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Há dois anos em turnê de sucesso pelo país, “A luta”, com Amaury Lorenzo, volta ao Rio de Janeiro para única apresentação, dia 10 de novembro, no Teatro Riachuelo

Com direção de Rose Abdallah e texto de Ivan Jaf, o monólogo é baseado na terceira parte do livro Os Sertões, de Euclides da Cunha, sobre a Guerra de Canudos

Por este trabalho, Amaury Lorenzo foi indicado aos prêmios Cesgranrio e Fita de Melhor Ator

 

Vídeo: https://bit.ly/3NEuLZx

 

Há dois anos em turnê de sucesso pelo país, “A luta”, com Amaury Lorenzo, volta ao Rio de Janeiro para única apresentação, dia 10 de novembro, no Teatro Riachuelo, no Centro. Com direção de Rose Abdallah e dramaturgia de Ivan Jaf, o monólogo teatral é baseado na terceira parte do livro Os sertões, de Euclides da Cunha (1866-1909), que transforma o ator Amaury Lorenzo em um rapsodo que conta, em uma longa prosa épica, as batalhas ocorridas em Canudos, em 1896, entre os homens e mulheres chefiados por Antônio Conselheiro e as forças militares da República, recém-proclamada no Brasil (1889). Lorenzo foi indicado aos prêmios Cesgranrio e Fita de Melhor Ator pelo trabalho, e atualmente também se destaca como o personagem Chico, da novela “Volta por cima”.

 

Os rapsodos cantavam a Ilíada e a Odisseia, de Homero, mantendo essas longas epopeias vivas pela fala e a memória, antes de poderem ser escritas. Da mesma maneira, podemos imaginar a Guerra de Canudos, segundo a visão de Euclides da Cunha, sendo narrada por um “contador de história” diante de uma plateia. Um só ator, usando a fala e o corpo, conta as sucessivas investidas do exército brasileiro contra o arraial e a reação de seus habitantes.

 

“Este texto fala da construção da identidade brasileira. O que me impressiona na obra do Euclides da Cunha é a riqueza de detalhes. É como se você sentisse o cheiro daquela guerra, você sentisse o cheiro daquelas pessoas. E nossa adaptação tem o objetivo de levar essa narrativa poderosa a mais gente. Muitos vão ao teatro porque me conhecem da televisão, mas acabam tendo uma aula de história, e se emocionam. Quando a gente entende de onde veio, tem mais possibilidades de construir um futuro melhor”, analisa Amaury Lorenzo.

 

Nessa terceira e última parte de Os Sertões, Euclides criou uma simbologia poderosa, abandonando a linguagem acadêmica para traduzir jornalisticamente uma guerra de ideias: a luta entre as forças republicanas, que traziam a modernidade, contra o obscurantismo religioso, que alicerçava a monarquia; os brasileiros do litoral contra os do interior; as elites contra o povo; a fé contra a razão… para concluirmos que os dois lados acabaram se unindo pela intolerância e a violência.

 

“O espetáculo “A Luta” retrata um momento em que duas narrativas que sempre permearam nossa história entraram em conflito: o obscurantismo religioso e a prepotência militarista. É uma guerra arquetípica, mitológica, portanto será sempre atual para entender a formação do Brasil. É uma peça para nos questionar enquanto sociedade. O retumbante fracasso dos dois lados, a violência sem sentido de ambas as partes, é o resultado da nossa triste ignorância, que infelizmente perdura”, descreve a diretora Rose Abdallah.

 

Crítica Tânia Brandão: https://foliasteatrais.com.br/coluna-segunda-de-teatro-207/

 

 

Sobre Ivan Jaf – autor

Nasceu no Rio de Janeiro, em 1957. É autor de mais de 65 livros de ficção para o público infantojuvenil, premiado pela União Brasileira dos Escritores, Fundação Nacional do Livro Infanto Juvenil e quatro vezes finalista do Jabuti. É roteirista de histórias em quadrinhos, com trabalhos publicados em revistas brasileiras e italianas, e graphic novels de adaptações de clássicos da literatura brasileira. Escreve roteiros para cinema, acumulando prêmios como o Sundance Institute – USA/98; Melhor Curta-Metragem – Festival Cinema Brasil in Tokyo 2007 e Melhor Curta Metragem Brasileiro – 7º Festival de Cinema Brasileiro de Paris e Melhor Animação Brasileira/ Rj e Sp/ Anima Mundi 2003. Como dramaturgo, tem diversas peças encenadas, com direção de Nelson Xavier, Amir Haddad, Rose Abdallah entre outros, e texto premiado e publicado pela Funarte/2005.

