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Grupo argentino Ojcuro estreia espetáculo oferecendo uma imersão na escuridão

Ojcuro, grupo argentino de teatro cego,

estreia espetáculo A Ilha Deserta no Brasil

 

Após 23 anos de sucesso na Argentina, o espetáculo chega a São Paulo, oferecendo uma imersão na escuridão, onde o público explora novos sentidos e percepções.

 

 

O espetáculo A Ilha Deserta convida o público a explorar estímulos sensoriais que vão além do que se vê. Apresentado pelos argentinos Grupo Ojcuro, que explora o potencial do teatro cego de forma inovadora,a  peça estreia no Espaço Elevador, no dia 5 de outubro e segue em cartaz até 27 de outubro, com sessões aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 19h.  A abordagem busca despertar a percepção do espectador para a narrativa de formas inesperadas.

 

Com dramaturgia de Roberto Arlt, direção de Mateo Terrile e realização de José Menchaca, a obra provoca reflexões sobre trabalho, liberdade e felicidade. O Grupo Ojcuro, pioneiro no Teatro Cego na Argentina, aposta nessa proposta, valorizando a força da narrativa sensorial. “Ressaltamos a capacidade expressiva da narrativa dos sentidos, audição, olfato e tato. Depois de 23 anos ininterruptos em cartaz, em 2023 decidimos embarcar em uma nova aventura: ampliar o grupo com artistas do Brasil e viajar à São Paulo com nossa proposta.” conta o diretor Mateo Terrile.

 

Na montagem, o público é colocado no centro da ação, com sons e sensações que mudam de acordo com a posição dos espectadores na sala. O realizador José Menchaca explica: “Dependendo do lugar que ocupam no espaço, as pessoas captam determinados estímulos e conseguem uma percepção da história”.

A experiência começa antes mesmo de entrar na sala: os espectadores são guiados por um integrante do grupo, em fila, segurando-se nos ombros, até um espaço completamente escuro. A partir desse momento, os sentidos são ativados e cada um começa a criar suas próprias imagens a partir de sons, cheiros e toques. Com uma proposta multissensorial, o espetáculo faz com que os espectadores vivenciem uma pequena revolução interna, onde a imaginação assume o controle.

A peça retrata um escritório onde os funcionários parecem condenados à rotina, enquanto sonham com um futuro melhor. Um caseiro compartilha histórias de viagens e anseios de liberdade, enquanto os espectadores são transportados para diversos universos. “A partir dos estímulos sensoriais, o público é levado a múltiplos mundos imaginários”, conclui Menchaca.

A obra, escrita na primeira metade do século passado, reflete sobre trabalho, liberdade e felicidade, temas que parecem cada vez mais relevantes no dia a dia. A decisão de encenar um texto de Roberto Arlt não foi acidental. Na obra de Arlt existe uma dupla tensão: a de trabalhar essas novas realidades e a de criar uma “realidade ficcional” que se nomeia de outro modo. Uma forma de explorar a condição humana, questionando a natureza da realidade, a busca por significado na vida e a complexidade das relações humanas, onde os limites entre sonho e realidade se tornam turvos, convidando o público a refletir sobre a natureza da experiência humana e a capacidade transformadora da imaginação.

 

“A peça se baseia na farsa dramática que Arlt escreveu, embora tenha certas modificações que facilitam a interpretação no escuro. A escolha deste autor explica também a validade desta proposta que estreamos em 2001 naquela que foi a primeira Cidade Cultural Konex, já que foi um escritor prolífico e moderno que nos convida a viajar por temas que hoje nos mobilizam”, acrescenta o realizador.

 

Sinopse

Já teve vontade de abandonar o trabalho e começar uma nova vida? Já ouviu uma história de aventura que te prendeu na imaginação? O tempo passa arrastado, como os transeuntes que cruzam a janela do escritório. Os funcionários fazem café, sentam em suas mesas e iniciam suas tarefas. As jornadas seguem, repetitivas, como o barulho de uma copiadora. Entre o som das teclas e as ligações, surge um canto inquietante: é Cipriano, um simples funcionário de manutenção, que, no entanto, nos faz questionar o sentido de nossas vidas.

 

Siga o grupo no Instagram @grupoojcurobr

Ficha técnica:

Elenco: Caroline Varani, Juan Monteiro, Raiane Souza, Ricardo Sotero, Simone Santos, Verônica Trindade e Victor Sousa. Direção: Mateo Terrile. Realização: José Menchaca. Dramaturgia: Roberto Arlt. Direção de arte: José Menchaca. Assistente de Direção: China Gonzalez. Figurino: Grupo Ojcuro. Preparação Vocal: Mateo Terrile. Sonoplasta e Técnico de Som: Marina Negreiros. Produção Executiva: Beatriz Stok. Fotografia: Camila Rios. Mídias Sociais: Federico Belloni. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli. Produção e Realização: Grupo Ojcuro e Espaço Elevador. Apoio: Armazém da Luz. Direção de Produção: Rommaní Carvalho.

Serviço:

Espetáculo Ilha Deserta

Estreia dia 5 de outubro, sábado, às 20h no Espaço Elevador

Temporada: De 5 a 27 outubro – sábados às 20h e domingos às 19h.

Não haverá espetáculo no domingo (20 de outubro), esse dia será substituído pela sexta-feira (18 de outubro) às 21h.

Ingressos: R$ 60 (inteira)e R$ 30 (meia)

Vendas Online: https://www.sympla.com.br/produtorgrupoojcuro

Duração: 80 minutos.

Classificação: 14 anos.

Espaço Elevador

Treze de Maio, 222 – Bela Vista, São Paulo – SP, 01327-000

Capacidade: 60 lugares.

Informações: (11) 94315-6701


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