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Casa Guilherme de Almeida realiza 13ª edição do Transfusão com participação de tradutora da República Tcheca, oficina infantil e muito mais. Fique por dentro

 

Da esquerda para a direita: Sárka Grauová – foto de acervo pessoal; Vilém Flusser – Foto de Martin Langer

 

Casa Guilherme de Almeida traz programação que debate as diversas imagens de Brasil criadas pelo olhar estrangeiro durante a colonização

 

Localizado na zona oeste de São Paulo, o Museu-casa abriga importante acervo sobre arte e memória modernistas. A agenda é gratuita

 

A Casa Guilherme de Almeida, equipamento da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, e gerenciado pela Organização Social Poiesis, traz uma programação em torno da temática “Olhar estrangeiro”, debatendo as diferentes representações de Brasil que circularam na Europa durante a colonização. O tema também norteia a 13ª edição do Transfusão, encontro anual realizado pelo museu que neste ano começa em 31 de agosto.

 

O 13º Transfusão traz as narrativas de estrangeiros sobre viagens ao Brasil, tradução de obras literárias brasileiras, visões de naturalistas e cientistas europeus sobre a Amazônia, repercussões do passado colonial nas autoimagens do Brasil e muito mais.

 

No dia 7/09, a partir das 11h, sábado e feriado da Independência do Brasil, o museu realiza a oficina infantil Olhares brasileiros: pinturas que contam histórias, comandada pelas educadoras Ana Paula Iannone e Ialê Cardoso, os pequenos criarão as próprias obras de arte tendo como inspiração a rica diversidade da nossa fauna, flora e cultura, como se estivessem apresentando o Brasil para o resto do mundo. A atividade ocorre no deck da Casa Guilherme de Almeida.

 

Ainda no dia 7, às 14h, acontece o bate-papo Do tcheco ao português: literatura de vanguarda brasileira, com a tradutora e ensaísta tcheca Sárka Grauová. Nesta conversa, Grauová compartilha experiências em relação à literatura brasileira, já que foi a responsável por traduzir para o tcheco as obras Macunaíma (1928), de Mário de Andrade, Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), de Machado de Assis, e Triste Fim de Policarpo Quaresma (1915), de Lima Barreto. A atividade tem o apoio da Embaixada da República Tcheca.

 

Já o encontro Traduzindo a Amazônia, com as professoras universitárias e tradutoras Andrea Cesco, Luana Freitas e Marie-Helène Torres, ocorre no dia 10/09, às 19h. Aqui, as pessoas presentes conhecerão a importância da tradução de obras inéditas de literatura de viagem para o português, com destaque aos relatos de viajantes europeus e norte-americanos sobre a Amazônia. Inclusive de mulheres como Marie Octavie Coudreau que percorreu e fotografou o território amazônico brasileiro em 1900, com os relatos registrados no livro Viagem ao Cuminá, traduzido por Marie-Helène Torres, doutora em Estudos da Tradução pela Katholieke Universiteit Leuven, na Bélgica

 

No dia 14, durante a visita Extremo Oriente e Modernismo, das 11h às 12h30, o educador Rodrigo Vieira mostra aos presentes as influências e diálogos entre a arte moderna e produções do Japão e da China, tendo em vista que Guilherme de Almeida manteve um acervo de artefatos desses dois países, além de se relacionar bastante com a literatura do oriente, tanto que era escritor de haicais e inventou o formato brasileiro do poema japonês. Guilherme também foi fundador da Aliança Cultural BrasilJapão, entidade sem fins lucrativos com o objetivo de desenvolver o intercâmbio cultural entre os dois países.

E o tema “Olhar estrangeiro” se estende até outubro com o curso Vilém Flusser e a Bienal de São Paulo: Virada etnográfica das artes nos dias 16, 23 e 30 de outubro, às 19h. A rápida formação, ministrada pelo professor e pesquisador em literatura Rafael Alonso, busca refletir sobre a contribuição do filósofo Vilém Flusser no debate da “arte africana”, “arte negra” e “arte primitiva” durante a Bienal de São Paulo. Flusser participou ativamente de debates sobre a reformulação da Bienal no final da década de 1960, e integrou a equipe de curadoria na 12ª Bienal, em 1973.

 

Para ficar por dentro da programação completa do 13º Transfusão e demais atividades da Casa Guilherme de Almeida, acesse o site.

