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NICHO NOVEMBRO: Festival negro de cinema chega à 6ª edição com programação gratuita com filmes, conversa com realizadores e ambiente de mercado em São Paulo

NICHO NOVEMBRO: Festival negro de cinema chega à 6ª edição com programação gratuita com filmes, conversa com realizadores e ambiente de mercado em São Paulo

 

Pitching Show no NICHO NOVEMBRO 2023. Foto: Divulgação/Lúcia Lima

 

 

São Paulo, 4 de novembro de 2024 — São Paulo recebe entre 9 e 16 de novembro a sexta edição do festival negro de cinema NICHO NOVEMBRO. Realizado pelo NICHO 54, instituto que apoia a carreira de pessoas negras em posições de liderança criativa, intelectual e econômica na indústria cinematográfica, o evento acontece mais uma vez em dois tradicionais espaços culturais da capital paulista — o CCSP (Centro Cultural São Paulo), na Rua Vergueiro, e o Instituto Moreira Salles, na avenida Paulista.

 

A programação tem início com a cerimônia de abertura, que acontecerá no no jardim suspenso do CCSP, seguida de exibição ao ar livre do filme “Ernest Cole: Achados e Perdidos”, do cineasta haitiano Raoul Peck. Vencedor na categoria de melhor documentário no Festival de Cannes em 2024, a obra conta a história do fotógrafo sul-africano Ernest Cole, o primeiro a expor a uma ampla audiência global os horrores da política de apartheid, trabalho que o levou ao exílio pelo resto de sua vida nos Estados Unidos e na Europa.

Além da mostra de filmes, que terá a presença dos seus realizadores, a programação conta com um ambiente de mercado, com painéis com convidados nacionais e internacionais, rodadas de negócios e pitching show. O evento se encerra com apresentação da cantora e compositora baiana Xenia França, na sala Adoniran Barbosa.

 

Pela primeira vez, Fernanda Lomba, diretora executiva do NICHO 54, assume a direção artística do evento com o desafio de conectar as duas áreas da programação: Mostra e Mercado. “O tema desta edição é “alegria como motor político“, que foi escolhido refletindo o contexto de eleições políticas municipais. Um ano de eleição política mobiliza emoções na sociedade para além do pragmatismo da agenda dos candidatos. A dinâmica política é marcada por um momento de tensão e disputa acirrada que domina a vida dos eleitores. Em relação a este momento, o festival busca oferecer uma experiência de celebração e encontros, tendo a alegria como o motor da edição, revela Fernanda Lomba.

 

“Politicamente no Brasil, estamos à mercê da Luta e do Luto. Então, onde há alegria? Qual espaço criamos para vivenciar uma experiência plena de vida e de celebração?”, questiona.

 

MOSTRA DE FILMES: memória, diversidade brasileira e alegria marcam curadoria

O festival NICHO NOVEMBRO terá 7 dias de atividades gratuitas com Mostra de filmes, com exibição às 19h, seguida de bate-papo com realizadores, equipe curatorial e convidados. As reprises acontecem no dia seguinte, às 17h, sempre na Sala Circuito Spcine Lima Barreto do CCSP.

 

Também pela primeira vez, foi montada uma equipe curatorial composta por Milena Manfredini, Lucas Honorato e João Rêgo. “A escolha da equipe curatorial foi pensada para traduzir a diversidade de olhar e conexão com as novas gerações, público-alvo do nosso festival. A composição da equipe curatorial marca o desejo de um olhar plural e nacional, atento ao diálogo entre a safra atual, que revela novos cineastas negros e realizadores já consagrados”, conta Fernanda Lomba.

Com foco na diversidade da produção nacional, a Mostra conta com curtas e longas contemporâneos e antigos, de ficção e documentários, de realizadores de diversas partes do Brasil. Um destaque é a homenagem a Rogério de Moura, cineasta falecido este ano, com a exibição do seu filme “Bom dia, Eternidade”, de 2006. A Mostra também dará a oportunidade dos espectadores assistirem a filmes que manipulam acervos como “Othelo, o Grande” e “Um É Pouco, Dois É Bom” nas telonas.

 

“Para nós como pesquisadores e curadores é muito importante complexificar como são as imagens e as narrativas de filmes que se debruçam a partir de trajetórias e vivências negras. Ao longo da história do cinema brasileiro ficou cristalizado durante um longo período que vivências negras estão sempre num lugar de subalternidade, em diferentes esferas. É simbólica e política a quebra da expectativa que realizadores negros operam quando fazem seus filmes”, revela Milena Manfredini.

