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Os Parlapatões fazem nova temporada de Decameron no espaço do grupo na praça Roosevelt a partir de 12 de outubro

Inspirada no clássico de Giovanni Boccaccio, o trabalho mais recente da companhia costura histórias medievais e contemporâneas com surpreendente naturalidade, provocando risos e reflexões

 

Crédito: Luiz Doroneto

 

Num cenário de fim de mundo, dois arqueólogos descobrem uma foto que registra pessoas praticando o extinto gesto de abraçar e, quebrando protocolos, sentem a necessidade de darem um abraço. É assim que começa Decameron, o mais recente trabalho d’Os Parlapatões, que estreou em maio e agora volta em cartaz no Espaço Parlapatões, na Praça Roosevelt, para uma nova temporada de 12 de outubro a 3 de novembro, com apresentações aos sábados, às 20h30, e aos domingos, às 19h.

Fruto de um processo criativo e fluido, o espetáculo conta com dramaturgia de Hugo Possolo e dramaturgismo de Camila Turim. Os dois artistas também estão no elenco ao lado de Andreas Mendes, Fernanda Cunha, Leandro Vieira, Mawusi Tulani, Raul Barretto e Tadeu Pinheiro.

Inspirada no clássico “O Decameron”, de Giovanni Boccaccio, a peça mescla farsas medievais com a linguagem festiva do teatro de revista, unindo as novelas originais e histórias contemporâneas criadas por Airton Nascimento, Andreas Mendes, Avelino Alves, Camila Turim, Hugo Possolo, Jo Bilac, Leandro Vieira, Luh Mazza, Marcelo Oriani, Mawusi Tulani, Michelle Ferreira e Nado Cappucci.

O espetáculo costura histórias e contextos, passado, presente e futuro, com uma linha do tempo ágil, sagaz, cômica, reflexiva e contemporânea, que atualiza o cultuado frescor da assinatura do grupo teatral.

Ao abordar momentos históricos distintos sob o recorte de duas pandemias, a peste Bubônica (século XIV) e a recente pandemia de Covid-19, “o espetáculo revela o quão obsoletas podem ser as narrativas e estratégias humanas aplicadas ainda hoje, especialmente em situações limite. O narrador Boccacião faz a transição cênica entre os tempos até a chegada da era das redes não-sociais, entre lives, podcasts, reuniões virtuais e tvs.

A peça, nasce das experiências do projeto Ocupação Decameron, que envolveu mais de 120 artistas, entre diretores, dramaturgos, bandas musicais e grupos parceiros. Durante dez dias foram feitas apresentações nas ruas de São Paulo, ocupando a Praça Roosevelt, o Parque Augusta e as escadarias do Theatro Municipal. Dessas intervenções, foram escolhidos os textos e cenas que compõem o espetáculo. A montagem sintetiza antropofagicamente a pesquisa e todas as experimentações da e inclui visões trocadas na interlocução com os temas, grupos e artistas convidados.

Os dez dias da “Ocupação Decameron” representaram um investimento concreto na relação histórica dos Parlapatões com o teatro de rua e com o entorno de sua sede, reafirmando o significado democrático dos espaços públicos da cidade. “Decameron”, a peça, é uma realização do grupo por meio da 39ª edição do Programa de Fomento ao Teatro da cidade de São Paulo.

Sobre Os Parlapatões

Há 33 anos, os Parlapatões trabalham voltados para a comédia, utilizando técnicas circenses e de teatro de rua. Seus espetáculos circularam em diversas capitais do Brasil e destacaram-se nos principais festivais internacionais: FILO (Londrina), FIT (Belo Horizonte) e Porto Alegre em Cena.

Seus grandes sucessos são: “PPP @WllmShkspr”, que atingiu mais de 50 mil espectadores; “Sardanapalo”, dois anos em cartaz e destaque no Festival de Edimburgo, Escócia; e “U Fabuliô”, representante oficial do Brasil na Expo 98, em Lisboa. Em 1998, receberam o Grande Prêmio da Crítica APCA pelo evento “Vamos Comer O Piolim”. Ao completarem dez anos de trabalho, lançaram o livro “Riso em Cena”, do jornalista Valmir Santos. Suas montagens mais recentes foram “As Nuvens e/ou um Deu$ Chamado Dinheiro”, que estreou em 2003 no FTC (Curitiba); “Prego na Testa”, texto de Eric Bogosian adaptado e dirigido por Aimar Labaki , que estreou em 2005 e “Vaca de Nariz Sutil”, adaptação do romance de Campos de Carvalho com estreia em abril de 2008.

Em 2009, estrearam o espetáculo “O Papa e a Bruxa”, texto inédito de Dario Fo no Brasil. Em 2010, estrearam “Parapapá! Circo Musical”. Espetáculo infantil realizado em parceria com a Banda Paralela. Em 2011, em comemoração aos 20 anos do grupo, estreiam “Ridículos, Ainda e Sempre”, com texto do poeta russo Daniil Karms e adaptação de Hugo Possolo e Antonio Abujamra.Em 2012, reestreiam o espetáculo “PPP @ WllmShkspr. BR”, texto do americano Adam Long. A montagem, mantém a tradução de Barbara Heliodora e a direção de Emílio Di Biasi.

