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Dificuldade de memorização é relatada por um a cada três pacientes que tiveram internados por Covid-19 no HSPE, afirma infectologista

 Um a cada três pacientes graves internados por Covid-19 apresenta problemas de memorização, de acordo com a infectologista Andrea Almeida do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE). Entre os sinais da dificuldade estão a retenção de fatos do cotidiano como nomes, telefones e tarefas, além de baixa concentração

 

 

 

 

Foto: Pixabay

Pelo menos um a cada três pacientes que apresentaram quadro clínico moderado ou grave de Covid-19 e ficaram internados no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) relata dificuldade de memorização, de acordo com a infectologista do HSPE Andrea Almeida.

Avaliação baseada nos atendimentos em consultórios indica que esse número pode chegar até 50% dos pacientes internados por Covid-19 no HSPE. Entre os problemas relatados pelos pacientes estão esquecimentos de nomes, números de telefone, compromissos e tarefas, mas também a baixa concentração para atividades como leitura, conversa e escrita.

Os sinais de esquecimento e desatenção surgem entre dois e três meses depois do fim dos sintomas da Covid-19. De acordo com a médica Andrea, a evolução das dificuldades é incerta, em consequência do pouco tempo de existência e de estudo sobre a doença. “Precisamos observar mais. Não sabemos como o vírus se comporta a longo prazo em contato com os sistemas humanos”, pontua a infectologista que destaca a vacinação como o melhor modo de prevenção às sequelas da infecção pelo coronavírus.

A indicação para as pessoas com dificuldade de memorização por sequela da Covid-19 é a reabilitação cognitiva realizada por meio de exercícios de atenção, linguagem, memória e retenção de informação. O tratamento deve ser realizado com acompanhamento médico para que haja a distinção entre os sintomas pós-covid e os de estresse e de ansiedade, que podem causar problemas semelhantes e se tornaram mais comuns durante a pandemia.

A neurologista do HSPE Ana Luísa Rocha explica que o esquecimento causado pela Covid-19 desaparece geralmente depois de seis meses. “Por muitas vezes, problemas relacionados a estresses contribuem para que o esquecimento e a dificuldade de concentração continuem, por isso, é necessário o acompanhamento médico”, acrescenta a médica que indica jogos de memorização e raciocínio lógico para o fortalecimento cognitivo, independentemente da infecção ou não por coronavírus.

A auxiliar de saúde no HSPE Eliana Ferreira percebeu que estava com dificuldade de memorização cinco meses após se recuperar da Covid-19. A profissional comenta que passou a anotar as tarefas do cotidiano para evitar problemas. “Depois que eu esqueci pela segunda vez da mesma consulta médica, percebi que algo estava diferente. Agora, ando com um caderno para anotar tudo”, explica Eliana, que afirma ter medo da piora da dificuldade.

Sobre o Iamspe
O Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe) é o sistema de saúde do servidor público estadual. Com uma rede de assistência própria e credenciada presente em mais de 100 municípios, o Iamspe oferece atendimento a 1,3 milhão de pessoas, entre funcionários públicos estaduais e seus dependentes.

São mais de duas mil opções de atendimento no Estado, incluindo hospitais, clínicas de fisioterapia, médicos e laboratórios de análises clínicas e de imagem, além de postos de atendimentos próprios no interior, os Ceamas, e o Hospital do Servidor Público Estadual, na Capital. O Iamspe é um órgão do Governo do Estado de São Paulo, vinculado à Secretaria de Orçamento e Gestão.


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