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Pré venda do Rock In Rio começou: Como não cair em golpes?

“Entusiasmo de fãs pode ser um perigo”, diz perito em crimes digitais. Saiba cinco formas para não cair em golpes.

 

A pré-venda de ingressos para o Rock In Rio 2024 começou hoje e a venda geral está se aproximando, com previsão de ser para o dia 23 de maio, às 19h. As vendas do Rio Card no ano passado ultrapassaram a marca de 180 mil ingressos, restando mais de 460 mil pessoas ainda na fila de espera ao encerrar.

 

Com os ingressos se esgotando rapidamente, muitos fãs recorrem a grupos de compra e venda clandestinos, espalhados pela internet, porém, a compra dessa forma se torna um prato cheio para golpistas. O perito em crimes digitais e CEO da Enetsec, Wanderson Castilho, explica que eventos grandes movimentam o e-commerce e os cibercriminosos se aproveitam disso para aplicar a mesma técnica: Se aproveitar da emoção do fã e da ansiedade da vítima em comprar os ingressos.

 

Ainda segundo o especialista, as vítimas até fazem uma busca melhor e mais apurada depois do golpe, mas aí já é tarde demais. “O ideal é usar a internet a seu favor. Use ela como uma grande aliada sua. A ferramenta otimizou em muitos aspectos, mas ela ainda oferece riscos. Então busque por sites oficiais, procure por reclamações daquela empresa em sites como Procon e Reclame Aqui, e pesquise as redes sociais da empresa”, resume. Para evitar que isso se repita, Wanderson elencou algumas dicas. Confira:

Conhece o ditado “O barato sai caro”? Essa é a questão. Castilho explica que o ideal é sempre desconfiar dessas promoções exageradas e de valores abaixo do mercado, elas tendem a quase nunca serem reais.

A prática da compra e venda por terceiros tem se tornado cada vez mais comum, embora seja extremamente duvidosa. O perito ainda deixa outros alertas para estes casos.

“Ao efetuar qualquer pagamento, verificar minuciosamente a correspondência entre os dados do PIX, a identidade da pessoa com quem se está negociando, incluindo nome completo, sobrenome e CNJP ou CPF, mediante uma busca minuciosa”, diz Wanderson. “Priorize a compra dos ingressos por meio do site oficial, conforme a orientação dos especialistas na área”, completa.

As redes sociais atraem cada vez mais os golpistas, que se aproveitam do apreço e ansiedade dos fãs para enganá-los. “Criando perfis falsos, eles almejam exclusivamente cometer fraudes”, aponta o perito. Ele ainda diz que é crucial ter cautela e discernimento ao avaliar a autenticidade de um perfil: Examinar fotos, informações sobre o local de trabalho, imagens com familiares, amigos e dados referentes à localização são passos indispensáveis nesse processo.

Evite passar informações pessoais na conversa. Mantenha a conversa no objetivo no qual ela começou. Ou seja, sem envio de senhas, códigos para verificação ou cliques em links suspeitos.

Verifique a segurança do site que está vendendo o ingresso. Veja se na URL, consta “https”. A letra “s” aponta protocolos de segurança mais rígidos. Observe também se há um pequeno cadeado no site. Ao clicar nele, uma pequena janela irá aparecer com informações de segurança e autenticidade do site.

Para finalizar, Castilho recomenda sempre usar a técnica do 3P: Pare, pense e pesquise, isso pode evitar que você faça parte dos números de vítimas.

 

Saiba mais sobre Wanderson Castilho: Com mais de 5 mil casos resolvidos, o perito cibernético e físico, utiliza estratégias de detecção de mentiras e raciocínio lógico para interpretar os algoritmos dos crimes digitais. Autor de quatro livros importantes no segmento e há 30 anos no mercado, Wanderson Castilho refaz os passos dos criminosos virtuais para desvendar a metodologia empregada no crime digital. Certificado pelo Instituto de Treinamento de Análise de Comportamento (BATI) da Califórnia, responsável por treinar mais de 30 mil agentes policiais, entre eles profissionais do FBI, CIA e NSA. Também possui certificados em Certified Computing Professional – CCP – Mastery, Expert in Digital Forensics, é membro da ACFE (Association of Certified Fraud Examiners). E sua recente certificação como Especialista em investigação de criptomoedas pelo Blockchain Intelligence Group, ferramenta usada pelo FBI, o coloca hoje em um patamar de um dos maiores profissionais em crimes digitais do mundo sendo um dos especialistas mais cotados para resolver crimes cibernéticos.


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