Em 2013, realizam quatro novas montagens: “Parlapatões Revistam Angeli”, com direção de Hugo Possolo, trilha sonora de Branco Mello e desenhos de Angeli que estreou no Festival de Curitiba, Festival de Peças de Um Minuto versão portuguesa com temporada realizada em Lisboa, o monólogo “Eu Cão Eu” com texto de Hugo Possolo e direção de Rodolfo García Vaz e o primeiro texto Molière encenado pelo grupo, “O Burguês Fidalgo”, com direção de Hugo Possolo. Em 2014, em parceria com a Ricca e Reinecke Produções estreia a comédia “A Besta”, no Teatro Gazeta, em São Paulo.

Em 2015, integrou o projeto CEU é Show, se apresentando em 26 CEUS da cidade de São Paulo com o espetáculo “Parlapatões Clássicos do Circo”. No mesmo ano estreia o espetáculo de circo “Sala de Espelhos”, por meio do 1º Fomento ao Circo da cidade de São Paulo, nos teatros distritais Alfredo Mesquita e Cacilda Becker. Realizou a circulação do espetáculo “Eu Cão Eu” pelo Circuito Cultural Paulista da APAA e Secretaria de Estado da Cultura. Realizou o festival internacional de palhaços IV Palhaçada Geral e também o IV Festival de Cenas Cômicas.

Ainda em 2015, estreou os novos espetáculos “Até que Deus é um Ventilador de Teto”, com direção de Pedro Granato, no Sesc Pompeia e “Os Mequetrefe” com direção de Alvaro Assad, no Espaço Parlapatões. Em 2017, estreou o espetáculo “A Cabeça de Yorik”, que fez temporada em São Paulo e circulou diversos festivais de Teatro e de Circo.

Em 2018, estreou sua montagem de “O Rei da Vela”, de Oswald de Andrade, com direção de Hugo Possolo, indicado ao Prêmio Shell. Durante a pandemia realizaram uma edição especial do Festival de Peças de UM MINUTO, com transmissão ao vivo do Teatro Porto Seguro. Em 2021, montaram a peça filmada “Yérus Halem”, de Hugo Possolo, envolvendo a participação de mais de 80 artistas convidados no elenco.

Desde sua inauguração em 2006, o Espaço Parlapatões produz e sedia anualmente Mostras, Festivais e Eventos, como o Festival de Cenas Cômicas, Festival de Peças de UM MINUTO, Mostra de Solos, Palhaçada Geral – Encontro Nacional de Palhaços, Concurso de Poesia Falada e a mostra do repertório dos Parlapatões, Sortidos & Variados. Em paralelo às estreias e temporadas, o grupo circula com seu repertório de espetáculos por todo o Brasil.

Ficha Técnica

Concepção do projeto Decameron: Camila Turim

Direção Geral: Hugo Possolo

Dramaturgia: Hugo Possolo (a partir e O Decameron, de Giovanni Boccaccio e autores contemporâneos abaixo)

Incluindo textos dos seguintes autores: Airton Nascimento, Andreas Mendes, Avelino Alves, Camila Turim, Hugo Possolo, Jo Bilac, Leandro Vieira, Luh Mazza, Marcelo Oriani, Mawusi Tulani, Michelle Ferreira e Nado Cappucci.

Dramaturgismo: Camila Turim

Elenco: Andreas Mendes, Camila Turim, Fernanda Cunha, Hugo Possolo, Leandro Vieira, Mawusi Tulani, Raul Barretto e Tadeu Pinheiro

Cenografia: Márcio Medina

Figurinos: Adriana Vaz Ramos

Iluminação: Fran Barros

Trilha Sonora: Deivison Nunes

Assistente de Figurino: Letícia Gomide e Felipe Cabral

Operação de iluminação: Vitor Morpanini

Operação de som: Deivison Nunes

Fotos: Luiz Doroneto

Vídeos: Sol Faganello e Deivison Nunes

Designer gráfico: Werner Schulz

Produção Executiva: Isadora Bellini e Isadora Tucci

Assistência de produção: Camila Cavicchioli

Produção: Cristiani Zonzini

Coordenação de produção: Hugo Possolo e Raul Barretto

Realização: Nada de Novo Produções Artísticas / Parlapatões

Projeto contemplado pela 39ª edição do Programa de Fomento ao Teatro da cidade de São Paulo.

Sinopse

Num cenário de fim de mundo, dois arqueólogos descobrem uma foto que registra pessoas praticando o extinto gesto de abraçar e, quebrando protocolos, sentem a necessidade de darem um abraço. O espetáculo costura histórias e contextos, passado, presente e futuro, com uma linha do tempo ágil, sagaz, cômica, reflexiva e contemporânea, que atualiza o cultuado frescor da assinatura do grupo teatral.

Serviço

Decameron, com Os Parlapatões

Temporada: 12 de outubro a 3 de novembro

Aos sábados, às 20h30, e aos domingos, às 19h

Espaço Parlapatões –  Praça Roosevelt, 158, Centro, São Paulo

Ingressos: R$50 (inteira) e R$25 (meia-entrada)

Vendas online em sympla.com

Bilheteria: 1h antes do evento

Classificação: 14 anos

Duração: 90 minutos

Capacidade: 96 lugares

Acessibilidade: Sim


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