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Notícias da ZUM, revista de fotografia do Instituto Moreira Salles

LAÇOS DE FAMÍLIA por Ocean Vuong

Em fotografias e texto, o premiado poeta e romancista vietnamita-americano Ocean Vuong relembra o salão de manicure de sua mãe e as suas primeiras experiências com uma câmera fotográfica. Em dois verões, separados por 15 anos, Vuong retrata momentos familiares e reflete sobre a sinistra plasticidade do tempo.

“A câmera, então, se tornou quase uma ferramenta alucinatória para replicar os vivos enquanto eles percorriam o tempo. Que maneira melhor haveria de dizer a alguém ‘Viva, viva, viva’ que não a de apertar o disparador uma vez após outra, criando a própria prova de alguém?”

NA TERRITORIALIDADE DA CATÁSTROFE por Mariana Lucas

Em ensaio, a historiadora e pesquisadora Mariana Lucas destaca a urgência de se debater as imagens que disputaram a legibilidade da ideia de um “Brasil Grande”, concebida pela ditadura militar nas décadas de 1960 e 1970.

“A história escrita pelos militares transformou a ocupação da Amazônia em uma guerra, em que aquilo que está em jogo é uma disputa entre civilização e natureza. Analisar o regime de visibilidade que emerge nesse contexto é compreender a imagem como um dos mecanismos fundamentais para legitimação do projeto de colonização, que tem na conquista do imaginário um estratégico e poderoso território para o avanço da empreitada política militar.” [Frame do filme Iracema: uma transa amazônica, de Jorge Bodanzky e Orlando Senna, 1974]

LISBOA E A MEMÓRIA DO FUTURO por Paula Ferreira

A pesquisadora e curadora Paula Ferreira resenha o fotolivro Lisboa Mesma Outra Cidade. Em ensaios fotográficos e escritos, a publicação revela diferentes olhares contemporâneos sobre a capital portuguesa, com fotos de António Júlio Duarte, Beatriz Banha, Hugo Barros, Mariana Viegas, Pauliana Valente Pimentel e Pedro Letria, e textos de Djaimilia Pereira de Almeida, Joana Braga e Patrícia Portela.

Fruto de uma extensa pesquisa, o livro ganhou forma em um processo coletivo ao longo de um ciclo de debates ocorrido entre 2019 e 2021, tendo como ponto de partida a publicação Lisboa Anos 90: Imagens de Arquivo, encomendado na época da Exposição Mundial de 1998 (Expo’98).

CIDADE, FOTOGRAFIA, FICÇÃO por Miguel Del Castillo

Em texto publicado no catálogo da exposição Stefania Bril: desobediência pelo afeto, o curador e pesquisador Miguel Del Castillo destaca o olhar da fotógrafa para o insólito e o humor nas grandes cidades modernas.

“Em suas imagens, não encontramos traços singulares das cidades retratadas, e tampouco vemos um fascínio pelas edificações modernistas ou por paisagens urbanas arrojadas; se há algum encantamento, ao contrário, é pelo que quebra a ordem.”

ARQUIVO ZUM
Fotografia lésbica – uma longa tradição, da pesquisadora e ativista Judith Schwarz. Escrito originalmente em 1979, o ensaio é parte do fotolivro Eye to Eye: portraits of lesbians, da fotógrafa Joan E. Biren (mais conhecida como JEB). O ensaio apresenta e discute as produções de Clementina Hawarden, Emma Jane Gay, Frances Johnston, Alice Austen e Berenice Abbott, fotógrafas do final do século 19 e início do 20, e localiza a obra de JEB em um percurso que tem lastro histórico dentro da fotografia norte-americana.
Há muito venho sonhando com imagens que nunca vi  – a artista Igi Lola Ayedun discute o papel das tecnologias algorítmicas de inteligência artifical na produção de imagens fora dos aparatos técnicos usualmente utilizados pela arte contemporânea. “Aplicativos como Stable Diffusion, MidJourney, Dall-e-2 y uma série de outras protoversões se posicionam como uma alternativa à câmera fotográfica para a criação de imagens não vivenciadas por meio de um arquipélago de dados significativos capazes de descreverem momentos do absurdo”.
A pesquisadora e curadora francesa Luce Lebart conversou com Daniele Queiroz, curadora-assistente no IMS, sobre o livro Uma história mundial das mulheres fotógrafas, escrito em parceria com Marie Robert. “Na África no século 19, muitas das fotógrafas conhecidas hoje pelos historiadores são inglesas ou belgas, mas as novas gerações de pesquisadoras, que estão fazendo um trabalho de base incrível, estão nos apresentando a fotógrafas africanas que já haviam sido esquecidas.” [Foto: Pamela Singh]
RECOMENDAÇÕES 
No site da revista piauí a introdução de Imagens da branquitude, novo livro da antropóloga Lilia Moritz Schwarcz. “Imagens da branquitude trata também da eficácia simbólica. Da maneira como símbolos são convenções sociais, nada aleatórias, pois fazem parte de hábitos arraigados e muitas vezes pouco diretamente enunciados. Ninguém sabe de quem é a autoria, ninguém justifica a verdade deles ou aposta nessa verdade, mas todo mundo convive com esses pressupostos, como se abarcassem suas próprias respostas.” [revista piauí] (Foto: Vincenzo Pastore)
A Premier League Inglesa vai abandonar sua controversa tecnologia de impedimento VAR por uma frota de iPhones. O lançamento pela Liga desta nova tecnologia de impedimento semiautomática no final da temporada 2024-25 promete eliminar problemas com sistemas anteriores, desde longos tempos de espera e erros humanos até preocupações sobre a precisão das decisões no jogo devido às limitações da tecnologia existente. [revista Wired]
Aleksandre Roinashvili (1846-1898) dedicou suas energias a fotografar as culturas e paisagens do Cáucaso e sua amada terra natal, a Geórgia. “Comprei cerca de 500 coisas de nossos inimigos e as trouxe para nossa cidade-mãe com a intenção de dá-las à nossa nação, para estabelecer um museu nacional georgiano”, escreveu Roinashvili. Em testamento o fotógrafo deixou todos os seus bens, incluindo os tesouros culturais que ele havia adquirido ao longo de suas viagens, para a Sociedade de Alfabetização Georgiana da Geórgia. [site Radio Free Europe Radio Liberty]
Publicado no site da Paris Review, texto do pensador italiano Giorgio Agamben viaja pelas fotografias guardadas em seu local de trabalho. “O estúdio é a imagem da potencialidade — da potencialidade do escritor para escrever, da potencialidade do pintor ou escultor para pintar ou esculpir. Tentar descrever o próprio estúdio, portanto, significa tentar descrever os modos e formas da própria potencialidade — uma tarefa que é, pelo menos à primeira vista, impossível.” [Paris Review]
INSCRIÇÕES ABERTAS

2024 Paris Photo–Aperture PhotoBook Awards – até 6 de setembro
SWIT Platform Residency 2025 – até 20 de setembro
Convocatória de Fotolivros do Festival ZUM 2024 – até 5 de outubro
Charta Award 2024 – até 10 de outubro

REVISTA ZUM #26

AYRSON HERÁCLITO / ANNIE ERNAUX / MARÍA MAGDALENA CAMPOS-PONS /
LUIZ ZERBINI / SAMMY BALOJI & SANDRINE COLARD / ZAHY TENTEHAR & RENATA TUPINAMBÁ / MILAGROS DE LA TORRE / LOTTY ROSENFELD / ROSA GAUDITANO & MILLY LACOMBE

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ZUM é a revista de fotografia contemporânea do Instituto Moreira Salles.

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