA COMUNIDADE BANIWA”

Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular apresenta a exposição

 

“TRANÇADOS DE ARUMÃ E TUCUM: ARTES DE UMA COMUNIDADE BANIWA”

 

A exposição, com entrada franca, apresenta a produção artística da etnia indígena Baniwa, habitante da região do Baixo Içana, afluente do Rio Negro, localizada no município amazonense de São Gabriel da Cachoeira.

 

Arumã e tucum, plantas abundantes na região, transformam-se em balaios, jarros, fruteiras, peneiras, abanos e outros objetos, e fazem parte da cultura material ligada ao Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro, registrado em 2010 pelo IPHAN como Patrimônio Cultural Brasileiro.

 

Esta é a 206ª exposição do Programa SAP, criado em 1983 com o intuito de oferecer um espaço de exposições de curta duração, voltado para difundir e comercializar as obras de artistas e comunidades da cultura popular.

INAUGURAÇÃO: 04 de abril (5ªf), às 17h

ONDE: Sala do Artista Popular (SAP) do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular  

– Rua do Catete, 179, Catete / RJ

E N T R A D A  F R A N C A

VISITAÇÃO: 3ª a 6ªf, das 10h às 18h; sab, dom e feriados, das 13h às 17h

PERÍODO: até 19 de maio (mais informações: atendimento.cnfcp@iphan.gov.br)

 

 

O Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP/Iphan) inaugura, no próximo dia 4 de abril, a partir das 17h, a nova exposição da Sala do Artista Popular, “Trançados de arumã e tucum: artes de uma comunidade baniwa”. O público poderá conferir a produção artística da etnia indígena Baniwa, que habita a região do baixo Içana, afluente do Rio Negro, localizada no município amazonense de São Gabriel da Cachoeira.

 

O belo trançado desenvolvido com arumã e tucum, plantas presentes em abundância na localidade, transforma-se em balaios, jarros, fruteiras, peneiras, abanos e outras criações, que têm forte conexão com o modo de viver cotidiano. Tipitis, peneiras, aturás, por exemplo, são utilizados no processo de produção de farinha e beiju para o consumo familiar, a partir da mandioca.

 

“Aprendeu sozinho a fazer artes como cestaria, para poder comprar sua sandália, uma camisa, uma peça de roupa”, conta, sobre seu pai, a antropóloga Francy Baniwa, no livro de sua autoria “Umbigo no Mundo”. Francisco Luiz Fontes, um maadzero (sábio, em baniwa), benzedor, narrador, mestre de danças, de cantos, de instrumentos musicais e artesão, mantém viva junto com outros mestres mais velhos a tradição do trançado em arumã, também transmitida às novas gerações na escola indígena multilíngue e intercultural Kariamã.

 

Já o artesanato em tucum é produzido pelas mulheres da comunidade, que se dividem entre a criação intensa de peças artesanais e a mobilização coletiva. A coordenadora da Associação das Artesãs de Assunção de Içana, Vigília Arágua Almeida, ou Nassaro, disse desde cedo entender a importância das associações na luta pela educação, pela saúde e pelo bem viver da comunidade.

 

O artesanato de arumã e tucum é parte integrante da cultura material ligada ao Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro, registrado em 2010 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Cultural Brasileiro. É parte dessa riqueza que poderá ser conhecida na Sala do Artista Popular, até 19 de maio.

 

SOBRE O PROGRAMA SALA DO ARTISTA POPULAR

 

“Trançados de arumã e tucum: artes de uma comunidade baniwa” é a 206ª exposição do Programa SAP, criado em 1983 com o intuito de oferecer um espaço de exposições de curta duração, voltado para difundir e comercializar as obras de artistas e comunidades da cultura popular. Cada mostra conta com catálogo desenvolvido a partir de pesquisa etnográfica e documentação fotográfica realizada pela equipe do CNFCP. Mesmo depois de encerrada a exposição, os artistas podem continuar enviando suas obras para o espaço de comercialização do Centro. A partir da divulgação e do contato direto com o público, abrem-se oportunidades de expansão de mercado e de produção.


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