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Pesquisa: Brasil está acima da média mundial de consumo de música

Relatório Engaging with Music 2023 da IFPI apresenta maior estudo sobre consumo de musical no mundo

Brasileiros estão acima da média global de tempo consumindo música, com 24,9 horas semanais, contra 20,7 horas por semana, no mundo

 

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Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 2023 – A IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica), que representa a indústria da música gravada em todo o mundo, lançou o relatório “Engaging with Music 2023”, estudo global que examina como as pessoas em todo o mundo se envolvem, acessam e se sentem em relação à música. O relatório é acompanhado por um recorte do mercado brasileiro, divulgado pela Pro-Música, entidade que reúne as principais gravadoras e produtoras fonográficas do Brasil.
O levantamento revela que o tempo médio de consumo de música no mundo atingiu um novo recorde: 20,7 horas por semana. Os brasileiros superam a média mundial, com 24,9 horas semanais ouvindo música.
Com base nas respostas de mais de 43 mil pessoas em 26 países, o relatório é a maior pesquisa global com este tipo de enfoque.
As principais conclusões do relatório de 2023, no mundo e no Brasil, são:
• Estamos ouvindo mais música do que nunca.

No mundo: 20,7 horas – o tempo, em média, que as pessoas passam ouvindo música por semana (acima das 20,1 horas em 2022). O crescimento do tempo semanal de audição em 2023, significou treze músicas adicionais de três minutos por semana neste ano, em média.

No Brasil: são 24,9 horas semanais ouvindo música, em média.
• Estamos interagindo com a música através de mais métodos.

No mundo: 79% das pessoas são de opinião que existem mais formas de ouvir música do que nunca (contra 76% em 2022). Em média, as pessoas usam mais de sete métodos diferentes para interagir com a música.

No Brasil: 82% do público acha que existem mais formas de ouvir música agora do que nunca. Em média, os brasileiros usam 9 métodos diferentes para consumir música.
• Existe um grande conhecimento da Inteligência Artificial entre os fãs de música, mas quase todos pensam que a criatividade humana deve ser respeitada.

No mundo: 79% concordam que a criatividade humana é essencial para a criação musical.

No Brasil: 85% concordam.

No mundo: 74% das pessoas que conhecem as capacidades musicais da IA concordam que a IA não deve ser utilizada para clonar ou personificar artistas musicais sem autorização.

No Brasil: 70% dos consumidores de música acham que a IA não deve ser utilizada para clonar ou personificar artistas musicais sem autorização.
• Variedade de gêneros.

No mundo: os fãs ouvem em média mais de 8 gêneros musicais diferentes.

No Brasil: são mais de 10 gêneros musicais diferentes ouvidos, em média

 

• A música é extremamente importante para a nossa saúde mental e bem-estar.

No mundo: 71% dizem que a música é importante para a saúde mental.

No Brasil: 83% das pessoas afirmam o mesmo.

 

• A música não licenciada ainda é um problema significativo.

No mundo: 29% usam meios não licenciados ou ilegais para ouvir ou obter música.

No Brasil: 47% é o índice de consumidores de música através de métodos ilegais ou não licenciados.

 

Frances Moore, Diretora Executiva da IFPI, afirma: “A música é extremamente importante para a vida das pessoas. Engaging with Music mostra como os fãs estão aproveitando as oportunidades para ouvir mais música e de mais maneiras do que nunca. No entanto, o uso de música não licenciada continua a ser um problema significativo para a comunidade musical, especialmente à medida que as tecnologias continuam a evoluir. Precisamos continuar a fazer tudo ao nosso alcance para apoiar e proteger o valor da música.”
Segundo Paulo Rosa, Presidente da Pro-Música Brasil, “o relatório Engaging with Music é uma importante ferramenta para se entender como o consumo de música gravada vem se transformando nos últimos anos, firmando-se cada vez mais a percepção de uma multiplicidade de modelos e formatos de acesso ao conteúdo musical, o que beneficia a todos os participantes da cadeia produtiva do setor, e sobretudo, ao público consumidor final e fãs de música de uma forma geral”.

Ainda segundo Paulo Rosa, “Os dados específicos da pesquisa relativos ao mercado brasileiro revelam vários aspectos positivos, como por exemplo o fato das informações nacionais estarem em geral bastante próximas às médias globais, o que demonstra que o setor de música gravada no Brasil está em linha com o que se pratica nos principais mercados musicais do mundo. No caso de utilização de meios ‘piratas’ para acesso à música, entretanto, estamos acima da média mundial (29% global X 47% Brasil) o que reforça a necessidade de trabalho contínuo do setor e atenção dos legisladores e governos, para a proteção tanto dos criadores e artistas, como do mercado musical legítimo de música gravada e a continuidade de seu desenvolvimento”.

 

Principais motivos para assinatura de serviços de streaming musical

 

Entre os que consomem música através de streaming de áudio por assinatura, foram apontadas 3 razões principais para optarem pelo modelo de subscrição:

  1. Posso ouvir o que quero quando quero;
  2. Ausência de anúncios interrompendo a música;
  3. Acesso a milhões de músicas.

A relação dos consumidores de música com a inteligência artificial

 

Pela primeira vez este ano o relatório inclui uma seção dedicada à inteligência artificial (IA), uma vez que o rápido avanço da tecnologia de IA generativa continua a apresentar oportunidades e desafios para a comunidade musical e para os artistas. O que está claro é que os fãs valorizam profundamente a autenticidade – quase oito em cada dez fãs de música no mundo (79%) sentem que a criatividade humana continua a ser essencial para a criação de música.
Para os fãs conscientes da capacidade da IA generativa de copiar o repertório de artistas existentes, a autorização para o uso da música de qualquer artista é vista como absolutamente inegociável: 76% no mundo acham que a música ou os vocais de um artista não devem ser usados ou ingeridos pela IA sem permissão. Além disso, 74% concordam que a IA não deve ser utilizada para clonar ou personificar artistas sem autorização. A grande maioria dos fãs também apoia a necessidade de transparência, já que 73% concordam que um sistema de IA deve listar claramente qualquer música que tenha utilizado.

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Metodologia

Os dados baseiam-se em trabalho de campo realizado entre agosto e outubro de 2023 em 26 países e recolheram as opiniões de mais de 43.000 usuários de internet/ fãs de música com idades entre 16 e 64 anos. Os painéis foram representativos demograficamente de cada país. Para a metodologia completa do relatório, consulte a página quatro do relatório.
Sobre o IFPI

A IFPI é a voz da indústria fonográfica em todo o mundo, representando mais de 8.000 membros de gravadoras em todo o mundo. A IFPI trabalha para promover o valor da música gravada, fazer campanha pelos direitos dos produtores musicais e expandir os usos comerciais da música em todo o mundo.
Sobre a Pro-Música:
A Associação Brasileira dos Produtores de Discos – ABPD, criada em abril de 1958, passou a se denominar Pró-Música Brasil Produtores Fonográfico Associados em 2016 e continuou reunindo as maiores empresas de produção musical fonográfica em operação no País.

Desde sua criação, a entidade se dedica a representar os interesses comuns aos produtores fonográficos em geral, promovendo o mercado legítimo de música gravada em meios físicos ou digitais. Além disso, a Pró-Música Brasil é a única entidade no Brasil que regularmente coleta dados e estatísticas de seus principais associados, para manutenção de banco de dados e divulgação à imprensa e ao público, de estatísticas sobre o mercado fonográfico brasileiro das últimas décadas.

 

Para mais informações do IFPI:

 

 

Para mais informações acesse o site oficial da Pro-Música.


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