 

Serviço:

 

Programação setembro e outubro Casa Guilherme de Almeida – Tema: “Olhar Estrangeiro”

 

13º Transfusão – Encontro sobre tradução e outros trânsitos (31 de agosto a 14 de setembro)

 

Obs: para as atividades online, caso necessite de interpretação em Libras, envie uma solicitação para o e-mail disponível no link.

 

Oficina para as crianças

OLHARES BRASILEIROS: GRAVURAS QUE CONTAM HISTÓRIAS
Com Ana Paula Iannone e Ialê Cardoso
Sábado, 7 de setembro, das 11h às 12h

Os responsáveis pelas crianças devem estar presentes. Classificação livre

Atividade realizada no deck da Casa Guilherme de Almeida

Inscrição aqui – Prazo: 6/09
Vagas: 20

 

Bate-papo

DO TCHECO AO PORTUGUÊS: LITERATURA DE VANGUARDA BRASILEIRA

Com Sárka Grauová

Em parceria com a Embaixada da República Tcheca

Sábado, 7 de setembro, das 14h às 16h

Atividade realizada no deck da Casa Guilherme de Almeida

Inscrição aqui – prazo: 6/09
Vagas: 60

 

Bate-papo

A IMAGEM NÔMADE: O BRASIL NA TAPEÇARIA DAS ÍNDIAS

Com Claudia Damiani

Segunda-feira, 9 de setembro, das 19h às 21h

Atividade online realizada pela plataforma Zoom

Inscrição aqui – Prazo: 9/09
Vagas: 350

 

Encontro

TRADUZINDO A AMAZÔNIA

Com Andrea Cesco, Luana Freitas e Marie-Helène Torres

Terça-feira, 10 de setembro, das 19h às 21h

Atividade online realizada pela plataforma Zoom

Inscrição aqui – Prazo: 9/09

Vagas: 350

 

Encontro

EXÍLIO E TRADUÇÃO

Com Bruno Gomide e Walter Costa

Quarta-feira, 11 de setembro, das 19h às 21h

Atividade online realizada pela plataforma Zoom

Inscrição aqui – Prazo: 10/09

Vagas: 350

 

Visita temática

EXTREMO ORIENTE E MODERNISMO

Com Rodrigo Vieira

Sábado, 14 de setembro, das 11h às 12h30

Atividade realizada na Casa Guilherme de Almeida
Inscrição aqui – Prazo: 13/09
Vagas: 10

 

Encontro

VIAGEM DE GOETHE AO BRASIL: UMA JORNADA IMAGINÁRIA

Com Daniel Martineschen e Sylk Schneider
Sábado, 14 de setembro, das 14h às 16h

Atividade online, realizada na plataforma Zoom

Inscrição aqui – Prazo: 13/09
Vagas: 350

Outubro

 

Curso

VILÉM FLUSSER E A BIENAL DE SÃO PAULO: VIRADA ETNOGRÁFICA DAS ARTES

Com Rafael Alonso

Quartas-feiras, 16, 23 e 30 de outubro, das 19h às 21h

Atividade online realizada pela plataforma Zoom
Inscrições em breve no site

 

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Funcionamento:

Terça-feira a domingo, das 10h às 18h

Programação gratuita

R. Macapá, 187 – Perdizes, São Paulo-SP

Tel.: 11 3673-1883

 

Acessibilidade: rampa de acesso, elevador, piso podotátil e banheiro adaptado; videoguia em Libras e réplicas táteis.

 

SOBRE A CASA GUILHERME DE ALMEIDA

Inaugurada em 1979, a Casa Guilherme de Almeida, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, e gerenciada pela Poiesis, está instalada na residência onde viveu o poeta, tradutor, jornalista e advogado paulista Guilherme de Almeida (1890-1969), um dos mentores do movimento modernista brasileiro, e sua esposa Baby de Almeida. Seu acervo é constituído por uma significativa coleção de obras, gravuras, desenhos, esculturas, pinturas, em grande parte oferecidas ao poeta pelos principais artistas do modernismo brasileiro, como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Emiliano Di Cavalcanti, Lasar Segall e Victor Brecheret.

 

SOBRE A POIESIS

A Poiesis é uma Organização Social de Cultura que desenvolve e gere programas e projetos, além de pesquisas e espaços culturais, museológicos e educacionais, voltados para a formação complementar de estudantes e do público em geral. A instituição trabalha com o propósito de propiciar espaços de acesso democrático ao conhecimento, de estímulo à criação artística e intelectual e de difusão da língua e da literatura.


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