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Estreia de Um Jardim para Tchekhov, com Maria Padilha, texto original de Pedro Brício e direção de Georgette Fadel

Banco do Brasil apresenta e patrocina

 

UM JARDIM PARA TCHEKHOV

 

Com Maria Padilha em texto original de Pedro Brício e direção de Georgette Fadel, a peça mistura Brasil e Rússia em uma trama que discute, com bastante humor, os tempos de intolerância vividos no país. A estreia no CCBB SP é no dia 31 de outubro.

 

Um Jardim para Tchekhov – Na foto: Olivia Torres, Erom Cordeiro e Maria Padilha Foto: Guto Muniz

 

 

 

No dia 31 de outubro (quinta-feira), o Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo (R. Álvares Penteado, 112 – Centro, São Paulo) recebe a estreia de “Um Jardim para Tchekhov”, em texto original de Pedro Brício, com direção de Georgette Fadel. No elenco estão Maria Padilha, Leonardo Medeiros, Erom Cordeiro, Olivia Torres e Iohanna Carvalho. O espetáculo chega em São Paulo após passar por Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ). A temporada em São Paulo vai até 8 de dezembro, com sessões de quinta a domingo, com ingressos a 30 reais (inteira) e 15 reais (meia).

 

A dramaturgia O bom humor na dramaturgia diante das intolerâncias de nosso tempo

A peça é uma mistura explosiva de gêneros e culturas, que brinca com os contrastes entre realidade e ficção, comédia e drama, passado e presente, Brasil e Rússia. “Tem uma distância com o tempo que às vezes parece anacrônica e ao mesmo tempo não. Tem essa distância da Rússia e do Brasil, que são países muito diferentes, mas quem já foi à Rússia, diz que o temperamento russo tem a ver com o nosso, com a nossa passionalidade, também são dois países continentais, então a peça tem esse jogo de aproximação e distanciamento que é muito interessante, muito teatral”, afirma o dramaturgo Pedro Brício.

 

De acordo com ele, “Um Jardim para Tchekhov” tem uma grande comunicação com a plateia, por falar sobre o tempo atual. “No espetáculo são abordados alguns textos do Tchekhov que fazem uma relação entre a ecologia e a forma como a gente vive em uma cidade grande, por exemplo. Há mais de um século ele já tinha esse olhar, que ainda hoje é um assunto muito atual”, fala. Tanto é que quando a peça estava em Belo Horizonte, estavam acontecendo queimadas por lá. Foi um tópico que tocou o público de forma diferente.”

 

Apesar de dialogar com a obra do autor russo, o texto apresenta uma visão única e original sobre os tempos de intolerância que vivemos, segundo Pedro Brício. “O tom tchekhoviano está na dualidade de emoções, nas tensões sociais, na aridez da violência, na intolerância. Por outro lado, há o afeto, a beleza, situações patéticas, risadas. É uma mistura de sentimentos, é sobre rir das nossas dores”.

 

Por mais que a Alma Duran esteja passando por uma situação difícil, lidando com o fracasso, com a falta de dinheiro, não perde a capacidade de sonhar, de inventar um futuro. Ela planta cerejeiras em um jardim abandonado do condomínio, em pleno Rio de Janeiro. São esses elementos que trazem para perto do público o que, aparentemente, estaria distante no tempo e no espaço, como a obra de um autor russo que viveu entre o século XIX e o XX.

 

Georgette Fadel, que dirige “Um Jardim para Tchekhov”, conta que “o autor é geralmente lido do ponto de vista psicológico, das relações sociais, mas ele tem uma vertente de humor muito importante, a qual a equipe escolheu ressaltar. ‘O Jardim das Cerejeiras’, por exemplo, é uma comédia, mas ficou conhecida na montagem do diretor russo Constantin Stanislavski, que insistiu em encená-la como um drama, o que conferiu a ela essa pecha”.

 

 

Um Jardim para Tchekhov – Na foto: Leonardo Medeiros e Maria Padilha – Foto Guto Muniz

 

A tensão, o riso e a poesia

Em “Um Jardim para Tchekhov”, a diretora nos convida a uma reflexão sobre a efemeridade da vida. “A cenografia, em constante movimento, como um jardim balançado pelo vento, simboliza a fragilidade e a beleza da existência. Os bonecos ‘João Bobo’ representam a humanidade em suas alegrias e tristezas, enquanto o vento, personagem onipresente, nos lembra da passagem do tempo”, conta Georgette.

