Exposição Sinfonia em Aquarela revela as cores fluindo como notas de uma melodia celeste
Espaço de Arte Francis Bacon exibe obras que transitam entre a arte clássica e a contemporânea criando sua própria maneira de expressão.
Por Emanuelle Spack
Na tela branca, a dança das cores se desenrola, conduzindo os olhos por uma Sinfonia em Aquarela, onde cada pincelada é uma nota, cada nuance uma melodia, e cada obra uma partitura da alma. Assim é a nova exposição da artista plástica Maria de Francisco que traz ao Espaço de Arte Francis Bacon 31 obras concebidas a partir de observações de elementos do cotidiano, imagens oníricas e inspirações despertadas através de filmes. A mostra tem entrada gratuita e fica aberta até o dia 23 de maio.
Nas palavras de Maria de Francisco os quadros evidenciam superação produzidos durante a pandemia. “Foi a maneira que encontrei de suportar tanta tristeza, pintando”, revela a artista que, no fazer artístico, encontrou a busca constante sem limites para criar. “Estas obras foram desenvolvidas a partir da necessidade de materializar as imagens que eu observo das coisas, do mundo e da minha mente, que teimam em aparecer e que preciso dar formas e cores.”
Maria transita entre arte clássica e contemporânea criando sua própria maneira de expressão. Para idealizar essa mostra ela fez uma analogia entre a Sinfonia e a Aquarela, pois “ambas são belas, leves e tocam profundamente nosso eu mais profundo.” Considerando um estilo muito particular, mas reconhecível pelas pessoas que a acompanham durante todos esses anos trabalhando no universo artístico, “para mim é muito importante retomar as exposições, especialmente neste espaço que tenho maior carinho e apreço”, finaliza Maria.
No labirinto cromático da Exposição Sinfonia em Aquarela, os painéis se tornam partituras e os quadros músicas que ecoam nos corações dos visitantes. A linha tênue em cada quadro simboliza uma linguagem única, onde a aflição se transforma em pigmentos de esperança. Maria de Francisco, em suas telas, apresenta a sinfonia da alma, conduzindo-nos por uma jornada visual onde as notas se tornam cores e os compassos se desdobram em formas. Nas entrelinhas dessas telas a artista nos convida a mergulhar em seu universo, onde a arte se torna uma celebração da vida e uma poesia à resiliência humana.
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