 

Sobre Rose Abdallah – diretora

Rose Abdallah, atriz e diretora, integrante da Cia Os Fodidos Privilegiados desde 1995, participou de todos os espetáculos da Cia, sendo agraciada como melhor atriz no Festival de Curitiba pelo júri popular em dois anos consecutivos com os espetáculos As Fúrias e O Carioca. Começou a dirigir em 1997, passeando pelos clássicos como Antígone, América; O Mercador de Veneza; Processos; Amável Donzela, livre adaptação de O Navio Negreiro, e os contemporâneos, Natal, Um Dia A Casa Cai; Casada, Solteira, Viúva, Divorciada; Follow-me, Baby e Adelaide Sem Censura. Participou de diversos produtos na TV Globo e Rede Record. Protagonizou os longas Strovengah Amor Torto; Paixão e Virtude, como também participou em vários outros filmes. Rose Abdallah foi considerada melhor atriz de sua geração pelo crítico de teatro Lionel Fisher. Atualmente está em cartaz com Só vendo como dói ser mulher de Tolstói, com texto de Ivan Jaf e direção de Johayne Hidelfonso.

 

Sobre Amaury Lorenzo – ator

Ator, diretor, dramaturgo e coreógrafo com 30 anos de carreira. Estudou Artes Cênicas na UNIRIO e Dança Contemporânea no CCCRJ. Atuou em novelas da Rede Globo e Record, como Além da Ilusão, Nos Tempos do Imperador, A Dona do Pedaço, Gênesis, Amor Sem Igual e outras. Despontou para o grande público como o Ramiro da novela “Terra e Paixão”, trabalho que lhe rendeu, entre outros, os Prêmios “Melhores do Ano”, “Área Vip” e “Arte Blitz de Novelas”, sempre na categoria ator revelação. Esteve também no Programa Dança dos Famosos e atualmente vive o Chico na novela “Volta por cima”. No Teatro, esteve em A Paixão de Cristo, Cervantes, Dez Dias que Abalaram o Mundo (Cia Ensaio Aberto), Conselho de Classe e outros. No cinema estreou o longa metragem Airão – Ancestrais da Amazônia, direção Sérgio Lobato, e o curta metragem Lucas, direção Emer Lanivi e Fábio Zambroni. Foi diretor e coreógrafo dos espetáculos Trânsito, Cabaré, Histórias Pretas e Kuanãpará – Terra Treme. Foi indicado como melhor ator aos Prêmio Cesgranrio e FITA de Teatro pelo espetáculo A Luta.

 

Ficha técnica:

Autor: Ivan Jaf

Direção e idealização: Rose Abdallah

Ator: Amaury Lorenzo

Direção de movimento: Amaury Lorenzo e Johayne Hildefonso

Direção de arte: Rose Abdallah

Iluminação: Ricardo Meteoro

Música original gravada: Alexandre Dacosta

Pesquisa sonora e preparação vocal: Amaury Lorenzo

Vídeo: Sérgio Lobato (Cambará Filmes)

Fotos: Vitor Kruter – Coletivo Pitoresco – Nando Machado – Sérgio Lobato

Assessoria de Imprensa: Rachel Almeida (Racca Comunicação)

Identidade visual: Inova Brand

Produção executiva: Marcio Netto

Direção de produção: Amaury Lorenzo e Sandro Rabello

Realização: Bambu Produções e Diga Sim Produções

Serviço:

Data: 10 de novembro (domingo), às 18h

Teatro Riachuelo: Rua do Passeio, 40 – Centro

Telefone: (21) 3554-2934

Ingressos: Plateia VIP: R$ 160 (inteira) e R$ 80 (meia-entrada). Plateia: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia-entrada). Balcão Nobre: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia-entrada). Balcão: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada).

Duração: 1h

Classificação etária: 14 anos

Capacidade de público: 999 pessoas

Ingressos: pelo site Sympla (https://bileto.sympla.com.br/event/97779/d/275596) ou na bilheteria do teatro. Funcionamento: de terça a sábado, das 12h às 20h. Domingos e feriados, das 12h às 19h. Em dias de espetáculos, a bilheteria permanece aberta até o início da apresentação. Autoatendimento: A bilheteria do Teatro Riachuelo possui um totem de autoatendimento para compras de ingressos.

Instagram: @a.luta.espetaculo

 

 


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