 

A peça nos transporta para um universo onde o real e o imaginário se entrelaçam. Ao acompanhar os personagens em suas jornadas, o público vivencia uma experiência teatral rica e emocionante, marcada pela comédia, pelo drama e pela poesia.

 

 

 

 

Concepção do projeto

Um Jardim para Tchekhov – Na foto: Maria Padilha como Alma Duran – Foto Guto Muniz

 

Partiu da atriz Maria Padilha a ideia de fazer uma montagem envolvendo Anton Tchekhov. Seu primeiro trabalho com o autor russo foi em 1999, na peça “As Três Irmãs”, dirigida por Enrique Diaz. “Me apaixonei por sua obra, pelo ser humano que ele foi. Desde então sonhava em montar uma peça dele, mas é algo grandioso, com muitos personagens e ficaria inviável financeiramente. Convidei, então, o Pedro Brício, com quem havia trabalhado no monólogo ‘Diários do Abismo’, que fez uma brilhante adaptação das obras da escritora mineira Maura Lopes Cançado. Como grande dramaturgo que é, ele criou a história original que se transformou na peça ‘Um Jardim para Tchekhov’”.

 

“A Alma Duran é um verdadeiro presente”, a atriz sublinha. “Ela traz um sopro de vida, um sopro de arte. Chega para mudar as relações, tanto na sua família, como para a estudante de teatro Lala, que recebe aulas particulares da atriz. Alma simboliza a própria arte e o teatro como um lugar de respiro, de ar. Ela está entre o lírico e o humor, o drama e a comédia – algo que me dá muito prazer em representar como atriz”, revela Padilha.

 

As divas do teatro brasileiro

Maria Padilha conta que Alma Duran tem bastante de Tchekhov, “aquela coisa febril, de estar vivendo uma fantasia e, de repente, cair na realidade”. E, para além da inspiração no autor russo, as chamadas divas do teatro brasileiro têm um papel importante na construção da personagem. “Ela tem muito de Marília Pêra, que foi minha primeira diretora, da Fernanda Montenegro, da Nathalia Timberg, da Renata Sorrah, por quem sou apaixonada, da Marieta Severo, da Camila Amado. Admiro todas que vieram antes de mim, que construíram a história do teatro, como Cleyde Yáconis, Cacilda Becker, Dercy Gonçalves, Tônia Carrero, Myriam Muniz. Quando falamos em artes cênicas no Brasil não tem como não lembrar da importância dessas divas que pavimentaram a estrada para nós estarmos aqui”, ressalta Padilha.

 

CCBB

Ao realizar esse projeto, que traz para o público um espetáculo que dialoga com grandes clássicos da dramaturgia mundial e promove a reflexão sobre temas atemporais como a arte, a cultura, a intolerância e a passagem do tempo, o Centro Cultural Banco do Brasil reafirma seu compromisso de valorizar a produção teatral nacional, a nova dramaturgia brasileira, além de ampliar a conexão dos brasileiros com a cultura.

 

Sinopse

A consagrada atriz Alma Duran (vivida por Maria Padilha), desempregada há três anos, vai morar com a filha médica Isadora (Olivia Torres) e o genro, o delegado Otto (Erom Cordeiro), em um elegante condomínio carioca, em Botafogo. Enquanto divide seu tempo entre aulas de teatro para a jovem Lalá (Iohanna Carvalho) e o sonho de montar “O Jardim das Cerejeiras”, Alma se depara, em um encontro inesperado, com alguém que afirma ser Anton Tchekhov (Leonardo Medeiros).