Para conferir a lista completa de filmes da mostra clique aqui. A retirada do ingresso gratuito deve ser feita na bilheteria de cinema no CCSP com 1h de antecedência da sessão.

 

MERCADO: encontro de oportunidades entre realizadores e indústria

Já no Instituto Moreira Salles, a programação acontece entre 13 a 16 de novembro, com um foco de mercado, conectando fazedores de cinema e oportunidades de mercado.

Durante os dois primeiros dias acontecem atividades fechadas como oficinas, rodadas de negócios e pitching show, voltadas para produtores, roteiristas e diretores. As inscrições já estão encerradas e selecionaram previamente projetos de documentário e ficção com oportunidades exclusivas e premiação internacional.

 

Já os dias 15 e 16 serão dedicados a painéis abertos ao público e gratuitos, com foco em conversas relevantes para realizadores negros em cinema. O destaque do dia 15 é o painel com a francesa Laurence Lascary, produtora entre outros títulos, do novo filme de Raoul Peck, Ernest Cole: Lost and Found. O painel terá tradução para português.. “A vinda da produtora ao festival é uma oportunidade única e exclusiva de abordar desafios e oportunidades da produção francesa e traçar paralelos com a produção brasileira. O NICHO 54 sempre aposta em intercâmbios internacionais para colocar realizadores brasileiros em contato com a cena internacional de produção em cinema”, conta Fernanda Lomba.

 

Já no dia 16, os destaques ficam por conta dos encontros com Grace Passô e Julia Alves, compartilhando o work in progress do primeiro longa-metragem dirigido por Grace, “Amores”, e Lucas H. Rossi compartilhando o processo do filme “Othelo, o Grande”, programado na Mostra deste ano.

 

As senhas serão distribuídas a partir das 13h no hall de entrada do 3° andar.

 

CELEBRAÇÃO: encerramento com apresentação da cantora e compositora Xenia França

Fechando a programação geral da sexta edição do Festival, haverá no dia 16 apresentação de Xenia França para um show de celebração do festival e de novembro negro na Sala Adoniran Barbosa, do CCSP. Os ingressos são gratuitos estarão disponíveis na Bilheteria (online e física). A atividade é realizada em parceria com a área de música do CCSP.

 

Realizadores, parceiros e apoiadores

O NICHO NOVEMBRO 2024 é realizado pelo NICHO 54 e LPG, com patrocínio da Spcine, empresa pública de cinema e audiovisual da Prefeitura de São Paulo, parceria do Centro Cultural São Paulo, Instituto Moreira Salles e Projeto Paradiso e apoio do Instituto Ibirapitanga, Open Society Foundation, Embaixada da França e Mais Mulheres. As empresas e instituições que desejam apoiar o Festival, bem como as demais ações do NICHO 54, podem enviar e-mail para: executivo@nicho54.com.br.

 

Serviço:

 

O quê? Festival negro de cinema NICHO NOVEMBRO 2024 (6ª edição)

 

Quando? De 9 a 16 de novembro de 2024
Onde? Centro Cultural São Paulo (CCSP) — Rua Vergueiro, 1000, Paraíso, São Paulo, SP — e Instituto Moreira Salles (IMS Paulista) — Avenida Paulista, 2424, Bela Vista, São Paulo, SP
Programação completa: Festival NICHO NOVEMBRO 2024

 

Entrada gratuita

 

 

 

Sobre o NICHO 54
O NICHO 54 é um instituto que promove equidade racial apoiando a carreira de pessoas negras em posições de liderança criativa, intelectual e econômica na indústria cinematográfica. Fundado em São Paulo e liderado por profissionais negros, desde 2019 o NICHO 54 trabalha, dentro e fora do Brasil, pela promoção e valorização dos negros brasileiros no cinema por meio de iniciativas de formação, treinamento e partilha de conhecimento; curadoria e (re)construção de imaginários; e de interface com o mercado e os agentes da indústria.
Sua atuação conta com a realização de mostras e festivais de cinema, como o Festival NICHO Novembro, concepção de cursos livres de curta duração e programas de mentoria de longa duração, como o NICHO Executiva, além de pesquisa, promoção de desapagamento do trabalho e preservação do patrimônio material e imaterial de pessoas negras, por meio do programa Memória NICHO.


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