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“Amor e outras Revoluções” faz curta temporada no Teatro Glauce Rocha

Após sucesso em São Paulo, “Amor e outras Revoluções” faz curta temporada no Teatro Glauce Rocha

Com texto inspirado em obra da escritora bell hooks, Tati Villela e Mariana Nunes trazem aos palcos história de amor entre duas mulheres

 

Após sucesso em São Paulo, o espetáculo “Amor e outras Revoluções” volta às terras cariocas e faz curta temporada no Teatro Glauce Rocha, Centro (RJ). A peça com dramaturgia de Tati Villela fica em cartaz de 24 a 27 de outubro com sessões de quinta à sábado às 19h e domingo às 18h.

 

– Estou muito ansiosa por essa nova temporada no Rio. A peça nasceu aqui e desde final de 2023 não nos apresentamos na capital carioca. São muitas as pessoas do Rio de Janeiro que ainda não viram a peça e pedem muito para que voltemos. Será um prazer reapresentar a peça, depois de tanto tempo, na cidade onde tudo começou – relata Mariana sobre a volta aos palcos cariocas.

 

A partir de uma livre inspiração nos textos ‘’Vivendo de amor’’, de bell hooks, o espetáculo aborda as vivências de um casal de mulheres negras, que estão de casamento marcado. A autora da peça entra em cena dando vida a Aynah, parceira de Luzia, que é interpretada por Mariana Nunes.

 

– “Amor e outras Revoluções” tem o objetivo de levar ao público a importância do amor na sociedade, a importância de sonhar, de abrir o coração para quem se ama. Entender que o amor é ação como diz bell, é desconstrução, é trabalho – diz Mariana.

 

Sinopse: Aynah e Luzia estão de casamento marcado e ainda possuem dúvida se casam ou não. Uma viagem em suas próprias histórias ocupa o centro da cena e as fazem iniciar suas verdadeiras revoluções a respeito do amor e da falta dele.

 

– O espetáculo carrega grandes feitos. Ele tem um pioneirismo em abordar o tema Amor universal, porém, e, contudo, apresenta o amor entre duas mulheres negras sendo o centro da cena e reverberando em qualquer outra pessoa de qualquer outra camada social. Trabalhando com o genuíno de se amar, do cotidiano, dos sonhos, das frustrações e das guerras que precisamos enfrentar para amar primeiro a si mesmo como diz bell hooks, figura importante na pesquisa deste trabalho. Falar sobre o amor a partir de uma perspectiva negra. Você empodera a população negra que é escassa sobre essa representatividade e você aproxima também outras camadas, a partir de algo que é universal, o amor. E o Rio de Janeiro transborda esse querer amar, não sei se consegue tanto, mas a cidade respira amor – ressalta Tati sobre a importância da história do espetáculo na atualidade.

 

Aynah é uma jovem adulta moradora da periferia do Rio, que, após ser promovida a um cargo de chefia em seu trabalho, está refletindo cada vez mais sobre a sua vida. Ela é apaixonada por sua companheira, Luzia, recém-doutora em Ciências Sociais e Políticas Públicas, com passagem por grandes universidades, como Harvard, mas desempregada atualmente. Juntas, as duas vivem um momento de reflexões e descobertas sobre a presença e a ausência do amor em suas vidas, e entram em dúvida sobre irem adiante com o matrimônio.

 

A oportunidade de pôr o romance entre duas mulheres negras como tema central de um trabalho, tendo em vista a falta de amor experienciada por esse recorte, é a grande motivação da autora do espetáculo.

 

– Precisamos falar de amor entre pessoas negras, sobretudo na sociedade brasileira, onde a todo momento presenciamos as consequências do racismo estrutural vigente no nosso sistema. Nós, negros, estamos aperfeiçoando a capacidade de nos amar, de amar o nosso espelho, o nosso reflexo – afirma a autora, que considera a produção de novos imaginários uma ferramenta importante para o avanço das pautas raciais e LGBTQIAPN+ no Brasil.

 

O espetáculo traz o subúrbio carioca como um dos principais ambientes de suas cenas, com o objetivo de mostrar que amor também faz parte das vivências periféricas. A obra teatral pensa de que forma o sentimento é apresentado nesses locais e pergunta “como histórias que falam sobre amor podem empoderar e enriquecer esses territórios?”

 

– Estamos muito felizes em apresentar “Amor e outras Revoluções” em mais uma temporada no Rio de Janeiro. Esperamos que essa história chegue às mais diferentes pessoas e esse contato com essa diversidade faz a peça crescer e ficar cada vez mais gostosa de fazer e de se assistir – complementam.

 

Instagram oficial https://www.instagram.com/amoreoutrasrevolucoes/

 

Os ingressos estão à venda pelo https://www.sympla.com.br/evento/amor-e-outras-revolucoes/2676581

 

“Amor e outras Revoluções”

Temporada Teatro Glauce Rocha

Av. Rio Branco, 179 – Centro

Temporada: 24 a 27 de outubro

Dias e horários: quinta à sábado às 19h e domingo às 18h

Ingressos: R$ 60,00 inteira / R$ 30,00 meia

Venda: https://www.sympla.com.br/evento/amor-e-outras-revolucoes/2676581

 

Ficha técnica

Texto e Dramaturgia: Tati Villela

Elenco:  Mariana Nunes e Tati Villela

Iluminação: Tainã Miranda

Direção Musical: Ana Magalhães

Preparação de voz: Claudia Elizeu

Supervisão de movimento: Guilherme Gomes

Produção Projeções e Mapping: Andressa Núbia

Operação de som: Mar Zenin

Operação de luz: Sandro Demarco

VJ Operação de Projeção: Marion Andrade e Wellington Abreu

Coordenação de Produção: Rafael Fernandes

Produção Executiva: Ana Beatriz Silva

Cenário: Raphael Elias

Figurino: Raphael Elias e Gabriel Alves

Assistente de figurino e cenário: Raquel Martins

Direção videos: Juh Almeida

Direção de fotografia vídeos: Silvano

Direção de arte vídeos: Raquel Martins

Realização: Quafá Produções e Timoneira Produções

Fotógrafo e Designer Gráfico: Charles Pereira

Montagem 2022

Direção: Wallace Lino

Assistente de direção: Desirée Santos

Direção de movimento: Camila Rocha

Assessoria de Imprensa: MercadoCom (Ribamar Filho e Beatriz Figueiredo)


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