 

Ficha Técnica

Dramaturgia: Pedro Brício

Direção Artística: Georgette Fadel

Elenco:

Maria Padilha – Alma Duran

Leonardo Medeiros – Anton Tchekhov

Erom Cordeiro – Otto

Olivia Torres – Isadora

Iohanna Carvalho – Lalá

Interlocução de dramaturgia: André Emídio e Maurício Paroni de Castro

Iluminação: Maneco Quinderé

Cenário: Pedro Levorin e Georgette Fadel

Figurino: Carol Lobato

Trilha Sonora: Lucas Vasconcellos

Preparação Corporal: Marcia Rubin

Designer Gráfico: Luiz Henrique Sá

Fotos de Divulgação: Filipe Costa e Guto Muniz

Assistência de Direção: Bel Flaksman

Operação de Luz: André Pierre

Operação de som: JP Hecht

Contrarregra: Wallace Lima

Coordenação Administrativo-financeira: Letícia Napole e Alex Nunes

Produção Local: CULT_B – Gustavo Valezzi

Assistência de Produção: Luciano Pontes

Produção Executiva: Ártemis

Direção de Produção: Silvio Batistela

Produção: Cena Dois Produções Artísticas

Realização: Centro Cultural Banco do Brasil e Ministério da Cultura

Patrocínio: Banco do Brasil e Governo Federal

Assessoria de Imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques, Daniele Valério e Carina Bordalo

 

Serviço

Espetáculo Um Jardim para Tchekhov

Temporada: 31 de outubro a 08 de dezembro de 2024

Local: Teatro CCBB SP  | Centro Cultural Banco do Brasil

Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico – SP

Horários: Quintas e sextas, 19h | Sábados e domingos, 17h

Ingressos: R$30 (inteira) | R$15 (meia) em bb.com.br/cultura e na bilheteria do CCBB

Duração: 110 min

Classificação: 14 anos

Capacidade: 120 lugares

Gênero: Dramédia

 

Informações CCBB SP:

Funcionamento: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças

Telefone: (11) 4297-0600

 

Estacionamento: O CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas – necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h às 21h.

 

Van: Ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h às 21h.

 

Transporte público: O CCBB fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista.

 

Táxi ou Aplicativo: Desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).

 

Entrada acessível: Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal.

 

bb.com.br/cultura

 

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E-mail: ccbbsp@bb.com.br

 

 

 

 

 

PEDRO BRÍCIO – autor

Pedro Brício é autor, diretor e ator, e um dos mais produtivos e premiados dramaturgos brasileiros dos últimos 20 anos. Escreveu e dirigiu as peças “King Kong Fran” (em parceria com Rafa Azevedo), “O Condomínio”, “Me salve, musical!”, “Trabalhos de amores quase perdidos”, “Cine-Teatro Limite”, “A Incrível Confeitaria do Sr. Pellica”. Recebeu alguns dos principais prêmios do país pelo seu trabalho, como Shell, Questão de Crítica, Contigo e APCA. Tem textos traduzidos para o inglês, espanhol, alemão. Participou da Feira Internacional do Livro de Frankfurt, da Semana de Dramaturgia Contemporânea, em Guadalajara, e da mostra Una mirada al mundo, no Centro Dramatico Nacional, em Madri. Escreveu e dirigiu os musicais “Icaro and the black stars” e “Show em Simonal”. Como diretor, além dos seus próprios textos, encenou peças de Samuel Beckett, Edward Albee, Rafael Spregelburd, Patricia Melo e Hilda Hilst.

 

GEORGETTE FADEL – diretora

Georgette Fadel é diretora e atriz de formação acadêmica. Durante os anos 90 se engaja e faz parte do florescimento de um forte movimento de grupos na cidade de São Paulo. Participa da fundação de companhias como Cia do Latão, Núcleo Bartolomeu de depoimentos e Cia São Jorge de Variedades, onde dirigiu e atuou em diversos espetáculos marcantes do movimento estético da virada do século como “O nome do Sujeito”, “Bartolomeu que será que nele deu”, “Biedermann e os incendiários,” “Bastianas”, “Barafonda”, “Quem não sabe mais quem é, o que é onde está , precisa se mexer”. Como atriz foi dirigida por Cristiane Paoli Quito, Tiche Viana, Francisco Medeiros, Cibele Forjaz, Frank Castorf, Felipe Hirsch e Daniela Thomas. Como professora, lecionou em escolas como ELT – Escola Livre de Teatro, EAD – Escola de Arte Dramática e Estúdio Nova Dança. Sua trajetória é profundamente ligada à construção da performer livre e consciente dos movimentos do seu tempo.


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